XIV- Finalmente, não?!

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"-E que tal se fôssemos tomar o pequeno almoço fora? - decidi intervir."

**3 MESES DEPOIS**

3 meses se passaram desde que os rapazes vieram para a nossa vida. Muito e nada mudou. Basicamente, eu continuo a ir à escola com os meus 2 melhores amigos, passo os tempos livres com eles e ainda se colam a mim 4 macacos.

Em relação aos meus pais, se querem que seja sincera, não sei muito deles... A minha mãe está grávida de 5 meses, ou perto disso, o meu pai continua mais preocupado com os negócios do que com a família e a empresa da família está constantemente a crescer.

Neste momento, estou a ir em direção a minha casa, vou trocar o uniforme por uma roupa normal e vou esperar que o Luke venha a minha casa para me ajudar. Tenho teste de matemática esta semana e não posso tirar negativa ou vou ter que ter aulas no verão.

-Desisto! - atirei o lápis para cima da mesa, agarrando a minha cabeça - não fui feita para matemática.

-Anda lá, isso é fácil! - o rapaz posicionou o lápis na minha mão - para achares a função da reta, tens de passar tudo de x para y e ver se são semelhantes. (N/A: não sei se faz sentido, não tenho matemática xD)

- Como? - perguntei.

-Fácil - olhou para mim e eu para ele - x está para y como... como a música está para mim - os nossos olhos cruzaram-se - como tu estás para... - a cada momento que passasse era mais fácil sentir a sua respiração, as nossas caras estavam mais perto uma da outra até que a campainha tocou interrompendo-nos.

- Eu vou. - levantei-me da cadeira e abandonei a cozinha, que se encontrava com um ambiente pesado. O rapaz de cabelos brancos encontrava-se à porta com uma caixa de pizza na mão.

-Imaginei que estivesses sozinha e como eu estava sozinho decidi vir jogar na tua consola - o rapaz diz como se fosse a coisa mais natural de sempre.

-Deixa-me ver se percebi, tu, vieste de tua casa a uns 20 km daqui, compraste pizza e vens a minha casa para jogar? - o rapaz acenou e riu.

-Fazia mais sentido antes de dizeres em voz alta - o rapaz redimiu-se - é de frango e ananás, tal como gostas - sorriu.

-Entra... - ri e dei entrada a Michael - e por acaso não estou sozinha, o Luke veio-me ajudar a estudar para o meu teste de matemática.

- Já a faturar, loirinho! - Luke olha o rapaz, que agora se encontrava na cozinha, como quem gostava de saber que raio é que ele fazia em minha casa. Luke olha para mim e eu sussurro-lhe um "nem perguntes", ao qual o rapaz cumpre. - não quero ser a causa de uma negativa a matemática, estou na sala se precisares de mim.

-Ele fazia o mesmo em minha casa... - o loiro percebeu do que se tratava e comentou, assim que o seu amigo saiu da sala.

- Sei que não faz por mal - ri - afinal, ninguém gosta de se sentir sozinho.

- De volta à matemática - Luke disse o que me fez fazer uma careta - isto é fácil, apenas tens de passar tudo para este lado e calcular, isto vai te dar o x como o x está para o y, o número de y vai ser x negativo.

- Só isso? - perguntei espantada.

-Eu disse-te que era fácil! - sorriu.

- O que era de mim sem ti! - ri e agarrei o seu pescoço. Já era a segunda vez que estávamos demasiado perto um do outro no espaço de 10 minutos.

-À muito tempo que quero fazer isto. Que se foda. - o rapaz inclina-se e toca com os seus lábios nos meus. Parecia que o tempo parou e que éramos só os dois. Parecia um filme romântico. Parecia surreal.

Descolamos os lábios devido à falta de ar.

-Desculpa. - o loiro levanta-se rápido da cadeira e vai em direção à porta.

-Luke, espera. - agarrei-lhe o braço e voltei a juntar os meus lábios aos dele.
Para ser honesta, não sei o que quero. Nestes últimos 3 meses tenho estado muito perto do Luke. Entre os encontros de amigos, em que ele está incluído, aqui em casa e as explicações, o meu tempo livre é quase sempre passado com ele, e não me arrependo.

Devido à falta de ar, os nossos lábios separaram-se, pela segunda vez hoje, e o loiro limita-se a agarrar as minhas mãos e olhar-me nos olhos, que se encontravam muito mais abaixo que o nível dos seus, devido à diferença de alturas:

-O que é que queres dizer com isso? - Luke pergunta com receio na voz.

-Para ser honesta, não sei... - suspirei - tenho que admitir que não me és indiferente, e pelo que vi, também não te sou, mas eu quero levar tudo devagar... - sentei-me na cadeira e o rapaz repetiu o mesmo movimento que eu - isto é tudo muito novo para mim, tu és uma estrela rock, eu sou uma simples rapariga, tu viajas pelo mundo, eu estou presa a Londres....

-Eu espero o tempo que precisares- o rapaz disse, interrompendo-me.

As palavras do rapaz fizeram-me sorrir. Pela terceira, e espero que não a última vez, o rapaz encostou os seus lábios aos meus.

O contacto não durou muito tempo, pois o telemóvel de Luke tocou. Pelo que o rapaz dissera, tratava-se do seu manager, que os queria ver aos quatro no estúdio em 10 minutos.

-Tenho que ir - o rapaz disse, enrugando o nariz como forma de pedir desculpa - mas quero que vás jantar a minha casa, combinado?

-Combinado. - o rapaz cerrou o convite com um pequeno e breve beijo nos meus lábios, ao qual sorri. - Não te esqueças do Michael.

Já com tudo pronto para irem embora, Michael despediu-se de mim:

-Vai chamar o elevador - Luke disse a Michael, como pretexto de um manter ocupado por uns segundos. Ao virar costas o rapaz loiro despediu-se de mim com um pequeno, mas sentido, beijo nos meus lábios.

-Espero-te aqui - sussurrei-lhe e o rapaz sorriu e foi-se embora, piscando-me um olho como um "ok".

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FINALMENTE!

Pode não fazer sentido este avanço na história, mas é só porque eu não tenho paciência para esperar. EU QUERO TANTO QUE ELES FIQUEM JUNTOS!!

Vou tentar por um capítulo na sexta, por ser dia dos meus anos, mas não prometo nada porque não vou estar em Portugal.

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Somebody to love [l.h]Onde histórias criam vida. Descubra agora