Maratona 4/5 ✨
Mayara
abri meus olhos e olhei ao redor, olhei pra baixo e não senti volume, me sentei num sobressalto e senti uma dor no pé da barriga, Cinthia estava entrando no quarto com um copo de café, mas se assustou quando me viu sentada e com a mão na barriga.- cadê ele? - eu perguntei olhando pra ela - onde está o meu filho?
- Maya, você precisa se acalmar - Cinthia fala e logo um médico e uma enfermeira entram na sala
- ainda faltavam dois meses, me diga que ele está bem, por favor - eu peço sentindo as lágrimas no meu rosto
- ele está bem, o bebê está bem - o médico fala e logo una encubadora é colocada dentro do quarto, viro pro lado e vejo meu bebê ali - você passou mal, então precisamos fazer uma cesárea de emergência, o bebê passou por muito estresse - ele continua - e você também
- onde está Eric? - pergunto pra Cinthia
- no pós operatório, se recuperando - ela responde
- eu.. eu posso segurar ele? - pergunto pro médico
- claro - o médico responde e a enfermeira me ajuda a levantar, me coloca numa cadeira e pega o bebê, coloca ele no meu colo e eu abro um sorriso encarando ele
sua mãozinha segura meu dedo e eu sorrio
- você é tão lindo - eu falo pra ele sentindo sua mãozinha apertar meu dedo
ele era tão pequeno, mas tão forte, olhei pra frente e só a Cinthia estava ali.
- quer segurá-lo? - pergunto pra ela que deixa as lágrimas caírem assim que se aproxima de mim
eu me levanto e ela senta onde eu estava, entrego o bebê para ela e observo eles dois
- vocês escolheram o nome? - ela pergunta
- sim - eu falo
- e os padrinhos?
- você e o Henri, conheça seu afilhado - eu respondo a ela que sorri ainda mais
segurei ele novamente e logo uma enfermeira chega e leva o bebê para o berçário novamente, me sento na maca e encaro a porta, um médico entra e me examina
- em quanto tempo eles poderão ir pra casa? - falo me referindo a Eric e ao meu bebê
- seu bebê está evoluindo rapidamente, não respira por aparelhos, e os pulmões estão funcionando bem, em algumas semanas podemos tentar a amamentação - ele responde - sobre o seu noivo, chamarei o médico responsável pelo caso dele, prometo que darei um jeito o mais rápido possível
- tudo bem, mas, eu posso vê-lo? - pergunto
- pode, uma enfermeira a levará até ele - ele responde
ele sai do quarto e Cinthia vem para o meu lado
- quanto tempo eu passei desacordada? - pergunto
- um dia e meio, não se preocupe, seu bebê estava bem cuidado e Eric também - ela responde
- e Henri?
- está bem, eu fico com você e ele com o Eric, estamos revezando
- você está bem?
- eu passei um susto, passei mal, mas fiquei bem, meu coração quase parou quando tiveram que te levar pra sala de cirurgia - ela respondeu e eu soltei uma risada baixa
- minha cicatriz dói quando eu dou risada - eu respondo e ela ri
a porta é aberta novamente e uma enfermeira entra com meu bebê enrolado em um pano branco com uma toquinha azul na cabeça
- vamos lá? - ela pergunta
- eles podem vir comigo? - pergunto segurando a mão de Cinthia
- claro, venham - elas me ajudam a sentar numa cadeira de rodas e caminham pelo hospital até chegar na ala do pós operatório.
ela entra em um quarto e eu vejo Eric ali, está com os olhos abertos conversando com Henri, mas ele para assim que me vê, encara meus olhos e depois para o pacotinho nos meus braços
- o que... como? - ele pergunta se ajeitando na maca e eu me aproximo dele
- eu nasci, papai - eu falo me levantando da cadeira e me sentando na ponta da maca dele
- como você está? - ele pergunta me olhando
- estou bem e você?
- tudo bem - ele responde e olha pro nosso bebê em meu colo - ele é tão pequeno
- nosso Victor, amor - eu falo e ele me encara.
- nosso Victor - ele repete encostando a testa na minha.
Victor abre a boquinha e começa a chupar o dedo, eu sorrio acariciando seu rosto
- quer segurar ele? - pergunto
- não sei se consigo - ele fala e eu sorrio
- consegue sim - eu falo, me ajeito na maca e entrego o pacotinho pra ele que sorri para o nosso filho
ele abaixa o rosto beijando a testa do nosso bebê.
- quanto tempo para irmos embora? - ele pergunta
- eu não sei - eu respondo - não me sinto mais segura naquela casa - confesso e ele me encara
- não voltaremos para lá, iremos embora - ele fala - para outro país
- mas e a Helena? - eu pergunto
- ela aceitaria uma vaga de emprego? - ele pergunta e eu sorrio
- com certeza - eu respondo
[...]
algumas semanas depois..
- Maya, meu deus - Helena fala assim que entro em um apartamento na cobertura de um condomínio que Eric tinha comprado para nós.até Victor completar três meses, precisaríamos ficar no Brasil.
- oi amiga - eu falo abraçando ela
Eric chega logo atrás com o bebê conforto trazendo nosso filho
- vocês estão bem? - ela pergunta olhando nós três - ele é tão lindo
Helena fala olhando Victor no bebê conforto fazendo um carinho na barriguinha dele.
me sentei no sofá e ela se sentou comigo
- vou tomar um banho - Eric fala e vem até mim
- tudo bem - eu falo e ele beija minha testa e acena pra Helena antes de sumir pelas escadas - não me sinto mais segura aqui
- eu sei que não - ela fala
- Eric quer ir embora - eu falo e ela me encara - aceita uma vaga de emprego? - eu pergunto e ela ri
- com certeza
fiquei conversando com ela até Victor abrir o berreiro e Eric descer, ela de despediu de nós com a desculpa de que tínhamos acabados de voltar do hospital e precisávamos descansar, eu não neguei, estava morta e ficaria ainda mais cansada nos próximos três meses.
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Vendida para a máfia [concluída]
RomanceMayara Ferreira nunca foi santa, mas sempre foi muito independente, nunca dependeu dos seus pais pra nada, passou numa faculdade pública e arranjou um emprego. Sua mãe nunca foi presente e foi embora quando ela ainda era pequena; seu pai, se entrego...