Capítulo 11 - Nada mais do que uma refeição.

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Lena Luthor  |  Point of View



Eu tinha contado horas atrás para Lori o motivo por ter me atrasado uns dias até minha chegada a Forks.

Ela compreendeu, mas estava bem preocupada com o tio para falar a verdade eu também estava, era impossível não se preocupar com meu irmão e sua família mesmo que não fosse necessário, porém eu evitava transparecer algo em meu rosto. Eu estava em meu quarto e tinha acabado de me arrumar daqui a pouco iria para a aula novamente.

Desci as escadas a procura de Lori e a encontrei deitada no sofá com as pernas balançando no ar sobre o encosto do mesmo. Sorri vendo-a desse jeito nem parecia uma vampira de milênios de existência. Apoiei uma das mãos no encosto do sofá e pulei sentando ao lado de sua cabeça. Ela esticou o olhar para cima me fitando com um sorriso triste que surgiu de seus lábios, jogou seu corpo um pouco pra trás deitando sua cabeça em meu colo.

— Por que está assim? – Falei enquanto acariciava seus cabelos sedosos.

— Nada demais só pensamentos longe. – Desviou o olhar do meu, mas eu capitei a preocupação em seus olhos.

Suspirei e com a mão livre ergui seu queixo para fazê-la me encarar novamente.

— Você sabe que não precisa se preocupar com seu tio ele sabe se cuidar muito bem.

— Eu sei, mas não posso evitar.

— Se quiser e se for deixá-la mais feliz posso ir atrás desse vampiro.

Seu sorriso agora era feliz.

— Isso seria bom. Quando iremos atrás dele? – Perguntou animada.

Estreitei o olhar para ela e a encarei séria.

Quando eu for, te aviso. – Enfatizei bem a palavra eu.

— Como assim? – Ela se levantou do sofá, me encarando do mesmo jeito. Aposto que nossas expressões estavam idênticas. — Você só pode estar de brincadeira! – Exclamou desacreditada.

— Não estou brincando, não deixarei que você vá comigo atrás desses vampiros. – Tentei encerrar o assunto, mas como estamos falando da minha filha, ela não facilitaria as coisas pro meu lado.

— Por que isso agora? Sempre que temos que fazer algo do tipo como investigar ou matar algum ser, você sempre me deixa ir com você. – Ela exigiu.

— Eu sei que deixo e vou continuar a deixar, mas a questão é que enquanto eu não souber quem são. Não deixarei que você chegue perto. E quando deixo é porque eu sei que não vai ter problemas comigo ao seu lado. – Falei nervosa. Só de pensar nela perto de alguém que não conheço me assustava.

— Então problema resolvido mamãe, estarei ao seu lado e nada irá acontecer.

— Filha, por favor. Você tem noção como ficaria mal se algo acontecesse a você? Jamais me perdoaria. – Falei com expressão triste.

Sua expressão se suavizou. Ela pegou minhas mãos com as suas.

— Relaxa mãe, não vai acontecer nada. – Falou calma.

— Não? – Sorri sarcástica. — Lembra-se o que aconteceu da última vez que permiti você ajudar com aqueles que não conhecíamos?

Ela estremeceu levemente, mas não impediu que um bufo saísse de sua boca.

— Eu me lembro, mas não aconteceu nada comigo, estou vivinha sentada aqui do seu lado, bem... não exatamente viva, mas ainda sim estou aqui.

— Você acha que somente morta que eu me sentiria mal? – Falei ríspida e me levantei com tudo assustando-a. Em pé a olhei irritada. — Como pode pensar nisso? Só de imaginar a dor que você sentiu naquele dia eu me remoí e me senti completamente mal, abalada e culpada aquela foi a pior dor que já senti em toda a minha existência. Se algo pior acontecesse a você eu não suportaria e me entregaria à morte de braços abertos. – Disse a última frase em desespero. Ela se levantou e me abraçou com força.

A Primeira Eterna - Livro 1 - KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora