𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐧𝐝𝐢𝐬𝐭𝐚

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Vicent Cole Hacker
point of view


── Sr. Hacker... ── Um homem desceu do elevador, me olhando. Seu olhar não parecia ser de raiva como de todos aqui. Eu estranhei.

── Quem é você? ── O encarei.

── Meu nome é Matthew. Seus dias de luta acabaram, cara. Sou o novo mentor daqui. ── Ele se escora na minha grade. Parecia ser mais novo do que Bichler. Usava óculos e um terno ridículo. ── Sabe, Vicent? Mesmo que seu trabalho seja podre, eu sempre admirei sua gangue. ── Eu franzi o cenho. ── É sério. Quem quer que seja esse tal de Sensei, ele foi muito inteligente ao preparar vocês. São espertos e articuladores. Nenhuma gangue no mundo jamais conseguiu ficar tanto tempo foragida. É como se... vocês não tivessem nenhuma fraqueza. ── Ele me olhou e sorriu de canto. ── Mas vocês tem uma, não tem? Quero dizer... se eu trazer aqui o seu amigo Mason e desse um tiro na cabeça dele... você iria ficar triste, né? ── Ele me olha com sarcasmo, como quisesse zombar da minha cara. Enfio minhas mãos pra fora da grade e seguro seu pescoço com força.

── Você tá querendo brincar é? ── O encarei enquanto ele vai ficando sem ar. O mesmo tira uma pistola da cintura e aponta para a minha cabeça. Na força do ódio, eu o solto. Ele conserta a gola da camisa, recuperando o fôlego.

── Acho que vou considerar isso um sim. ── Ele penteia seu cabelo para atrás com os dedos. ── Você vai ser transferido para uma cela lá em cima com os outros presos. Vai ter direito a comida normal e sem insetos, a visitas... bem, se alguém quiser te visitar, né. ── Ele riu. ── Banho uma vez em três dias, e a ver a luz do sol também. Sabe o que isso significa? Que sua segurança vai ser reduzida. O que vai aumentar as chances de você dar uma de fujão. E sabe o que eu vou fazer se isso acontecer? Vou matar a Brianna... o Mason... e o seu querido Adrien também. Está combinado? ── Eu o encarei com raiva. Ele vai ser o primeiro que eu vou matar quando fugir daqui. ── Combinado? ── Repete.

── Sim.

── Ótimo, El Diablo. Daqui a meia hora os policiais vão vir te buscar.

Eu ando pelo corredor com dois guardas ao meu lado e olhares pra mim. Digamos que aqui na penitenciária eu sou bastante conhecido. Não só eu, como minha gangue inteira.
Paramos em frente uma cela vazia, me empurram para dentro e fecham o cadeado. Eu odeio esse lugar. Como vou arrumar a droga da chave se nem consigo ficar fora das grades um pouquinho?

•  • 

── Acorda, Loiro! Tem visita. ── Bateu na grade, fazendo um barulho insuportável.

É de manhã. Especificamente, 6h00m. Eu levantei, de olhos fechados. Aqui em cima é mais claro. Estou acostumado a dormir no escuro lá em baixo, então é horrível.
Me levaram uma área externa onde tem mesas e visitantes dos detentos. Olho pra cima do muro e vejo cercas elétricas e concertinas. Além de câmeras e um número de guardas que dá pra um batalhão. Tomara que o Sensei arrume um jeito de sairmos daqui.
O policial me levou em direção a uma mesa. Em pé, em frente a ela, estava...

── Hacker! Tá acabado hein? Até parece que foi preso. ── Ele deu risada.
Jeffrey. Meu amigo de infância e... coincidentemente, meu braço direito no crime. Ele me ajudava com os assassinatos. Quando não era escondendo os corpos, era matando quem eu mandava. Como ele conseguiu entrar aqui?

𝐄𝐋 𝐃𝐈𝐀𝐁𝐋𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora