A futura mulher do dono do morro

2° capítulo| iara

acordei e peguei meu celular, nossa, já eram 11 e porrada da manhã.. levantei e fui até minha mala, eu tenho que arrumar logo essas coisas, quando eu chegar da casa da lari eu arrumo esse quarto. pego uma saia jeans e um cropped preto, pego uma calcinha branca e minha toalha, vou até o banheiro e tomo um banho demorado, quando termino, saio do box e seco cada parte do meu corpo, me visto. volto pro meu quarto e pego o pente, penteio meu cabelo e escuto uma gritaria. sai do quarto correndo e desci as escadas, me deparei com meu pai e a joana no chão ajoelhados e um cara apontando uma arma pra eles, do lado estava o vapor que eu vi quando cheguei ontem e um garoto que não me era estranho.

iara: que porra é essa?

césar: nada filha, sobe agora

iara: tem como alguém me responder? e quem é você? -falei olhando pro cara que estava apontando a arma pro meu pai-

o mesmo que estava apontando a arma pro meu pai se pronuncia, com um sorriso sínico e um olhar de ódio

- teu pai tá me devendo não é de hoje! tava pegando várias drogas na boca e nunca que pagava, então vim acertar as contas e pra você eu sou o escamoso, dono dessa porra toda aqui -ele fala me olhando de cima a baixo-

iara: quanto ele está devendo? eu posso arrumar um trabalho, ir pagando aos poucos, sei lá. a gente dá um jeito..

escamoso: eu perdôo todas as dividas, com duas condições

césar: quais?

escamoso: sua filha é minha! e você some do meu morro

meu pai concorda e ele abaixa a arma, caralho KE, como assim..

iara: que? tu tá maluco caralho? eu sou sua filha seu idiota, tu vai me dar pra esse bandidinho assim? que tipo de merda de pai você é?

ao falar aquilo, sinto uma mão pesar sobre meu rosto. aquele desgraçado me deu um tapa, caralho, quem ele pensa que é.. antes mesmo de que conseguir falar algo, ele se pronuncia

escamoso: vai pegar o caralho das tuas coisas, e não testa minha paciência não que eu te deixo careca

iara: tu tá maluco? eu não vou pra caralho de lugar nenhum com você

ele aponta a arma pra mim e minhas pernas ficam bambas, não falo nada e apenas subo as escadas e vou pro meu quarto. caralho que ódio, quando minha mãe souber disso ela vai ficar puta.. pego minhas malas e desço, passo por eles e saio, logo atrás vem ele e seus aliados, capangas, sei lá o que essas porras são desse monstro. ele pega minhas coisas e joga dentro da mala de um carro que estava parado em frente a casa do meu "pai". ele abre a porta do carro e eu penso em todas as possibilidades do mundo de eu conseguir fugir, mas os dois que estavam com ele me olham e eu descarto todas as possibilidades, assim entro no carro. seguimos o caminho todo calados até eu quebrar o silêncio

iara: eu posso saber pelo menos pra onde você está me levando?

escamoso: vou te levar pra casa da minha irmã, tu vai ficar lá

iara: não é mais fácil você deixar eu ir embora? eu volto pra são paulo e fica tudo certo, você não precisa de mim pra nada mesmo

escamoso: cala a porra da boca garota, fala pra caralho! agora tu é minha e tu não sai desse morro

fiquei quieta, estava com muita raiva mas ele parecia estar com mais, eu que não ia me arriscar. não demorou muito e a gente chegou na casa da irmã dele, ele saiu do carro e eu continuei ali, ele bateu na porta e logo uma menina atendeu, aparentava ter uns 20 anos, cabelos longos escuro. bonita até, diferente do irmão, eles conversaram por um bom tempo e eu fiquei mexendo no celular, mandei mensagem pra Larissa e nada dessa vagabunda responder, porra. logo senti a porta ser aberta brutalmente e é, infelizmente era aquele maldito que além de feio e nojento, é mal educado.

escamoso: bora garota, tenho teu tempo não porra

iara: meu nome é iara, I A R A, seu idiota -falo enquanto saio do carro-

escamoso: olha aqui sua filha da puta, tu não me testa não! foda-se a porra do seu nome sua vagabunda, entra nessa porra dessa casa -ele falou tudo aos gritos enquanto me segurava pelos cabelos, que garoto idiota-

ele me soltou e eu peguei as minhas malas, entrei e ao ver a irmã do monstro dei um sorriso meio sem graça. ela me deu um abraço e me direcionou para o quarto que eu iria ficar, ela é bastante simpática, realmente não tem nada haver com o irmão. eu entrei no mesmo e arrumei minhas coisas, quando terminei, peguei um baby doll e me direcionei até um banheiro que tinha no quarto mesmo e entrei, tirei minha roupa e tomei o banho mais demorado do mundo, nele me permiti chorar tudo o que tinha que chorar.. assim que acabei, fechei o chuveiro e peguei uma toalha, seco meu corpo toda e logo coloco o baby doll, volto pro quarto e deito na cama, me cubro e fecho os olhos, fiquei alí, presa nos meus próprios pensamentos até que cai no sono.