Capítulo 36

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                                Victor

A Bárbara espontânea não está mais entre nós .

É incrível a rapidez que ela muda de humor .

Ela tá olhando pra pizza como se fosse um monstro de 7 cabeças.

Eu sei que é complicado, não dá pra se livrar do distúrbio da noite pro dia .

Mas me dá um negócio ruim ver ela assim.

Por que eu sei que ela tá com fome, sei que morre de vontade de comer, mas tem medo de engordar .

Olha eu adoraria brincar de tiro ao alvo com a dona Flávia, o alvo seria bem no meio da testa dela .

— tenta - incentivo - só uma fatia

Ela não diz nada só pega a fatia e vai dando pequenas mordidas .

Sinto que ela se afastou depois do sexo, só não sei o porque

Bom as pessoas podem ser sortudas mas não mais que eu. Chegar em casa e ver a Bárbara Passos seminua não é pra todos .

Metade da população me inveja agora, e eu adoro isso .

— aconteceu alguma coisa ? - pergunto

— não, tudo certo

Puxei a coxa dela para cima da minha

— você tá mentindo - semi cerro os olhos

— você lê mente agora? Não sabia dessa

Cavala

"Tá tudo certo"

Imagina se não tivesse .

— tá muitos estressada pra alguém que acabou de gozar - ela me olha feio

Ok, né

Olho de canto de olho e penso no que eu possa ter feito nessa última hora que tenha deixado ela puta .

Não fiz nada, será que esse é o problema. Eu tinha que ter feito algo e esqueci ?

Ninguém disse que tinha que ter boa memória pra entrar em um relacionamento. Agora fodeu

Me remexo no sofá e algo me pinica, passo a mão pegando um pequeno brinco .

Olho pra Babi, não é dela.

Bárbara não usa coisas tão extravagante

Deve ser de uma das garotas.

Da Miih não é.

Sem dúvidas é da Mirella .

Bárbara

Carol levanta e para na minha frente

— vou te bater sua vagabunda.

— Carolina - advirto e arregalo os olhos

— vou bater e ponto final. Tá a garota devia ser gostosa mesmo, sou feminista e acho toda mulher gostosa. Mas a beleza dela não anula a sua .

— Carolina eu acho ... - ela me corta

— e se o Victor fodeu ele que se dane. Mais da metade da faculdade te pegaria. Porque você é maravilhosa. Só que infelizmente não vê isso

— e por isso você vai me bater ?

— pra ver se seus neurônios reiniciam - ela diz como se fosse óbvio

— tão fofa

— uma coisa eu digo, se ele vai pegar outras pessoas você também vai. Onde já se viu - ela diz indignada - quer marcar território com você mas vive indo fazer xixi em outros quintas

O que o xixi tem haver com isso ?

— não entendi sua analogia

— ele é o cachorro - claro que é - ele mijou em você pra marcar território e nem um outro vira lata se aproximar, só que tá mijando em outros locais

— ok, entendi .... Eu acho

— você vai deixar outros caras mijar em você também - uma estudante passa pela gente e me olha horrorizada

— ninguém vai mijar em mim - dou um sorriso nervoso para a garota que faz questão de se afastar

Pronto agora ela vai pensar que fazem xixi em mim .

Olho irritada pra Carol .

— olha o drama Bárbara.

— você acha que eu posso simplesmente pegar geral ? Tem dois brutamontes atrás de mim .

— falando neles, sabem se são solteiros ?

Ignoro

🌹

A porta do elevador privado abre.

Deixei meu celular aqui.

Victor tá no trabalho. Agora não sei em qual, vendendo drogas ou gerenciando as empresas .

A porta se fecha atrás de mim e eu caminho até a mesa de centro .

Pego o celular mas antes que eu possa ir embora escuro passos na minha direção

— tava com saudades - a garota aprece totalmente nua na minha frente - você não é o Victor

— ah, você jura ?

Encaro os olhos verdes dela.

A garota do brinco .

A porta do elevador abre de novo

Viro vendo o ordinário

— bom agora ele chegou - forço um sorriso .

Victor tira o telefone da orelha e divide o olhar entre nós duas .

— como essa garotinha subiu aqui ? - ela pergunta sem nem se importar de se cobrir

— tenho o cartão - digo encarando o Victor.

— devia ter ficado na empresa - ele resmunga

— ele te deu o cartão?

— sim.

— ótimo, mais uma vagabunda que tá dormindo com meu noivo

Para aí, pera aí

Eu escutei certo ? Noivo ?

— é eu realmente devia ter ficado lá

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