Capítulo 10

0 0 0
                                    

No dia seguinte, BaekHyun voltou para a normalidade do colégio, devia ter voltado para casa após nosso encontro na noite anterior, pois agora já estava limpo e com curativos caprichados, provavelmente feitos pela irmã, que o acompanhava como um guarda-costas apenas esperando a primeira gracinha que poderia surgir tendo o gêmeo como alvo.

O Byun não parecia chateado comigo, conversamos normalmente durante o almoço como se nossas bocas nunca tivessem se encontrado na noite anterior, e eu, por alguma razão, não esperava que isso continuasse, secretamente gostaria que aquele beijo se repetisse.

Após a aula, os dois irmãos encontravam-se sentados na arquibancada fumando enquanto conversavam, achei que não deveria me aproximar, os dois provavelmente tinham muito o que conversar após o sumiço do rapaz. Porém as vozes dos irmãos Byun me abordaram, chamando-me para sentar com eles na arquibancada. Eu prontamente me aproximei, sentando-me um degrau abaixo dos dois, e logo um cigarro foi-me oferecido por BaekHyun, mesmo com Irene dizendo que ele estava me acostumando mal.

— Se lembre que meu primeiro cigarro foi você quem me deu — falei ao acender o cigarro com o isqueiro que BaekHyun havia emprestado.

— É porque eu achava que você fosse um bebezinho que ia parar na primeira tragada porque te deu tontura, sua anta — falou a garota dando-me um leve chute no braço.

— Deixa o garoto, Irene! — BaekHyun reclamou descendo um degrau da arquibancada para sentar-se ao meu lado. — Quer sair hoje de novo?

Eu apenas o encarei confuso, questionando silenciosamente sobre o acontecimento da noite passada.

— Sem ressentimentos, Hun — falou antes de se levantar. — Me busque às oito, sim?

Então BaekHyun se foi, e eu fiquei para trás com JooHyun que colocava sua gargantilha de couro recém tirada da mochila segurando o cigarro entre os lábios brilhantes com gloss.

— Então você viu o Baek ontem?

— Vi, ele me chamou...

— Acho bonito como ele tem se importado com você... ele não teria voltado tão rápido.

— Não foi por minha causa...

— Então foi por quê?

— Eu não sei...

— SeHun, eu conheço meu irmão, ele não volta sem um motivo — então ela se levantou, colocando a mochila sobre o ombro direito. — Dessa vez o motivo é você.

Não tinha motivos nem argumentos para discutir sobre isso com Irene, então apenas me mantive calado enquanto ela descia os degraus que ainda faltavam para chegar ao campo.

— Você devia ir pra casa, Hunnie, ainda precisa pedir o carro pro seu pai.

Não foi muito difícil pegar o carro de meu pai emprestado, então às oito horas da noite eu já estava parado na porta do ruivo, logo vendo-o sair pela porta da frente e correr em direção ao veículo em que eu estava.

— Para onde você quer ir? — perguntei quando BaekHyun entrou no carro.

— Me leva para a casa do Kris.

— O quê?

— Faz o que eu tô falando, SeHun!

Naquele momento, eu finalmente liguei o carro e acelerei pelas ruas vazias, esperando chegar logo e ver o que BaekHyun iria fazer.

Em aproximadamente dez minutos, chegamos a frente da casa de Kris, era uma casa grande, com um jardim bonito e um carro esportivo na vaga em frente à casa.

Problem BoyOnde histórias criam vida. Descubra agora