2. Berlim

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Oii! Aqui está o segundo capítulo!
Espero que gostem🥰

Boa leitura❤️

✉️

O clima em Berlim naquela época do ano não era grande coisa. Apesar de não ser muito diferente de Washington, já que ambas as cidades estavam no Hemisfério Norte, então tinham a mesma estação, o dia nublado deixava Louis melancólico e ele não gostava daquela sensação triste. Estava ali há um dia, Harry e ele dormiram e aproveitaram aquele dia para traçar alguns planos de como entrar em Berlim Oriental e aperfeiçoar seu disfarce de casal em lua de mel.

Respirou fundo, sentado no batente largo da janela ao olhar a rua escura abaixo dele, era noite, uma noite fria e nublada, o céu sem lua e sem estrelas, apenas as nuvens baixas indicando que em breve a garoa chegaria. Usava uma calça jeans simples e uma blusa de manga longa, seus cabelos estavam ajeitados em seu habitual topete e ele soltou a fumaça do cigarro, deixando que a brisa gélida da noite a levasse. Ouviu a porta do quarto se abrir e Harry entrou, usava uma calça branca de cintura alta e uma blusa de tricô preta com gola alta, os cachos estavam em um coque e ele tinha um colar dourado ao redor de seu pescoço. Para Louis, que babava nele desde que Styles pisou na CIA pela primeira vez, ele estava lindíssimo.

Trazia consigo uma pasta de papel pardo, estava voltando da recepção do hotel porque foi receber um fax enviado diretamente da sede da agência, a linha estava segura e a informação não poderia ser extraviada em seu trajeto Langley-Berlim, a menos que alguém tivesse interesse em hackear um aparelho de fax de um hotel pequeno e interceptar mensagens de um casal em lua de mel. Louis o olhou e Harry deixou a pasta em cima da mesinha que havia em um canto do quarto, lugar que tinham transformado em um pequeno e eficiente escritório.

Aliás, ali era bem apertado. O hotel era modesto para não atrair olhares de algum agente de outro serviço de inteligência e disfarçar o máximo possível, então o quarto não era puro luxo. A cama era grande, sem dúvidas, e a janela ficava atrás dela, descentralizada e com uma parte barrada pela cabeceira da cama, mas que permitia qu uma luz natural gostosa entrasse ali durante o dia e banhasse em sol quem dormisse nela. Do lado direito, tinha um sofá esverdeado e razoavelmente largo, e por perto estava a porta de madeira que levava para o pequeno banheiro, embora até fosse equipado com uma banheira. Era tudo muito compacto, mas confortável.

A TV ficava diante da cama, em uma mesinha baixa, e havia um espaço do outro lado que ficava bem na esquina e a arquitetura do prédio fazia uma curva naquela região, então era como uma salinha extra com janelas em um semicírculo, com uma mesa de madeira e uma cadeira, nada mais. Ali era onde tinham deixado os equipamentos que trouxeram dos Estados Unidos e os documentos para analisar.

— O secretário mandou um fax. — Harry murmurou e foi até a mesa, sentou-se na cadeira e abriu a pasta para finalmente ler a mensagem. — Oh, vazaram algumas informações do Pentágono. — franziu o cenho. — É meramente informativo, não tem nada de útil nesse fax. — suspirou e o deixou. — Acha que vão designar mais membros à nossa equipe ou vamos ficar sozinhos?

— Estamos sozinhos aqui. — Louis saiu da janela e caminhou pelo quarto até entrar no semicírculo e fitar Harry atentamente. — Sabemos que existem outros agentes em solo alemão, mas tem suas próprias missões. — tragou do cigarro e bateu-o no cinzeiro algumas vezes. — Além disso, não os conhecemos, não os reconheceríamos se nós os víssemos. Fomos designados para campo e vamos cumprir a nossa missão. O que tem aí?

— No fax? Um aviso de que uma informação confidencial do Pentágono foi vazada. — suspirou. — Inútil para a nossa missão. Precisamos encontrar Smirnov porque ele tem arquivos soviéticos sobre bombas de hidrogênio que foram testadas e têm poder de destruição muitíssimo maior que as bombas de Hiroshima e Nagasaki de 1945. — ergueu o olhar para Louis. — A CIA e o Pentágono têm interesse nesses arquivos para saber com quem estamos lidando e qual é o poder bélico da União Soviética. Em números exatos.

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