Capítulo 21

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O capítulo pode conter gatilhos, menção a tentativa de estupro, violência e pode causar ainda mais ódio ao personagem Saejin, leia por sua conta e risco, boa leitura!

***

Baekhyun ficou tenso quando viu Saejin se aproximar, mas tentou não demonstrar. Aquela missão dependia de seu desempenho como ator, não podia falhar.

Seu pai vestia um terno despojado e seus cabelos negros estavam cheios de gel. Ele sentou na cadeira diante do filho, dispensando um garçom que veio atendê-lo. Estavam numa lanchonete na periferia de Seul, um local que Saejin escolheu, já que Baekhyun só concordou em encontrá-lo se fosse em um local movimentado. Ambos sabiam o porquê daquilo.

O local e a hora, no entanto, não agradou Baekhyun. Para começar, era muito perto do território que ficava sob o domínio do Bangtan, o que já era motivo para sair correndo. O sol já estava se pondo no horizonte e, desde que havia chegado, alfas e betas não paravam de lançar olhares ao ômega, que já estava começando a ficar incomodado porque aquelas pessoas pareciam mal encaradas. Talvez Baekhyun não devesse ter vestido cropped, short jeans curto, meia calça e botas de cano médio.

- Espero que tenha feito o que pedi. - Foi a primeira coisa que Saejin disse ao se sentar diante do filho, ainda por cima de um modo totalmente rude.

Baekhyun encolheu os ombros.

- Bem, você não me deu escolhas.

Saejin sorriu.

- A vida não é feita de escolhas, Baekhyun. A vida cuspiu na minha cara por ter feito de você um ômega inútil, mas o destino se encarregou de me beneficiar com essa vergonha que é você. - Disse impiedosamente, se encarregando de, como sempre, fazer Baekhyun se sentir um lixo, um nada... alguém que poderia ser vendido num mercado negro para que, pelo menos assim, tivesse alguma utilidade.

O pequeno ômega cerrou os punhos, tentando inutilmente não deixar aquelas palavras atingi-lo, mas era como andar sem nada na chuva esperando não ser atingido pelas gotas d'água.

Engolindo o choro, Baekhyun empurrou um pequeno pen-drive sobre a mesa em direção ao homem que era tudo, menos seu pai.

- Tá aí o que você quer - disse sem emoção. - Não chegue perto do Heechul nunca mais.

Saejin poderia ter retrucado sobre o tom usado pelo ômega, mas estava interessado demais no objeto que ele lhe deu. Pegou seu notebook que sempre carregava consigo e depois plugou o pen-drive.

- Então Xiumin se chama Kim Minseok, uh? Herdeiro de bilhões de dólares, assumiu a ElyXiOn aos dezessete anos, armazena as armas e drogas num lugar subterrâneo debaixo da Jekyll e blá-blá-blá - murmurou o alfa, vendo as informações que apareceu na tela do notebook, logo depois o fechando e encarando o ômega. - Vamos ao que interessa, onde tá a grana?

Baekhyun engoliu em seco. Agora vinha a parte complicada.

- Eu consegui, mas não tá aqui comigo.

- E onde tá? - Saejin bradou, batendo com o punho na mesa, fazendo o menor se sobressaltar. - Por que não trouxe com você? O que tem nessa cabeça sem cérebro, Baekhyun? Será que nem para algo tão simples você não presta?

- Queria que eu andasse nesse lugar perigoso com uma mala cheia de dinheiro? - revidou, tentando ofuscar seu medo. - Eu guardei em um lugar seguro perto daqui, basta vir comigo para pegar.

Saejin respirou fundo, controlando sua raiva. Tudo bem, Baekhyun era burro demais para pensar, bastava segui-lo até o local, pegar a grana e fazer dele uma última serventia, já que ele era burro demais para suspeitar de algo.

Os Alfas de Baekhyun Onde histórias criam vida. Descubra agora