15- Novos Amigos

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Alícia Narrando:

Vesti meu casaco e sai correndo do quarto, meu pai já estava me esperando dentro do carro, eu havia dormido demais e acordado atrasada para o meu primeiro dia de aula na faculdade de Artes. Desci as escadas enquanto colocava a mochila nos ombros e fui direto pra cozinha onde minha mãe preparava panquecas.

-Alícia não corra! Vai machucar sua perna.- Ela me repreendeu com um olhar preocupado.

-Desculpa mas estou atrasada!- Falei enquanto pegava uma maçã e duas torradas. -Tchau mãe tenha um bom dia,te amo!- beijei sua bochecha e acenei para ela enquanto saia da cozinha.

No meio do caminho trombei com meus dois irmãos, nós quase fomos parar no chão.

-Desculpa meus bebês estou atrasada!- falei beijando o topo da cabeça deles.

Segui apressada até a garagem onde meu pai estava me esperando,joguei a mochila no carro de qualquer jeito e entrei enquanto tentava equilibrar as torradas e a maçã nas mãos.

-Está pronta? Não se esqueceu de nada?- Perguntou antes de ligar o carro.

-Está tudo aqui!- Afirmei com certeza e ele concordou.

Meu pai ligou o carro e começou a dirigir, eu achei não me sentiria assim mas estou muito nervosa para o meu primeiro dia de aula. Eu sempre sonhei em estudar nessa universidade e agora que está acontecendo parece um sonho perfeito do qual eu não quero acordar.

Olhei para o meu pai enquanto ele dirigia e notei seu sorriso, fiquei curiosa então decidi perguntar.

-No que está pensando?- Perguntei em seguida dei uma mordida em minha torrada.

-Em como as coisas mudam, parece que foi esses dias que te segurei em meus braços pela primeira vez e agora estou te levando para o primeiro dia de aula na faculdade.- Explicou.

-Você não vai chorar né pai?- Brinquei e ele deu risada.

-Não, a única pessoa que pode me ver chorar é sua mãe.- Respondeu firme.

-Pai será que um dia vou encontrar alguém que me ame tanto quanto você e a mamãe?- Perguntei aflita ao pensar no meu futuro.

-Talvez já tenha encontrado.- Meu coração se contraiu com sua resposta pois ela me fez lembrar de Henry.

-Não tenho tanta certeza.- Falei me sentindo triste.

-O destino tem suas formas misteriosas de trabalhar não se preocupe.- Afirmou me deixando pensativa.

-Obrigada pai.- Falei sorrindo pra ele.

-Não precisa agradecer minha princesa!-Disse meu pai desviando os olhos da estrada rapidamente para mim.

Não demorou muito tempo para chegarmos na Universidade. Eu já vim até aqui três vezes e ainda assim me surpreeendo com a grandiosidade desse lugar.

-Está muito nervosa?- Meu pai perguntou enquanto eu observava a universidade pelo vidro do carro, eu assenti.- Se quiser eu posso entrar com você.

-Não precisa pai, eu já passei dessa fase.- Respondi pegando minha mochila.

-Nossa está fazendo desfeita do seu pai?- falou magoado pondo a mão sobre o peito.

-Não é isso pai, eu só preciso enfrentar isso sozinha entende?- Falei.

-Eu entendo filha!- Ele se aproximou e beijou minha testa carinhosamente.

-Tchau pai!- Falei abrindo a porta do carro.

-Tchau.-Ele acenou e eu desci do carro colocando minha mochila nas costas.

Meu pai foi embora e eu ainda fiquei alguns segundos parada no mesmo lugar admirando a beleza do lugar. A Universidade parece um castelo do Harry Potter, e a sua volta tem um gramado bem verdinho onde alguns estudantes se sentam para conversar ou estudar a sombra das árvores.

Laços de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora