Capítulo 26

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Maratona 4/5 ✨
Mayara
abri meus olhos e olhei ao redor, olhei pra baixo e não senti volume, me sentei num sobressalto e senti uma dor no pé da barriga, Cinthia estava entrando no quarto com um copo de café, mas se assustou quando me viu sentada e com a mão na barriga.

- cadê ele? - eu perguntei olhando pra ela - onde está o meu filho?

- Maya, você precisa se acalmar - Cinthia fala e logo um médico e uma enfermeira entram na sala

- ainda faltavam dois meses, me diga que ele está bem, por favor - eu peço sentindo as lágrimas no meu rosto

- ele está bem, o bebê está bem - o médico fala e logo una encubadora é colocada dentro do quarto, viro pro lado e vejo meu bebê ali - você passou mal, então precisamos fazer uma cesárea de emergência, o bebê passou por muito estresse - ele continua - e você também

- onde está Eric? - pergunto pra Cinthia

- no pós operatório, se recuperando - ela responde

- eu.. eu posso segurar ele? - pergunto pro médico

- claro - o médico responde e a enfermeira me ajuda a levantar, me coloca numa cadeira e pega o bebê, coloca ele no meu colo e eu abro um sorriso encarando ele

sua mãozinha segura meu dedo e eu sorrio

- você é tão lindo - eu falo pra ele sentindo sua mãozinha apertar meu dedo

ele era tão pequeno, mas tão forte, olhei pra frente e só a Cinthia estava ali.

- quer segurá-lo? - pergunto pra ela que deixa as lágrimas caírem assim que se aproxima de mim

eu me levanto e ela senta onde eu estava, entrego o bebê para ela e observo eles dois

- vocês escolheram o nome? - ela pergunta

- sim - eu falo

- e os padrinhos?

- você e o Henri, conheça seu afilhado - eu respondo a ela que sorri ainda mais

segurei ele novamente e logo uma enfermeira chega e leva o bebê para o berçário novamente, me sento na maca e encaro a porta, um médico entra e me examina

- em quanto tempo eles poderão ir pra casa? - falo me referindo a Eric e ao meu bebê

- seu bebê está evoluindo rapidamente, não respira por aparelhos, e os pulmões estão funcionando bem, em algumas semanas podemos tentar a amamentação - ele responde - sobre o seu noivo, chamarei o médico responsável pelo caso dele, prometo que darei um jeito o mais rápido possível

- tudo bem, mas, eu posso vê-lo? - pergunto

- pode, uma enfermeira a levará até ele - ele responde

ele sai do quarto e Cinthia vem para o meu lado

- quanto tempo eu passei desacordada? - pergunto

- um dia e meio, não se preocupe, seu bebê estava bem cuidado e Eric também - ela responde

- e Henri?

- está bem, eu fico com você e ele com o Eric, estamos revezando

- você está bem?

- eu passei um susto, passei mal, mas fiquei bem, meu coração quase parou quando tiveram que te levar pra sala de cirurgia - ela respondeu e eu soltei uma risada baixa

- minha cicatriz dói quando eu dou risada - eu respondo e ela ri

a porta é aberta novamente e uma enfermeira entra com meu bebê enrolado em um pano branco com uma toquinha azul na cabeça

- vamos lá? - ela pergunta

- eles podem vir comigo? - pergunto segurando a mão de Cinthia

- claro, venham - elas me ajudam a sentar numa cadeira de rodas e caminham pelo hospital até chegar na ala do pós operatório.

ela entra em um quarto e eu vejo Eric ali, está com os olhos abertos conversando com Henri, mas ele para assim que me vê, encara meus olhos e depois para o pacotinho nos meus braços

- o que... como? - ele pergunta se ajeitando na maca e eu me aproximo dele

- eu nasci, papai - eu falo me levantando da cadeira e me sentando na ponta da maca dele

- como você está? - ele pergunta me olhando

- estou bem e você?

- tudo bem - ele responde e olha pro nosso bebê em meu colo - ele é tão pequeno

- nosso Victor, amor - eu falo e ele me encara.

- nosso Victor - ele repete encostando a testa na minha.

Victor abre a boquinha e começa a chupar o dedo, eu sorrio acariciando seu rosto

- quer segurar ele? - pergunto

- não sei se consigo - ele fala e eu sorrio

- consegue sim - eu falo, me ajeito na maca e entrego o pacotinho pra ele que sorri para o nosso filho

ele abaixa o rosto beijando a testa do nosso bebê.

- quanto tempo para irmos embora? - ele pergunta

- eu não sei - eu respondo - não me sinto mais segura naquela casa - confesso e ele me encara

- não voltaremos para lá, iremos embora - ele fala - para outro país

- mas e a Helena? - eu pergunto

- ela aceitaria uma vaga de emprego? - ele pergunta e eu sorrio

- com certeza - eu respondo

[...]
algumas semanas depois..
- Maya, meu deus - Helena fala assim que entro em um apartamento na cobertura de um condomínio que Eric tinha comprado para nós.

até Victor completar três meses, precisaríamos ficar no Brasil.

- oi amiga - eu falo abraçando ela

Eric chega logo atrás com o bebê conforto trazendo nosso filho

- vocês estão bem? - ela pergunta olhando nós três - ele é tão lindo

Helena fala olhando Victor no bebê conforto fazendo um carinho na barriguinha dele.

me sentei no sofá e ela se sentou comigo

- vou tomar um banho - Eric fala e vem até mim

- tudo bem - eu falo e ele beija minha testa e acena pra Helena antes de sumir pelas escadas - não me sinto mais segura aqui

- eu sei que não - ela fala

- Eric quer ir embora - eu falo e ela me encara - aceita uma vaga de emprego? - eu pergunto e ela ri

- com certeza

fiquei conversando com ela até Victor abrir o berreiro e Eric descer, ela de despediu de nós com a desculpa de que tínhamos acabados de voltar do hospital e precisávamos descansar, eu não neguei, estava morta e ficaria ainda mais cansada nos próximos três meses.

Vendida para a máfia [concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora