Capítulo 12

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Eric
encarei Maya conversando com seu amigo e a aproximação dele mais os olhares, me deixaram um tanto irritado.

- ah, Júlio, esse é o Eric - ela falou se dirigindo a mim, seus olhos brilharam e eu sorri - Eric, esse é o Júlio, trabalhamos juntos.

- eai - eu cumprimentei ele estendendo minha mão.

- opa - ele apertou minha mão em cumprimento

- enfim, precisamos ir, vamos? - Maya falou virando pra mim.

- claro, vamos - eu falei

- tchau Júlio, prometo tentar aparecer - falou pro homem a sua frente

- as meninas estão sentindo sua falta - ele falou pra ela

ela tentou disfarçar o quanto aquilo foi um baque, mas eu tinha percebido.

- tudo bem, até mais - ela falou se despedindo com um aceno e veio até mim

pegou minha mão e me puxou.

ela foi o caminho inteiro quieta e não teve como eu não me sentir culpado por aquilo, não gostava de ver ela assim, não gostava de ver ela triste, mas eu tinha minha parcela de culpa.

assim que chegamos no estacionamento, eu a parei.

- Maya, espera - ela parou e seu olhar veio até o meu - me desculpa

- pelo o que? - ela perguntou

- a culpa é minha de você não ver seus amigos, a culpa é toda minha - eu falo vendo seus olhos grudarem em mim.

Maya
- Eric, eu.. - comecei a falar, mas parei.

sim, a culpa era dele, mas poderia mudar, nao sei como, mas poderia.

desviei meu olhar do seu e abaixei a cabeça.

- podemos não discutir isso agora? - pedi e ele me olhou

- vamos embora - ele falou e eu concordei.

entramos no carro e até metade do caminho fomos calados.

- para naquele beco - eu pedi e ele me encarou

- pra que? - ele perguntou confuso, mas já estava se dirigindo a pequena rua

- só para - eu pedi

precisava dele, agora.

ele parou o carro e eu tirei o cinto, puxei seu rosto pra mim e ataquei seus lábios num beijo, ele segurou minha cintura e me puxou pro seu colo, afastou o banco pra trás em um movimento rápido trazendo um maior espaço pra nós.

ele não perguntou nada, sabia do que eu precisava.

levei minha mão até sua calça e desabotoei a mesma, abaixei revelando seu membro duro e levantei meu vestido, tirei o casaco de lã e afastei minha calcinha para o lado.

ele me levantou e eu o penetrei sentando até sentir ele todo dentro de mim.

soltei um gemido baixo e o encarei, seus olhos continham desejo, de castanho claro, ele estava um castanho escuro, exalando tesão. Ele segurou minha cintura e me auxiliou nos movimentos, atacou minha boca com a dele iniciando um beijo pra lá de gostoso, meus gemidos eram abafados, mas logo foram libertos quando sua boca saiu da minha indo até meu pescoço, distribuindo beijos e chupões leves.

cheguei ao ápice junto com ele e tive que deitar minha cabeça no seu ombro pra me recuperar, ele encostou a cabeça no banco e sua respiração estava ofegante assim como a minha.

longos minutos se passaram e nossas respirações estavam reguladas, beijei seus lábios brevemente.

- não te culpo mais por nada, não dá para culpar quando eu gosto de estar aqui - falei e ele me encarou.

tirei ele de dentro de mim e ajeitei minha calcinha voltando pro banco do passageiro.

- ainda me sinto culpado - ele falou

- sei disso, mas tenta não pensar muito nisso - eu pedi e ele assentiu terminando de ajeitar a calça.

Eric ajeitou o banco e dirigiu até em casa, já estava quase anoitecendo, eu saí do carro e fui direto pro meu quarto, precisava de um banho e ele também.

[...]

estava deitada na cama quando a porta se abriu e ele apareceu com um celular em mãos.

- pega - ele me entregou o aparelho e eu vi que era novo - o seu foi quebrado pelos idiotas que foram atrás do seu pai.

- é sério? - perguntei encarando seus olhos.

- sim, confio em você - ele falou e eu sorri

me aproximei dele e envolvi seu pescoço abraçando o mesmo, ele retribuo o abraço acariciando minhas costas.

- obrigada - agradeci e ele sorriu

- não agradeça, não precisa

- vai dormir aqui hoje? - perguntei largando o celular no criado mudo.

amanhã eu me atualizaria de tudo.

- posso? - ele perguntou

- a casa é toda sua - falei a frase que ele tinha me dito na primeira vez que dormiu aqui sem me avisar nada.

ele riu e se deitou ao meu lado

- boa noite, Maya - ele desejou

- boa noite, Eric.

[...]
algumas semanas depois..
de manhã, eu acordei e Eric não estava ao meu lado, sai do quarto sem tirar o baby doll que eu usava, me sentia indisposta e um pouco cansada. segui até o jardim e a mesa do café da manhã estava posta, como todos os dias.

Eric olhou pra mim de cima a baixo e sorriu se aproximando, senti seu cheiro e fiquei com vontade de vomitar.

- que perfume é esse Eric? - perguntei e ele me encarou confuso

- o mesmo de sempre, começou a estranhar agora por que? - ele perguntou

- nossa, tá horrível, não fica perto de mim - falei e sai indo até o outro lado da mesa

ele me encarou com a sobrancelha arqueada e eu dei de ombros, ele riu e negou com a cabeça.

comi em silêncio, estava muito indisposta pra conversar.

- você tá bem? - ouvi a voz da Cinthia ao meu lado, virei pra ela e neguei com a cabeça

- só indisposta - falei pra ela - se não tiver problema, preferia passar o dia deitada - dessa vez foi direcionado ao Eric.

- não se preocupe, não temos nada importante para hoje - ele falou e eu concordei.

continuei comendo e quando terminei, voltei direto pro quarto, me deitei na cama e adormeci novamente.

Vendida para a máfia [concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora