"Inexistente. Imerso em minha própria angústia e tristeza. Cansado de lamentos." - Donghyuck subiu na cama e encarou a estante de livros. - "Quero ser lembrado como a pessoa que traçou seu próprio fim."
Jogou o caderno na cama e suspirou de forma dramática, levando a mão direita até o peito.
"Inexperiente. Um garotinho que busca saber quem é." - deu uma longa pausa, fechando os olhos e respirando profundamente. - "...saber quem sou..." - virou-se rapidamente para a janela e apontou de forma acusadora. - "E quem é você?!"
"Haechan?!"
Assustou-se quando ouviu a voz de sua mãe do outro lado da porta, que por sinal tentava abrir. A maçaneta balançava de um lado para o outro, rapidamente.
"Haechan, abre essa porta!"
Revirou os olhos e desceu da cama em um pulo barulhento. Caminhou até a porta e a destrancou. Rapidamente, sua mãe a abriu com uma expressão nada contente no rosto.
"Por que essa porta está trancada? Sabe que eu não gosto quando tranca a porta!" - ela levou a mão até a cintura enquanto a outra ainda se mantinha apoiada na maçaneta.
"Desculpe, me esqueci de que não posso ter privacidade no meu próprio quarto." - deu as costas e voltou para a cama.
Dessa vez, se sentou nela e recolheu seu caderno.
"Você sabe que não é isso." - a mulher suspirou, desviando o olhar. - "Eu só..."
"Eu sei, mãe. Me desculpe." - ajeitou os fios tingidos de roxo e sorriu mínimo.
"E o barulho? Ainda é muito cedo e você sabe que a senhora Ofélia não gosta que fique pulando." - apontou para baixo.
Dona Ofélia era uma velhinha que vivia no andar de baixo. Não tinha filhos, netos ou qualquer pessoa que pudesse ficar com ela. Felizmente, ela era independente e adorava passar os dias com seus cinco gatinhos gorduchos.
"Não estava fazendo barulho." - deu de ombros enquanto caçava seu par de all star vermelho.
"Olha, eu fiz panquecas para você, ok?" - ela sorriu mínimo, ainda observando o filho que estava ocupado amarrando os cadarços. - "Vem logo, antes que esfrie."
"Já estou indo, só vou arrumar a minha mochila." - levantou-se da cama e sorriu para a mãe que concordou e saiu do quarto – deixando a porta encostada.
Donghyuck deixou um longo suspiro escapar e se jogou na cama, ficando de barriga para cima.
Esvaziou a mente e sorriu ao sentir o corpo começar a formigar. Era como se alguém o cobrisse com um manto quentinho. Se sentia mágico e protegido. Fechou os olhos e deixou-se levar naquela sensação gostosa.
Tinha aprendido aquilo quando era muito novo, e adorava. Dizia que era um momento para se confortar, se sentia abraçado por algum ser de luz, era especial.
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𝒕𝒉𝒆 𝒉𝒊𝒍𝒍 𝒐𝒇 𝒇𝒂𝒍𝒍𝒆𝒏 𝒂𝒏𝒈𝒆𝒍𝒔 | 𝑀𝒜𝑅𝒦𝐻𝒴𝒰𝒞𝒦
FanfictionDonghyuck se vê como um adolescente normal, buscando um pouco de aventura e adrenalina em sua vida. Vive com uma mãe controladora e tem um melhor amigo que age como se fosse sua babá. Prestes a completar dezessete anos, Donghyuck assiste sua vida v...