O silêncio reinava, Brasil ainda segurava o garfo com força enquanto olhava sério para o alemão.
- Que foi? Não quer mais comer? - perguntou cabisbaixo. - Pensei que tinha feito um bom jantar mas sabe tem sobremesa, talvez você goste! - Alemanha empurrou a cadeira para trás se levantando, tirou os pratos da mesa e os levou para cozinha. Brasil via como uma brecha pra tentar escapar mas tomou um susto vendo um cachorro o olhando.
- Um pastor alemão... - ficou imóvel por medo do cachorro avançar, talvez era treinada o suficiente para correr atrás do brasileiro, mas ainda ficou surpreso por não perceber a presença do cão.
-"Que ótimo..." pensou.
Alemanha acabou chegando e seu cachorro começou a latir.
- Oh! Vejo que já tá conhecendo a Blondi. - disse sorrindo, Alemanha deixou a sobremesa sobre a mesa e chamou sua cadela, Brasil o observava Alemanha fazendo carinho em Blondi. - Venha. - o chamou oferecendo a mão, o brasileiro com pouco de remorso, aceitou, Alemanha segurava a mão do brasileiro enquanto a cadela o cheirava, acabando de confiar, ela lamber a mão Brasil fica feliz por ter confiança do animal, lembrou-se de seu cachorro caramelo chamado Tapioca. - Ela gostou de você. - diz aproximando perto do brasileiro.
- Alemanha...
- Hm?
- Eu não aguento mais isso, eu quero ter ligação com mundo exterior, eu quero minha vida, eu... - as lágrimas desciam de seu rosto, era tanta coisa acontecendo e também fazia dias que estava ali e ninguém se importou de seu sumiço, era que Brasil pensava.
- Xiuu, você não precisa nada de fora tem à mim, e como deve saber o mundo é muito cruel pra você. - o alemão segurou no queixo do brasileiro e se encarando. - Eu vou te proteger e você sabe bem disso. - o alemão depositou um selinho no lábio do brasileiro, a cadela queria mais atenção até latiu assustando Brasil. - Calma não precisa ter medo dela.
Depois de fazerem carinho na cachorra, Brasil e Alemanha comeram a sobremesa que era pudim de chocolate, o sul-americano aprovou a sobremesa fazia tempo que não comia algo doce, o alemão lhe disse que daria mais algo doce.
Já tarde da noite Brasil voltou para o porão, estava com outras roupas mais leve para poder dormir, deitado na cama pensava sobre esse jantar. Alemanha podia ser estranho mas também não fazia tanto sentido o que ele fazia, tudo isso por amor? Não, isso não é amor, amor é algo belo que tem relações boas com as pessoas que você mais gosta mas aquilo era doentio, os machucados que ele fez no brasileiro se não o obedecer aquilo iria piorar... Porém, o que houve com brasileiro que era livre podendo fazer o que quiser? Sempre era otimista mas cadê? Aonde foi parar sua coragem? Sua dignidade? Estava cansado, em pouco e pouco tudo morria dentro de si, até mesmo sua esperança.
Alemanha estava na cozinha arrumando as coisas e fazendo um chá de camomila, Blondi balançava sua cauda animadamente esperando pelo seu petisco que o alemão havia prometido, Alemanha pegou o pote cheios de petiscos e deu dois pra cadela. Terminando o que fazia na cozinha pegou a bandeja com duas canecas encima e uns biscoitos, saiu da cozinha e andava em direção ao porão, na frente da porta abriu e trancou a porta.
- Bra? - o chamou Brasil ainda estava acordado olhando para o teto. - Fiz chá. - Brasil sequer fez algum movimento, o alemão se aproximou e sentou-se na beirada da cama colocando a bandeja encima do colchão. - Vem, tome um pouco de chá. - o brasileiro se sentou na cama e tirou a xícara do pires, esperava esfriar um pouco sem dizer nada. - Você gostou do jantar?
- Acho que sim... - respondeu baixo, ele não queria conversar.
- Sabe me lembro muito bem quando éramos mais novos, você era tão fofo e ingênuo.
- Eu não me lembro nada disso... Talvez você goste de fantasias, vai também dizer que tem fotos minhas e a noite fica se masturbando. - olhou bem para os olhos azuis do alemão, Alemanha colocou a xícara de volta ao pires.
- Talvez sim, talvez não. - aquilo não era respostas que Brasil queria, Alemanha estava jogando algo.
- Eu quero respostas. - disse grosso, deixou a xícara no pires também, Alemanha se levantou tirando a bandeja encima da colocando no chão.
- Diga então que respostas você quer? - se jogou encima do brasileiro prendendo-o na cama segurando seu pulso contra o colchão, o joelho do alemão forçava na virilha do mesmo como todo corpo encima do Brasil.
A respiração do brasileiro pesou sentindo a dor no meio das pernas, tentando empurrar Alemanha mas aquilo só fez fracassar, Alemanha fazia movimentos giratório com a perna.
- Ei Bra o que você quer de mim?~ Eu estou sendo tão legal para você me tratar como um idiota. - falou próximo aos lábios do sul-americano.
- Eu quero que você me largue, seu desgraçado filho da puta. - disse com dificuldade mas aquilo o fez sorrir, Alemanha ficou surpreso pela ousadia mas isso fez abaixar sua guarda Brasil o golpeou com uma cabeçada certeira.
Alemanha virou para lado soltando o brasileiro, seu nariz saia sangue Brasil rapidamente se levantou, correu em direção a porta porém estava trancada, se virou e foi golpeado por um soco no rosto, Alemanha pegou pelo cabelo do mesmo e o puxava.
- Por que tem que ser tão rude? - lhe dava joelhada no rosto do brasileiro várias vezes. - Eu faço qualquer coisa por você, qualquer coisinha mas só queria seu carinho. - largou os fios de cabelos de Brasil e o jogou no chão chutando com força, Brasil sentia dor imensa no estômago.
Por um momento Alemanha parou de chutar, Brasil estava com dores no rosto e no estômago.
- Eu estou bastante chateado com você. - saiu do quarto e deixou Brasil deitado no chão, Brasil tentou se levantar mas estava com muita dor que desistiu, seus olhos se fecharam devagar, talvez tinha que aceitar de uma vez seu destino. Ninguém o salvaria!
Uma noite chuva forte cairia do lado de fora, um senhor por volta dos 60 anos viu uma criança escondida, aquilo o fez sorrir gentilmente.
- Bra, o que estás fazendo acordado às essas horas. - a criança saiu segurando sua roupa.
- Nada senhor... Só não gosto do barulho dos trovões parece que uma coisa de ruim vai acontecer. - disse a criança com a cabeça baixa, o senhor se aproximou e colocou a mão no ombro do menor.
- Já lhe disse para não me chamar de senhor, sou seu avô e deves falar com a cabeça levantada. - o pequeno levantou a cabeça.
- Sim senh- quer dizer avô. - sorriu.
- Vamos, irei te colocar na cama.
- Posso dormir com você? - Im.Bra acenou positivamente com a cabeça, a criança pegou em sua mão os dois iriam direto para o quarto.
- Você nunca vai me deixar, né?
- Claro que não.
- Promete!
- Prometo.
Nem todas as promessas serão cumpridas, mas alguns tentam manter até seu último segundo.
Naquele dia que seu avô partiu Brasil não tinha mais ninguém. Naquele momento não tinha problema de chorar sentado no chão longe de todos.
A mesma coisa se repetia chorando no chão longe de todos.
✎﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏
Olá Marilene 😈
Eu juro que tento fazer um capítulo legal 😭
Agora só ano que vem 😈🤙Desculpe qualquer erro de português.
—🌝🌚
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scαry ℓσvє
FanfictionBrasil um jovem de vinte e pouco anos, morava sozinho e trabalhador, em um dia foi passar o dia fora mas mal sabia que sua vida iria se passar outro inferno diferente. Alemanha era uns quatro anos mais velho e desde sua adolescência tinha uma queda...