Chapter 5

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Crocodile respirava profundamente enquanto lia um jornal, perdido em pensamentos. Apoiava o lado esquerdo do jornal em seu gancho de forma discreta e seus olhos amarelados percorriam pela superfície do jornal silenciosamente, de vez em quando deixando escapar fumaça branca de seus lábios quando expirava. Tinha feito mais algum progresso em sua busca, descobrindo informações úteis sobre as ações do Governo Mundial e agora lhe permitia um pequeno momento de descanso em uma pousada tranquila, encontrada em uma vila ao sul. Lendo as palavras no jornal o ex-Warlord via a versão construída dos fatos, ciente da versão verdadeira que o Governo sempre escondia. No entanto, já que não parecia haver nada de muito interessante para se ler naquele dia, o homem de cabelos negros suspirou pesadamente já sentindo seus pensamentos vagarem.

Pensava em Mika, e no que tinha feito naquele cassino, dias atrás. Por mais que estivesse satisfeito em ter impedido os caçadores de recompensa de atacá-la, Crocodile também por fim tinha a perdido de vista mais uma vez. Não fora fácil rastreá-la, e agora o ex-Warlord imaginava que a atenção dela estaria dobrada. Com uma expressão descontente ele franziu o cenho, folheando o jornal apesar de não focar nas palavras. Seus pensamentos estavam em outro lugar, e nenhuma das pessoas ao redor tinham idéia de quais eram e o que o atormentava.

Apesar de suas atitudes irritantes, sua linguagem irreverente e sua força intrigante, Crocodile tinha que admitir que Mika possuía algo atraente sobre ela. Talvez fosse aquele brilho no olhar dela que o dizia que a assassina não tinha medo de comprar uma briga com ele; mesmo que descontente em admitir, o homem de cabelos negros admirava o espírito livre e ousado de Mika, e o fato de que ela não tão facilmente se curvava á ele. Crocodile cerrou os olhos e os dentes de leve, pensando irritado consigo mesmo que aquela natureza desafiadora e provocativa dela era verdadeiramente um turn-on para ele.

Balançando o rosto de leve o ex-Warlord suspirou e dobrou o jornal cuidadosamente, levantando-se do banco onde estava sentado sob a sombra e caminhando para longe da pousada em passos lentos. Se tivesse estragado tudo na última tentativa de acabar com a assassina, agora deveria realmente se focar em seus planos e expulsá-la completamente de seus pensamentos, até que tivesse a oportunidade de caçá-la novamente.

...

Não demorou muito tempo para que Crocodile decidisse que aquele país tinha servido seu propósito. Não havia muito que lhe restasse buscar ali, então ele refez seus passos até a câmara onde tinha escondido seus materiais e os recuperou, embalando-os de forma segura antes de depositar tudo dentro de uma mala. Estava na hora de procurar seu próximo destino, e para isso o ex-Warlord precisaria de um barco. Passou mais alguns dias viajando até chegar no porto mais próximo, observando o movimento com olhos atentos e aprendendo os turnos dos homens que trabalhavam ali. Quando julgou ser uma boa oportunidade o homem de casaco negro furtivamente fez seu caminho em direção ao píer, escolhendo um barco de tamanho médio e escondendo suas coisas ali, desamarrando-o do porto e confiscando o barco para escapar discretamente.

Sentindo o vento em seu rosto agitando de leve seus cabelos e a pelagem da gola de seu casaco, Crocodile suspirou. Não precisaria de tripulação para cuidar daquele barco e tudo que precisava agora era manter-se no curso em direção ao próximo país, sentindo-se aliviado pela oportunidade de relaxar em alto mar. Com sorte logo encontraria uma boa ilha e continuaria seus planos de expansão de influência, ansiando por reconquistar aquilo que tinha em Alabasta, anos atrás.

...

A viagem durou duas semanas inteiras, mas finalmente Crocodile notou seu próximo objetivo á distância. O país que se alargava no horizonte era muito maior do que o último e um sorriso surgiu no rosto do ex-Warlord, mais do que preparado para continuar seus planos. Tinha pensado durante a viagem e decidira que faria daquele lugar sua nova base, assim que encontrasse um lugar apropriado. Segundo o mapa que ele possuía, ele sabia da existência de lugares amplos e discretos que seriam mais do que suficiente para servir como um novo esconderijo. Pacientemente Crocodile esperou para que seu barco fosse levado pelos ventos e pelas ondas até a encosta, carregando sua mala no que saltou para terra firme e deixou o barco para trás, desaparecendo na estrada.

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