Que comecem os jogos!

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narradora

Jungkook era uma provocação em pessoa. Bastava que ele existisse, assim, sem nada mais além da própria presença nos lugares. Estava especialmente quente naquela manhã em Tóquio, o Japão inteiro reclamava nas redes sociais do calor infernal que estava fazendo. Bom, Namjoon tinha a consciência limpa por saber que aquilo tudo era o resultado de uma mãe natureza revoltada, e não com ele. Enfim.

Parte da equipe principal da Vante estava no museu de arte moderna, localizado em um ponto mais distante da cidade. Algumas modelos estavam esbanjando peças caríssimas da Chanel, enquanto eram fotografadas pelas lentes brilhantes de JK. E em meio a tantas horas de arte, o fotógrafo era quem mais despertava a atenção não só da equipe de apoio, mas do CEO, que fez questão de acompanhar aquele ensaio de perto.

Os olhos castanhos, mas meio amarelados de Taehyung travavam uma batalha louca entre dar atenção às modelos talentosas ou dar atenção ao homem que conduzia os flashes. Jungkook estava vestido para matar naquele calor, e ele estava quase conseguindo que a equipe quase inteira batesse as botas de uma só vez. Vamos por partes, sim? Não havia ser humano capaz de desviar os olhos da cintura e parte do abdômen expostos de Jungkook, naquela maldita camiseta branca, larga e cortada como um cropped na altura do seu estômago.

A cintura finíssima de Jungkook estava exposta e as suas costelas davam as caras toda vez que ele erguia os braços para posicionar a câmera de um jeito diferente. A calça era de alfaiataria preta e desenhava muito bem as duas coxas fortes e malhadas. Um par de coturnos pretos nos pés, como sempre. Os cabelos ondulados estavam divididos ao meio e caíam sutilmente nos seus olhos.

Enquanto Namjoon o repreendia por se vestir como um universitário em um ambiente de trabalho mais clássico e fino, a equipe dava graças a Deus por viver na mesma época que o fotógrafo JK. Taehyung era um destes.

Ele movia a correntinha fina e de ouro no próprio pescoço, enquanto observava de longe a desenvoltura de Jungkook. E foi mais a fundo... chegou a imaginar como seria a sensação de segurar a cintura do mais novo por trás, beijar a sua nuca e oferecer uma proposta indecente demais para o ambiente de trabalho. Não conseguiu parar a própria mente ao imaginar como seria deslizar as suas mãos compridas por dentro daquele cropped, subindo até onde sabia que adoraria chegar. Sentir a pele do mais novo contra a sua e depois fazer com que as três peles se tocassem. A dele, a de Jimin e a de Jungkook.

E Taehyung, lá de trás e ao lado de Hoseok, assistia também o seu noivo ao lado de Jungkook. Ambos estavam diante das modelos, ajudando na condução do ensaio, como de costume. Jimin vez ou outra apoiava a mão pequena no final das costas de Jungkook, apenas para evitar que ele se movesse demais e esbarrasse nas coisas ao redor. É claro que não era só isso. Naquela plena terça-feira, Park Jimin tinha decidido começar a entrar no joguinho de Jungkook e tirar proveito disso para o fetiche do próprio noivo.

Jungkook sabia que aquela mão ali, repousada vez ou outra no final das suas costas, não era simplesmente uma diligência de cautela. Era um "eu estou aqui" cheio de intenções. Eles não se olhavam em momento algum, apenas revezavam as posições e tocavam exatamente o mesmo lugar um no outro, os dedos de Jungkook chegavam a deslizar um pouco mais. Taehyung não enxergou malícia naquilo, porque ele estava ocupado demais assistindo a cena e imaginando mil e uma fantasias.

No entanto, temos alguém como Hoseok por perto quase o tempo inteiro. O estilista platinado e sorridente era quase como uma entidade onipresente. Ele ouvia e via tudo, o tempo inteiro, e criava teorias certas demais. Hoseok sabia do cuckold apenas por boatos nos corredores — que não fazia ideia de como tinham surgido — e sabia que Jungkook também sabia. Informações boas demais para serem deixadas de lado.

PAS DE TROIS (taekookmin)Onde histórias criam vida. Descubra agora