Dançando conforme a música

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- Não precisava ter pago minha conta. - diz, mas agradecida.

- Não há de que Amy. Isso não tem nada demais. Você veio de taxi né? Deixa que eu vou com você até sua casa.

Amy apenas balançou a cabeça concordando. E lá foram eles.

- Não foi justo ter me distraído. Foi trapaça.

- Isso mesmo. Até parece que não me conhece, Amy. - Jake diz se gabando. Amy o olha com raiva, mas nada forte de verdade. Depois olha para frente novamente. Estava pensando agora, quando Jake ia cobrar o prêmio, e porque já haviam saído do encontro e ele estava a levando pra casa tão cedo. Será que ele não tava gostando do encontro? Pensou.

Mas então, ela percebe que Jake não está fazendo o caminho para a casa dela.

- Aonde vamos? - ela pergunta.

- Achou que nossa noite tinha acabado? Achou errado. É uma surpresa. - Jake diz a olhando, e depois para o volante e para frente novamente.

Dito isso, não demora muito para que cheguem no local pensado por Jake.

- Pronto Santiago. Chegamos ao nosso destino. - ele diz ao fechar a porta do carro, enquanto Amy já tinha saído do outro lado e fechado a porta e estava vindo até ele.

Olhou para a placa escrito em letras de luzes de neon rosada: "Cancun partner dance".

- Partner dance? Me parece uma balada diferente...

- E é... Essa balada é de músicas para dançar com um parceiro de dança. Depois daquela nossa primeira dança, naquele encontro que foi feito pra ser o maior fiasco do mundo, e da dança que dançamos naquele caso mas só como disfarce, acho que eu te devo uma dança de verdade.

Amy o olhou e sorriu para ele. Ele dobrou o braço insinuando que ela se enganchasse nele. Ela o fez. Eles entraram.

Surpreendendo-a, após alguns passos ele a virou para ele colocando a mão esquerda em sua cintura, um pouco abaixo da costela dela, e a puxou gentilmente , mas firme, para frente dele, para mais perto de seu peitoral, para que pudessem dançar. Amy soltou um gritinho baixo em reação à puxada dele. Voltando a si, ela sorriu para ele que estava olhando ela. Ele pega sua mão gentilmente e começam a dançar.

- É, você aprendeu bem desde aquela vez que te ensinei durante o nosso disfarce naquele caso. - Jake disse. Amy sorriu.

- É... mas é bom estarmos fazendo isso sem ser em um disfarce... e sim de verdade... - eles se olhavam sorrindo. Amy chegou a pensar que ele ia pedir o prêmio dele ali, agora. Mas Jake dispersou os pensamentos deles dois, ao girar ela segurando sua mão, aquele passo comum que todos fazem em dança de casais. Só que ele a gira mais vezes do que o comum, e Amy ri. Jake ri dela nessa situação. Depois a pega em seus braços e a inclina para trás, ela se joga para trás seguindo seu ritmo. Isso bem na hora em que a música agitada que estava tocando acaba.

Jake para com seus olhos exatamente na direção do pescoço de Amy. Tentado e não resistindo, ele olha um pouco abaixo, para o decote dela. Ele fica embasbacado por 2 segundos, até Amy o olhar e ver que ele tinha se desconcentrado. Ela volta a inclinação de seu corpo ao normal, um pouco envergonhada. Dá uma risada desconsertada. Então por sorte começa a tocar outra música, uma música mais lenta. Ele voltou a segura-la, mas dessa vez a puxou de maneira firme e forte, dando propositalmente o que chamam de "pegada".
Amy suspirou.

- Nossa...- ela diz.

- O que? - ele se faz de desentendido.

- Nada...- ela diz com o tom de voz baixo, porque estava inconscientemente levemente envolvida e excitada.

Ele se aproxima ainda mais dela, e encosta o queijo no ombro dela. Amy fica nervosa, mas de uma maneira boa. Ela fica corada mas o escuro da balada acompanhado por luzes coloridas piscantes não permitia muito bem ver isso. Amy suspira mais uma vez e dessa vez Jake pôde sentir. Sorriu de lado, e começou a acariciar a cintura dela com a mão que estava abaixo de sua costela, fazendo um leve carinho e não maliciosamente. Depois virou o rosto bem de leve, para sentir o perfume dela em seu pescoço, Amy se arrepiou por inteiro.

- Jake... - diz com a voz sem força.

- Hum? Quer que eu pare?

-...Não... - ela diz ainda baixinho.

Ele aspira mais uma vez o perfume em seu pescoço e dessa vez Amy até inclina a cabeça levemente para trás, e Jake sente seu corpo se soltar em seus braços. Ele se arrisca sem pensar, dando um selinho no pescoço dela. O corpo todo dela estremece. Ela pressiona sua mão contra o ombro dele, onde estava. Ela se afasta levemente para trás, apenas para o olhar nos olhos. Seus rostos estão de frente um pro outro, bem próximos, podem até mesmo sentir a respiração um do outro. Mas Amy não entende porque Jake ainda não toma seu prêmio da aposta.

- Jake... Porque você... - ela não termina.

- Porque eu...? Continua.

- Porque até agora você não pegou seu prêmio?

Jake sorri de lado. Se Amy está dizendo assim, certamente deve estar querendo o beijo tanto quanto eu... Pensou.

Ele desviou o olhar. Não sabia como dizer.

A primeira vez, de Amy Santiago e Jake PeraltaOnde histórias criam vida. Descubra agora