Prólogo

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"A vida não tem oposto

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"A vida não tem oposto.
O oposto da morte é o nascimento.
A vida é eterna."

Os passos eram apressados, vez ou outra, afundavam em poças de água fazendo com que respingos molhassem suas roupas.

Os olhos verdes mantinham-se atentos ao redor. A escuridão da noite engolia todo o lugar, as luzes fracas dos postes iluminavam muito pouco.

A mulher de cabelo escuro e comprido tentava acompanhar o homem. A neblina gélida fazia com que suas bochechas ficassem rosadas, a fumaça saia juntamente com a respiração cansada. Seus pés doíam e ela sentia muita fome.

"Para onde estamos indo, Galadriel?" - ela indagou, diminuindo a velocidade até que parasse completamente de segui-lo. - "Estou muito cansada."

O homem alto e forte, de cabelos dourados e lábios rosados, parou de andar e se virou para encará-la.

"Não podemos parar, Theo. Não é seguro." - juntou as sobrancelhas, vendo-a bufar, fazendo com que mais fumaça saísse de sua boca.

"Eu sei, você já disse isso." - Theodora mordeu o lábio inferior que estava dormente por conta do frio. - "Me diz aonde estamos indo? Por que toda essa pressa e desespero?"

"Estamos indo até a casa de um velho amigo." - se aproximou, levando as mãos até os ombros pequenos da esposa. - "Ele me ajudará a proteger vocês dois."

Levou a mão grande e pálida até a barriga de Theodora, sentindo-a pôr a dela por cima da sua. A mulher sorriu, os olhos puxados e castanhos como o outono diminuindo. A outra mão de Galadriel foi parar no rosto da menor, deixando um carinho ali com o polegar.

Sua missão era proteger sua amada e seu bebê.

Um som foi capturado pelo homem que desviou sua atenção para um dos becos próximos aonde estavam. Um gato preto saiu de lá correndo completamente assustado.

"Precisamos continuar." - disse, levando as mãos até a touca do casaco da esposa, puxando-o para esconder seu rosto pequeno.

Caminharam por mais uma hora, até que se aproximassem de uma colina, um pouco afastada da cidade.

Ali havia uma grande construção. Um casarão enorme, feito de pedras claras e com muitas janelas. O jardim era extenso e parecia ser muito bem cuidado. Theodora podia sentir a energia diferente que emanava do lugar.

"Você não me disse o nome desse seu amigo." - ela comentou, enquanto adentravam a propriedade pelos grandes portões de ferro – que estranhamente estavam abertos.

"O nome dele é Tyrael." - estendeu a mão para a mulher, que rapidamente a segurou.

Caminharam até que ficassem na frente da grande porta. As luzes acesas dentro da casa iluminavam muito pouco o lado de fora.

𝒕𝒉𝒆 𝒉𝒊𝒍𝒍 𝒐𝒇 𝒇𝒂𝒍𝒍𝒆𝒏 𝒂𝒏𝒈𝒆𝒍𝒔 | 𝑀𝒜𝑅𝒦𝐻𝒴𝒰𝒞𝒦Onde histórias criam vida. Descubra agora