O que eu sou pra você?

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Parei no lugar, estática. O que ele havia acabado de me dizer havia me quebrado em mil pedaços. Eu iria perder a pessoa mais importante pra mim naquele momento?

Ele me soltou, e eu continuei de costas pra ele. Apenas ouvi seus passos até mim, sem falar nem fazer nada.

Minha mente ainda não havia assimilado tudo direito.

Venti me abraçou pelas costas, colocando sua cabeça contra meu pescoço. Ele estava tão próximo que eu podia não só sentir a quentura do seu corpo, como também sua respiração e o bater do seu coração, que era frenético e extasiado.

- Eu... quero ser mais que apenas seu melhor amigo. - ele sussurrou no meu ouvido, fazendo-me arrepiar da cabeça aos pés.

Meu coração, que antes já estava a mil, agora acelerava tanto que parecia que iria explodir a qualquer momento.

- o...o que você quer dizer com isso...?- sussurrei, virando minha cabeça pra outro lado.

- Você é tão boba, S/n - ele apertou mais o abraço e me deu um beijo na bochecha. - sei bem que você entendeu o que eu falei.

Me virei para ele, buscando olhar em seus olhos. Seu rosto expressava carinho e calma, o que fez meu coração bater mais rápido do que já estava antes. Ele, vendo que antes eu chorava, enxugou minhas lágrimas enquanto acariciava meu cabelo. Ele deu aquele mesmo sorriso de sentido indecifrável da última vez, aquele mesmo sorriso que me deixava completamente bagunçada. Não deu outra, puxei seu rosto delicadamente e encostei meus lábios nos dele. Ele colocou a mão na minha cintura, me aproximando mais dele e apertando mais ainda nosso beijo. Meu coração agora soltava fogos de artifício, eu estava uma bagunça por dentro. Ele sentia o mesmo que eu?

- Eu acho que deveríamos ir dormir agora, ta' bem tarde. - ele afagou meu cabelo mais uma vez e se afastou.

Concordei com a cabeça, me despedindo com um "Boa noite" que foi logo retribuído, e entrei no meu quarto.

Meu corpo estava tão quente que eu senti como se estivesse pegando fogo. Foi tudo tão de repente que nem deu tempo de pensar, mas eu prefiro assim mesmo. Antes de repente do que nunca, certo?

Fui dormir com a imagem do rosto delicado de Venti estampado na minha mente.

.・゜゜・no dia seguinte

Acordei com um barulho de coisa quebrando. Saí correndo desembestada em direção para fora do quarto, e quando fui ver, Venti havia derrubado meu vaso de flor favorito. Ele estava agora tentando juntar os cacos do chão, desesperado. Ele estava tão pálido de medo que parecia que ia se rasgar como um papel a qualquer momento.

Quando ele notou minha presença, foi rapidamente para frente da bagunça, na tentativa de bloquear a minha visão daquele caos.

- B-bom S/n, dia! Digo, Bom dia S/n! Do...dormiu bem?- ele sorria forçado, suando frio. Ele estava escondendo suas mãos atrás de si mesmo.

- Você... Você quebrou o Sebastião... - comecei a chorar. Era o meu vaso preferido, e agora estava lá, espatifado no chão. - v-você a...assassinou e-ele!- falei em meio a soluços, apontando pra ele. Venti estava perplexo, provavelmente ele esperava que eu o gritasse e metesse a porrada nele por causa do que fez.

- Não chore! Eu prometo que vou te dar outro vaso - ele foi instantaneamente me abraçar, tentando me consolar. - e.... Era só um vaso.

- Não era "só um vaso", era o Sebastião!- comecei a chorar mais ainda, e ele afagava meu cabelo

-depois de um tempinho-

- Já acabou? Eu quero ir pra cozinha preparar minha comida, caramba! - lá estava eu, presa no sofá sem poder sair. Venti ainda limpava o chão, em busca de vesquícios de cacos do vaso recém quebrado. Já fazia 30 minutos desde que ele havia começado a vasculhar, e tinha dito pra eu não encostar um dedo sequer no chão pra evitar me machucar com os cacos de cerâmica

(EM REVISÃO) O Som Do Vento Me Conforta | Imagine Venti Genshin ImpactOnde histórias criam vida. Descubra agora