Chegamos ao epílogo!
Muito obrigada a todos que acompanharam a história, que leram e comentaram, isso significa muito! Muito obrigada mesmo, de coração💛
Espero que gostem do epílogo e boa leitura! ❤️
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Cuidar de cabras definitivamente não seria a resposta de Louis quando criança, ao ser perguntado sobre o que gostaria de ser quando crescesse. Sua resposta sempre seria "quero ser espião", mas sem dúvidas todos pensavam que ele tinha falhado em seus objetivos porque ele trabalhava em um banco para todos que perguntassem. Anos mais tarde, ele estava ali, varrendo o celeiro cheio de bolinhas marrons e ouvindo vários "beé".
Havia se passado cinco anos desde sua fuga da prisão nos Estados Unidos, o muro de Berlim havia caído há alguns anos e a União Soviética tinha se desintegrado no último Natal, há alguns meses. A Guerra Fria havia finalmente acabado e o mundo se ajeitava novamente, deixando a bipolarização de lado para se alinhar em uma nova ordem internacional. Enquanto isso, Harry e ele tinham se estabelecido em uma cidadezinha no interior irlandês que não deveria ter mais de mil habitantes, e ainda não viviam na região central, tinham uma fazendinha nos arredores, criavam cabras para obter leite, manteiga e queijo, nada que produziam era industrializado, faziam eles mesmos. Harry ordenhava o leite toda manhã e fazia a manteiga, Louis produzia o queijo e levava as cabras para pastar nos campos da propriedade.
Tinham uma boa relação com os vizinhos, sempre apareciam nas festinhas locais. No primeiro ano, ficaram encantados em como a população dali tinha costumes fortes, muitos deles relacionados à cultura celta. Ainda mantinham o mesmo encanto a cada ano e era ótimo criar as crianças ali, em um lugar simples, mas tão rico.
Louis e Harry tinham se casado no cartório local pouco depois de chegarem ali, com documentos falsos de Harry e Louis Wilson, embora quando estavam sozinhos, apenas os dois, ele chamasse seu lindo esposo de Harry Tomlinson. Andrew e Hailey também tinham documentos como membros da família Wilson, a garotinha tinha os dois como seus pais no documento falso e Andrew apenas Louis, já que pela idade de Harry não conseguiria passar por uma boa farsa.
Daquela união, nasceu Richard, o primeiro bebê dos dois, concebido em Berlim, que tinha cinco anos e era dono de cabelinhos lisos e escuros em formato de tigelinha, sua pele era pálida como porcelana e suas bochechas eram rosadinhas pelas baixas temperaturas do clima irlandês e seus olhos eram de um azul tão brilhante quanto o céu. Após ele, veio a caçulinha: Diana. A garotinha tinha dois aninhos de idade e seus cabelos eram lisos como os de Louis, mas seus olhos eram verdinhos como a grama do pasto, suas bochechas também eram vermelhinhas e ela estava se descobrindo aos poucos, a cada dia fazendo uma travessura que deixava seus pais loucos.
Hailey, agora com sete anos, tinha cabelos longos e de pontas cacheadas, seus olhos eram muito semelhantes aos de Harry, de uma tonalidade clara de verde, suas bochechas rosadinhas sempre contrastavam com a palidez de sua pele e vivia grudada a Louis. Se ele ia para o centro da cidadezinha, ela se empoleirava na caminhonete para acompanhá-lo, se ele ia para a fazenda do vizinho, Hailey aparecia para seguí-lo. E, sim, ela o chamava de pai e Louis a chamava de filha. Desde o começo.
Andrew, com vinte anos, tinha concluído o Ensino Médio e conseguiu ingressar em uma universidade em Dublin, cursava Letras, tinha planos de ser professor na escola local e por enquanto vivia longe deles, na capital. Voltava para casa todo verão e era a alegria das crianças e um alívio para Harry, que conseguia ter um tempinho de tranquilidade sem os três filhos atrás dele o tempo todo.
Louis suspirou ao despejar o conteúdo de uma pá em um carrinho de mão, com cocô de cabra e feno. Era outono e o clima ali era frio, usava um suéter azul escuro e calças jeans velhas, além de um boné para deixar seus cabelos para trás e não incomodá-lo. Trabalhava ali desde cedo, somente fez uma pausa para o almoço e sua mente só pensava em voltar para casa e se jogar no sofá, tomar uma cerveja e beijar seu lindo marido.
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Agente Duplo | Larry Stylinson
FanfictionA Guerra Fria consagrou as agências de inteligência de todo o planeta e a busca por informações sobre o que estava acontecendo no bloco vizinho era constante, perigosa e essencial para tirar vantagem naquela disputa ideológica. Em meio a esse conte...