PAS DE TROIS (taekookmin)

Muito a tirar de você.

Feliz aniversário, BaeBunnyBoo ! Espero que o seu final de semana seja brilhante e que você viva muito ainda! Obrigada pelo apoio xoxo

AJ.

jungkook

Reuniões sempre me deixam irritado, por mais que no meu rosto não haja sinal algum de irritabilidade. Eu, quando quero e preciso, disfarço muito bem. No entanto, naquela manhã, eu não pretendia disfarçar, porque fui interrompido em algo que nem mesmo as entidades devem se meter.

Eu acordei mais cedo, corri antes mesmo de Namjoon, a luz solar não fazia nem parte do cenário da cidade. Uma insônia ridícula me pegou na madrugada, talvez porque eu esteja me sentindo ansioso com a situação que envolve não só a mim como também a Taehyung e Jimin. Ansioso para ver o desenrolar da história, para assistir o andamento de tudo, para saber como vou me sair nessa baixaria gostosa.

Enfim.

Eu saí para correr e a cada passo e contração de músculo eu não conseguia parar de pensar em como Jimin passou a mão na minha coxa ou em como Taehyung se insinuou para mim no museu. Parecia tudo uma provação do demônio, e foi por isso que, assim que cheguei em casa e entrei na ducha, não tive outra escolha senão bater uma pensando em como seria estar no meio daqueles dois.

Eu estava ótimo, ainda eram sete da manhã, eu estava sozinho naquele banheiro enorme, e sentindo o meu corpo se entregar a minha imaginação fértil. Fora que a masturbação é algo saudável por si só, e eu sou um homem bastante saudável. Há algo mais benéfico a alguém do que bater pinheta às sete da manhã? Não.

E no meio do meu êxtase, quase chegando ao meu máximo, o maldito telefone começou a tocar. Eu pensei ser o chato do Yugyeom, procurando alguma outra forma de perturbar o meu juízo naquela manhã, mas quando a insistência se tornou pertinente, percebi que não podia continuar ignorando aquele toque insuportável da Samsung. Fiz bem, porque era Yuna, a estagiária de Jimin na Vante.

A sua voz doce transmitia timidez, muito provavelmente por ter que me ligar àquela hora da manhã. E, consciente que sou, não descontei na garota a minha raiva por ter sido interrompido no meio do ato. Yuna me ligou para dizer que haveria uma reunião naquela manhã, um café da manhã com acionistas, em um hotel chiquérrimo. E o que porra eu tenho a ver com isso?

Jimin decidiu de última hora que eu deveria acompanhá-lo. Os anos passam e a sua inconveniência não muda. Ele sempre fazia isso, quando namorávamos, e me arrastava para lugares insuportáveis e eventos mais insuportáveis ainda. Mas eu o amava, então ia de bom grado, mesmo detestando. 

E lá estava eu, me prestando a papéis como esse, mas sendo funcionário de uma empresa. Gastando as minhas roupas bonitas para fazer bonito ao lado daquele anão de jardim estiloso. Conferi o meu reflexo uma última vez antes de sair de casa. A camisa preta de cetim e botões estava com as mangas dobradas até a altura dos cotovelos e com a parte da frente por dentro de uma calça jeans novinha em folha. Os cabelos despretensiosamente jogados de forma bagunçada e caindo sobre a minha testa.