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A DIREÇÃO PARECIA IRREGULAR, Taylor não precisava da opinião ninguém que o rodeava, de que ele estava em sua pior forma da semana, desmotivado, cansado e caindo de dores de cabeça. Estava nítido, o seu mal estar era claramente visto por todos.
Sua cabeça zumbia martelava. Roger aprendeu a desejar o próprio total silêncio depois da turnê, sua não apenas isso, mas levou vários aprendizados, que ele sabia, que aonde quer que ele estivesse, carregaria consigo.
O ônibus da banda estacionou, Roger liberou uma lufada de ar cansado, permanecendo com os olhos fechados, descansando a sua mente pilhada. As malas estavam enfileiradas e os figurinos devidamente embalados no plástico. A equipe dos bastidores e novos amigos dos outros integrantes não paravam de conversar. Taylor sentiu vontade se arremessar algo na direção deles e cessar com o burburinho irritante.
Roger até pensou ser capaz de pular da janela do ônibus para escapar. Mas algum fã provavelmente o encontraria e correria atrás de si até deixar o loiro em pânico.Em alguns momentos ele dormia em hotéis que mal o deixavam descansar, os fãs se aglomeravam no saguão, ao redor do ônibus, ele ouvia gritos em seu sono e sentia flashes de luz a cada novo passo que dava.
Isso o assustava, a vida que sonhou ter era regada de bons e frenéticos momentos, mas como tudo, também possuía o seu lado ruim. E Taylor temia não saber lidar com ele do melhor modo, estava apenas no começo, e ele sabia, que quando voltassem para a Inglaterra, as coisas seriam maiores. O Queen pertencia a Inglaterra, e não fazia sucesso em nenhum outro lugar do mundo como no berço em que nasceu a banda.
E a partir do momento que eles fizeram o seu quarto grande show nos Estados Unidos, sua privacidade havia descido pelo ralo, assim como qualquer resquício de comodismo e tranquilidade que sua mente tivesse.
John Deccon que rabiscava letras desconexas em seu caderno se levantou, após perceber que mesmo o ônibus da banda esvaziando e todos descendo, Roger havia ficado lá nos fundos estirado e dormindo pesadamente. Revirou os olhos caminhando na direção do louro em uma tentativa de despertá-lo.
Observou o amigo dormindo, com a respiração pesada e o cabelo loiro jogado para o lado, caído sobre a bochecha corada, os lábios estavam sendo espremidos pela mão repousada em seu maxilar, e por um breve instante, John teve pena de acordá-lo.
O baixista não era tão próximo de Roger como era de Brian, por exemplo, o temperamento difícil e as brigas desnecessárias os afastaram por algumas temporadas, mas John se importava com ele, o julgava irritante e ranzinza uma boa parte do tempo durante essa turnê, mas tinha pena do amigo. Pois se ele que era apenas um amigo, companheiro achegado de Arabella, sentia saudade da moça, não conseguia nem imaginar o tamanho da dor no peito do baterista.E John admirou Taylor por resistir e lutar firmemente para não deslizar em nenhum outro caso com alguma garota americana . John simplesmente não entendia o que as garotas tanto viam no Taylor... Eram obcecadas e sem nenhum motivo aparente. E isso vez por outra despertava uma sementinha de inveja em seu ser. Tinha que assumir...
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𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐒𝐓𝐀𝐑 #𝟐 | 𝐑𝐨𝐠𝐞𝐫 𝐓𝐚𝐲𝐥𝐨𝐫
أدب الهواةEm meados de 1974 o mundo descobriu o Queen, não somente a banda mas também o loiro ainda mais agitado e tempestuoso da bateria. E com a fama e shows desenfreados, Roger Taylor se vê num empasse. Não queria perder Arabella ou seus amigos, mas também...