dei de cara com a tal Viviane sentada no colo do escamoso, quando ele me viu não mostrou reação nenhuma e eu? fiz o mesmo, apenas peguei um pedaço de carne e falei com os meninos, quando olhei pra ele novamente sua cara já estava fechada, com toda certeza não gostou de eu ter ido falar com os "aliados" dele. quando me virei pra sair do meio deles ouvi a tal da viviane cochichar algo
Iara: quando for falar de mim, late mais alto CADELA
vivi: PIRANHA, agora deu pra ouvir direitinho? -ela disse entre dentes enquanto sorria debochando-
não me aguentei, quando eu vi já tinha tirado ela do colo do escamoso pelos cabelos, e ele até tentou impedir mas graças a Deus, eu fui mais rápida. arrastei ela até a borda da piscina e dei três socos no rosto dela, ela tentou me dar um tapa e eu segurei a mão dela, derrubei a mesma no chão, segurei o cabelo dela e olhei no fundo dos olhos da mesma
Iara: eu juro que eu vou fazer você se arrepender de ter aberto a boca pra falar comigo
enfiei a cabeça da Viviane na piscina e eu juro que se o soneca não tivesse me puxado, eu tinha matado aquela piranha, soltei ela e empurrei a mesma na piscina, soneca me levou pra fora da casa e me encostou no carro dele, eu estava totalmente alterada e com raiva, mais muita raiva de não ter matado aquela vagabunda
soneca: iara? iara? -ele me balançava pra tentar fazer eu voltar a si, já que eu estava em outro mundo naquele momento-
iara: me tira daqui Igor, por favor -falei baixo, quase sussurrando-
o mesmo abriu o carro e eu entrei no banco do carona, ficamos dando voltas e voltas pelo morro, conversamos bastante, claro que levei um esporro, mas nada que eu não merecesse. estava com saudades disso, de conversar e me abrir de verdade com alguém, depois de um tempo eu já estava rindo, brincando e parecia estar calma até demais, mas pra ser bem sincera, eu estava chateada demais com tudo aquilo. pedi o soneca pra me deixar na casa da minha mãe e o mesmo deu partida pra lá. depois de uns minutos conversando, finalmente chegamos na casa.
iara: pera, mas essa não é sua casa?
soneca: não te contei a novidade? catei tua mãe pra mim pô -o mesmo riu, debochando da minha cara-
iara: nunca que você tira minha mãe de mim, seu magrelo
rimos e saímos do carro, soneca trancou o carro e entramos na casa, senti um cheiro tão gostoso e familiar vindo da cozinha e então, fui até lá e lá estava minha mãe fazendo macarrão ao molho branco, meu prato preferido.
iara: agora você faz meus pratos favoritos pro bonitinho ali né?
Isadora: iara, meu amor -ela secou as mãos no pano de prato e correu pra me dar um abraço -
soneca: fala pra ela tia, que agora o comando sou eu
nós rimos e sentamos na mesa, cada um colocou sua comida e ficamos lá, comendo, rindo, conversando e parece que por um segundo eu esqueci de tudo. depois de comer, eu lavei a louça, soneca arrumou a mesa e fomos pra sala.
iara: eai, como vocês estão?
Isadora: nada bem, só vou ficar bem quando tirar você desse morro minha filha
soneca: pô, considero muito o escamoso mas isso que ele tá fazendo ctg tá me tirando o sono, papo só!
iara: relaxa mãe, eu vou voltar pro hospital.. vou guardar um dinheiro bom e a gente vai se mandar daqui com ou sem a autorização do escamoso, ele não manda em mim! agora sair do rio? aí, eu não sei se quero mais, tô gostando tanto
Isadora: tô achando que você tá é querendo ficar aqui com ele, depois de tudo que ele te fez iara -ela levantou meio alterada, passou as mãos sofre o rosto mostrando totalmente sua aflição e se sentou de novo- minha filha, isso não é vida pra você, pensa bem nas coisas
VOCÊ ESTÁ LENDO
A futura mulher do dono do morro
Ficção Adolescenteiara é filha de um viciado em drogas, que pra não perder a vida, dá sua filha como forma de pagamento para o dono do morro..