Por você... por nós (Kakairu - A.U)

1 - Problemas

Beijou a testa do Naruto depois de cobri-lo, e fez cafuné em suas mechas loiras até que ele dormisse. Estava tão perdido em seus pensamentos que acabou nem percebendo quando aquilo aconteceu. Sorriu deixando mais um beijo no garotinho e se levantou para ir ao seu quarto.

Ao chegar no local, olhou para a mesa onde ele trabalhava quando não estava no prédio, e suspirou. Sabia bem que devia acabar pelo menos a coluna sobre as bolsas, mas não teria cabeça para aquilo. Sem contar, que poderia usar a desculpa de que ainda não havia recebido todas as fotos, o que não era mentira.

Sentou-se em sua cama, e pegou seu celular, entrando em uma de suas redes sociais, e sorriu fraco antes de soltar um suspiro ao ver uma de suas fotos com o Naruto. Sua mente estava barulhenta, seu coração apertado, e mesmo assim nada daquilo saía de sua boca.

Ainda que seus olhos nem ao menos brilhassem, sentia que poderia desabar, que iria se afogar em lágrimas a qualquer instante. Estranhou ao sentir o celular vibrar em suas mãos, e sorriu ao ver o nome de quem o ligava.

Kakashi, o segurança do prédio onde trabalha escrevendo revistas de moda, e há dois meses, seu namorado. Fazia tanto tempo de relacionamento e não havia contado sobre o platinado ser mais do que um amigo do trabalho para Naruto... Fazia tão pouco tempo de namoro, e sentia que aquele seria o melhor relacionamento de sua vida.

— Alô?

— Oi, meu amor... desculpa te ligar tão tarde. Mas eu vi que você estava online, e queria saber como você está.

“Tão tarde”... Olhou para o relógio digital ao lado de sua cama, e suspirou ao ver que já marcavam 01:27.

Merda...

— Eu tô bem. Por que ainda está acordado?

— O Asuma se atrasou, então fiquei mais esse tempo pra ele... – Suspirou. – Não, você não tá. Quer que eu vá aí? Queria te ver... e a gente pode conversar sobre o que está te incomodando.

— Eu também queria ver você... sentir seu cheiro... – Fechou seus olhos por um momento, e sorriu. – Mas a gente se encontra amanhã, ou mais tarde. Você tá cansado, não farei você vir aqui.

— Então, meio que... bem, eu estou na frente da sua casa, e queria saber se você me deixaria entrar.

Se levantou indo até a sala, e abriu um pouco a cortina da janela da frente. Riu sem acreditar que ele estava mesmo ali. O amava tanto...

Encerrou a ligação e abriu a porta, ficando ao lado de fora o esperando. Ao vê-lo sair do carro sentiu seu coração bater forte, ansioso para toca-lo. Assim que o Hatake chegou até ele, se abraçaram antes de iniciarem o beijo cheio de saudade de ternura, afinal, estavam sem se ver há dois dias pelos horários do trabalho de ambos.

— Vem amor, entra. – Falou o levando para dentro de casa.

— Ele já dormiu, né?

— Já sim. Você quer um chá? Eu vou fazer pra gente.

— Não, eu faço. Se você me conceder a sua cozinha, é claro. – Riu retirando seu casaco.

— Você sabe que pode ficar à vontade, mas não precisa se incomodar. Eu faço.

— Não... – Virou Iruka de frente para si, e o abraçou encostando as suas testas. – Você tá triste, eu farei o chá enquanto você me conta o que houve. – Falou baixinho, apesar de não saber como o Umino amava o jeito como aquela voz rouca podia sair tão gentilmente e delicada. – Eu não gosto desse seu olhar vazio... eu quero ajudar você. Mas conte apenas se estiver confortável. Eu não quero te pressionar, tá bom? – Falava acariciando os lábios do moreno com seu polegar, e deixou um beijinho ali antes de soltar seu corpo. – Acho que farei um de hortelã pra mim... e você, do que vai querer?