Agente Duplo | Larry Stylinson

6. O Agente

Oi oii mais um capítulo saindo do forno!!

Postei uma fic nova, é abo de época e se chama The Smoke, ficaria muito feliz se pudessem dar uma olhadinha!

Boa leitura❤️

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Louis respirou fundo ao passar manteiga de amendoim em uma fatia de pão de fôrma, espalhando-a pacientemente por ali, embora não prestasse realmente atenção no que estava fazendo, sua mente estava longe e completamente alheia ao seu café da manhã. Desde que voltou de Berlim que era um poço de preocupação, afinal a qualquer momento poderia ter o FBI batendo na porta de sua casa para prendê-lo e ele somente torcia para que aquilo acontecesse quando Andrew estivesse na escola, não queria que seu sobrinho o visse sendo levado para a prisão.

Estava visivelmente apreensivo e distante, o cerco estava se fechando e era uma questão de tempo até que Harry chegasse ao seu nome, afinal já havia descoberto o codinome Bryan Clark e naquele mês ele só não conseguiu avançar na busca porque Dimitri Ivanov permanecia calado durante o interrogatório, as sessões de perguntas tinham se tornado menos frequentes com a aproximação do recesso de fim de ano e a agência entrava em um clima mais calmo e tranquilo e aquela era a sorte de Louis.

Não sabia mais como sabotar seu parceiro e, honestamente, ficava angustiado por ter de esconder documentos ou atrapalhar a investigação de Harry de alguma maneira, sentia-se péssimo porque Louis o amava profundamente e ele via aquilo como uma traição ao homem pelo qual era apaixonado há anos. Em alguns momentos cogitava contar para ele, mas recuava porque sabia que Harry o entregaria para o secretário e Louis jamais o julgaria por isso, entendia que sua segurança não era a prioridade do outro e Styles não podia correr o risco de perder o emprego naquele momento da vida, estava passando por um divórcio e sua renda era um fator importante para que a guarda de Hailey ficasse em suas mãos.

Por falar em Harry, os dois mantinham aquele caso proibido discretamente, beijavam-se nos corredores vazios do departamento, vez ou outra tinham amassos bem quentes no escritório de Louis, mas não chegaram a fazer sexo depois de Berlim. Tinham receio do caso ser descoberto e por algum motivo a fofoca chegar aos ouvidos de Jason e, mais tarde no do juíz, então se esforçavam ao máximo para não levantarem suspeitas. Além disso, para se encontrarem fora dali, deveria ser depois do expediente e Harry não gostava de chegar em casa mais tarde que o usual para evitar brigas com o marido e se desgastar ainda mais.

O processo de divórcio tinha avançado um pouco naquele último mês, mas ainda não tinham uma conclusão, a cada passo que o advogado de Harry dava, o de Jason dava dois passos para trás, então ele não podia comemorar suas pequenas vitórias porque o outro sempre o tirava do sério. Aquela demora toda deixava Louis louco, não suportava o fato de seu amado ainda estar vivendo com um homem horrível como Jason, tinha vontade de socá-lo a cada menção de seu nome e, se fosse por ele, já tinha acabado com o outro. Porém, havia uma criança na história e ele jamais faria alguém crescer sem pai porque sabia como aquilo era doído.

— 'Cê 'tá bem, coroa? — Andrew passou atrás de si para pegar algo na cozinha e apertou os ombros de Louis, tirando-o de seus pensamentos. O homem suspirou e abriu um pequeno sorriso.

— Estou bem, Andy. — murmurou e pegou outra fatia para passar a geléia, depois uniu as duas e partiu o sanduíche no meio. — Só... estou cansado.

— Não está cansado, tio, você está com essa cara de bunda há semanas. — comentou, via como Louis estava calado e chateado com algo que não sabia o que era. Andrew queria ajudá-lo, sabia que não tinha tanta experiência de vida ou muitos conselhos, mas poderia ser seu ombro amigo caso precisasse, porém seu tio era um homem muito fechado e dificilmente revelava o que estava sentindo. — O que está acontecendo? Aquele moço te deu um fora? Ele te colocou chifres?