Alícia Narrando:
Ao olharmos pela janela tudo o que podíamos ver era uma imensidão branca, sobre o asfalto montanhas e montanhas de neve, o vento soprava forte fazendo a neve voar por todos os cantos preenchendo os telhados e janelas, a temperatura havia baixado e a tempestade de neve se intensificava a cada segundo.
Por outro lado dentro de casa estávamos bem aquecidos e acolhidos pela companhia um do outro, não tínhamos do que reclamar. Henry e eu estávamos vivendo em nosso próprio mundinho perfeito e nada nem ninguém podia nos atrapalhar.
-Um pouco mais pra esquerda.- Pedi.
-Ficou bom?- Henry pergunta.
-Não um mexe um pouquinho pra direita!-Peço.
-E agora?- questiona Henry mais uma vez.
-Agora você mexeu muito...-Reclamo e ele fecha a cara.
Estamos decorando a casa para o Natal, havíamos nos esquecido completamente desse detalhe e apenas hoje começamos a montar a árvore de Natal. Henry está na ponta dos pés tentando posicionar a estrela no topo da árvore enquanto eu a penas observo e dou as coordenadas.
-Não podemos fazer uma árvore sem estrela? Toda hora você diz que está torto!- Henry reclama já cansado.
-Onde já se viu árvore de Natal sem estrela Henry?- Questiono cruzando os braços.
-Estou ficando com dor nos ombros e nas costas de tanto pendurar decorações pela casa você devia fazer isso...-Resmunga e eu o encaro brava.
-Me desculpe se minha perna quebrada me impede de decorar a casa.- Rebato.
-O problema não é sua perna mas sim sua altura tem menos de um metro e meio.- Ah ele ama me provocar,eu tenho muito mais que um metro e meio.
-Henry isso é um absurdo eu não sou tão baixinha assim!- Me defendo e ele apenas ri debochado.
-Você é sim baixinha, parece até os duendes ajudantes do papai Noel.- Esse menino tá querendo levar uns tapas só pode, mas me contentei apenas arremessando uma almofada em sua direção.-Ei vai estragar toda minha obra de arte!- reclamou tentando proteger a árvore.
-Então para de me zuar!- pedi fazendo bico e ele assentiu sorrindo.
-Tá bom cachinhos não vou mais implicar com sua altura.- Respondeu enquanto pendurava os pisca-pisca nos galhos da árvore.
De repente um cheiro estranho invadiu minhas narinas.
-Henry?- inspirei o ar mais uma vez.- Está sentindo esse cheiro? Parece de algo queimando...-Falo tentando reconhecer de onde vem o cheiro.
-O ARROZ!- Henry gritou desesperado e saiu correndo em direção a cozinha.
Henry e eu decidimos celebrar o nosso primeiro Natal totalmente sozinhos da melhor forma possível, pesquisamos algumas receitas na internet e colocamos em prática, fizemos purê de batatas, arroz e colocamos algumas coxas de frango para assar no forno, é simples mas foi o que conseguimos fazer.
-Espero que esse arroz ainda esteja comestível...- falo enquanto caminho pela cozinha e vejo Henry mexendo na panela.
-Por sorte queimou apenas o fundo da panela a parte de cima da pra comer.- Responde soltando um suspiro aliviado.
-Que bom porque tem uma tempestade de neve lá fora e não tem como comprarmos mais comida.- Desabafo me sentando na bancada da cozinha.
-Bom se tudo der errado a gente pode comer cereal no jantar, temos dois sabores diferentes da até pra escolher.- Dei risada, mas até que não seria má idéia.
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Laços de Amor
RomanceDevido a forte amizade entre seus pais Henry e Alícia crescerem juntos, compartilhando momentos incríveis desde pequenos, porém com o passar dos anos um novo sentimento surge em seus corações, indo muito além do carinho entre irmãos ou de apenas ami...