Capítulo 11

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Naquela manhã, antes mesmo de seu despertador tocar, Noah foi tirado de seu sono tão almejado e querido por uma voz lhe dando ordens. O de olhos verdes abriu os olhos alarmados, tirando a cabeça do colo de Sabina, onde ele adormeceu, e piscou confuso ao ver Lamar parado olhando para eles com as mãos na cintura e o semblante irado.

— Noah, você esqueceu da entrevista? — Ele berrou. Noah arregalou os olhos, desviando o olhar de seu empresário/amigo irritado para o seu relógio em cima da mesinha de cabeceira, praguejando ao ver que estava quase na hora. — É sério isso?! — Ele o reprimiu. — A equipe da Janice já está arrumando tudo lá embaixo para vocês, Santo Deus!

— Díos mio... — murmurou Sabina, ainda sonolenta, esfregando os olhos. — ¿Por qué gritas? — Noah se levantou do colo da amiga e se ajeitou sobre os lençóis bagunçados.

— Eu tive uma noite ruim, me desculpe. — Ele disse, olhando para Lamar. O inglês olhou bem para o rosto inchado do moreno, e suavizou a expressão com um suspiro resignado, indo até ele e se sentando ao seu lado.

— Como seu amigo, estou realmente muito preocupado, e quero saber o que aconteceu logo após. — Noah assentiu, dando um meio sorriso a ele, recebendo um abraço apertado porém breve. — Mas como seu empresário, não dou a mínima, só quero que você se arrume depressa. — Urrea revirou os olhos com tédio mas se levantou apressadamente e correu para o banheiro, fechando a porta atrás de si. Eram em momentos como aquele que faziam ele se perguntar por que Lamar era seu empresário.

Lamar olhou para a porta se fechando e em seguida desviou o olhar para Sabina, que tinha se coberto e já tinha fechado os olhos.

— Mexicana dorminhoca, acorda. — Ele balançou a garota. — Anda, mulher, levanta. — A garota abriu os olhos cor de mel encarando o inglês que prendia o riso como se quisesse matá-lo.

— Pero, es posible que ya ni siquiera pueda dormir decentemente? — Ela reclamou com um grunhido irritado. Sabina se sentou na cama, se recostando na cabeceira acolchoada de tom azul marinho e fez um coque bagunçado com os fios escuros rebeldes.

— Pode dormir à vontade quando me falar o que aconteceu com ele. — Lamar sorriu de canto, se sentando na cama ao pé da morena. Sabina soltou um suspiro pesado.

— Josh e ele meio que tiveram um desentendimento — ela encolheu os ombros. — A verdade é que o Noah esperava ter tudo no lugar quando voltou mas as nossas vidas não pararam, nem mesmo a do Josh. Ele ainda está magoado, mas está tentando seguir em frente... e o Noah tá esforçando tanto para entender isso, mas dói porque ele ainda ama o Josh. E o Josh, por outro lado, tá com o Rony...

— Mas...? — Ele insistiu. Sabina olhou para a porta fechada do banheiro, pensativa, e então voltou o olhar para o inglês.

— Mas ele ainda ama o Noah, ele só não quer admitir para si mesmo.

— Por que? — Lamar franziu o cenho. — Ele se arrependeu de ter ido.

— Estar arrependido não o torna isento de culpa.

— Não, mas ele reconhece as feridas que deixou e não vai fazer de novo — afirmou com  certeza. Morris conhecia o amigo bem o suficiente para saber que ele conseguiu ver os estragos que a sua decisão impensada tinham deixado em todos a sua volta e sabia também que ele não faria de novo, ou pelo menos era nisso que ele gostava de acreditar.

Já Sabina... bom, ela era mais cética quanto a isto. — Será mesmo? — Ela bufou uma risada seca mirando os olhos castanhos do outro.

— Sabina! — Lamar a repreendeu. A mexicana sorriu de canto e balançou a cabeça.

Behind The Camera FlashesOnde histórias criam vida. Descubra agora