Moscou, Rússia
5 de setembro de 1921DOU UMA VOLTINHA vendo o balanço do meu vestido brilhante. Perfeição. Isso me era ordenado, e de certo seria cumprido. Ando cautelosamente pelo meu imenso quarto pensando se um dia finalmente teria liberdade, qualquer que fosse.
— Senhorita, seus pais desejam sua presença imediatamente para irem a festa. — a Sra Jonhson, uma pequena senhorinha de cabelos grisalhos informa com uma postura formal. Eu deveria estar muito absorta em meus próprios pensamentos para não ter notado as batidas na porta.
— Ah sim, claro. Muito obrigada, Sra Jonhson.
Vejo a mulher sair do cômodo visivelmente com pressa, ao escutar os gritos de meu pai. Coitada. Compreendo seu medo.
— Espero que a noite não seja tão trágica. — suspiro também saindo do meu quarto, e indo para o que carinhosamente chamo, purgatório particular, este era a presença de seus pais.
— Finalmente, Yelena. Pensei que teria de buscá-la pelos cabelos. — grunhe o meu pai impaciente e reviro os olhos.
— Apesar de que não seria uma má ideia. — escuto a minha mãe murmurar e franzo a testa, nem se me esforçasse muito, saberia a razão de tanto rancor sobre mim.
— Vocês não estavam apressados? Ou irão continuar me dedicando palavras tão lindas? — questiono fingindo estar pensativa.
— Não comece, Yelena. — avisou meu pai já indo em direção a porta, sendo seguida por suas aquisições de fantoche e teatro.
Passei o caminho em silêncio, tentando fazer com que meu modo externo refletisse no interno, e minha cabeça parasse momentaneamente de funcionar. Não era um trabalho fácil. Toco minha pequena cicatriz na mão, como se aquela fosse a minha fonte de dor e fraqueza, tentando renunciar pensamentos intrusivos.
Parecia até que eu tinha saído daquele lugar por um instante, até perceber que eu continuava na mesma posição, mas agora, estava na maldita festa onde obrigatoriamente teria de estar.
Observo de forma curiosa a localidade, uma grande mansão, em tons claros de branco e dourado, entretanto com um interior repleto de cores sombrias e com um ar melancólico, nada condizente com a sua fachada. Isso me fez sorrir por breves segundos, parecia até que não estava mais falando da enorme mansão.
— Boa noite, Sr Peterson. Eu e minha família estamos muito agradecidos por seu convite. — papai se pronunciou tendo o apoio de minha mãe, que sorria calorosamente.
Quando o olhar do anfitrião se pôs sobre mim, tive uma sensação incomoda com o olhar cortante daquele homem, parecia implacável.
— Vejo que trouxeram sua graciosa filha. Muito bom conhecê-la, Yelena. Ouvi muitas coisas boas a seu respeito. — declarou beijando minha mão, não tirando seus olhos escuros da minha face.
— Prazer em conhecê-lo. — me limitei cortando aquele contato desconfortável.
Logo o Sr Darius e o Sr Peterson saíram para provavelmente debater sobre negócios, uísque ou qual era mais asqueroso. Eu realmente não me importava.
Saí do lado de minha mãe sem falar nada e fui andar pela festa tediosa, para mim pelo menos. Havia pessoas dançado como se as suas vidas vazias dependessem daquilo. Avisto um garçom passar e rapidamente pego um copo de bebida, apenas assim para conseguir lidar com aquela situação desprezível em que me encontrava. Abro um sorriso vendo a taça de martini com duas azeitonas flutuando e acabo com com o líquido contido ali num gole só.
— Você pode me dar outro, por favor? — peço ao garçom escutando o jazz ficar cada vez mais alto.
— Claro, linda moça. — ele pisca e sorrio agradecendo. — Com licença senhorita, aquele rapaz pediu para te oferecer essa bebida como o início de uma grande amizade. — falou o homem parecendo robótico apontando em direção a porta lateral, onde rapidamente pude identificar um homem de cabelos pretos e olhos de uma cor muito peculiar, âmbar, quase como ouro. Sem me dar mais nenhuma oportunidade de análise, o homem sumiu tão rápido quanto apareceu.
Presto atenção no drink que me tinha sido oferecido, e volto a olhar para a porta em que o sujeito saíra momentos antes.
Bloody Mary.
·
¡ depois de dois anos dessa história parada, resolvi finalmente atualizar. eu admito que perdi um pouco da prática com escrita e prometo fazer de tudo pra tentar recuperá-la. !
¡ espero que gostem dessa história, vou me esforçar muito pra fazer jus a perfeição desse plot. !
¡ estrelinhas e comentários são sempre bem vindos, e obrigada por lerem, espero que gostem S2 !
VOCÊ ESTÁ LENDO
LOVELY MONSTER | e. cullen
Losowe𝐋𝐎𝐕𝐄𝐋𝐘 𝐌𝐎𝐍𝐒𝐓𝐄𝐑 || ❛ os rostos mais adoráveis escon- dem os segredos mais cruéis.❜ Aquele em que Edward Cullen encontra em Yelena Darius seu amor épico.