Capítulo 4 - Encontre Lúcifer.

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Não se esqueça do voto ☆ 

" - Veja bem, cada pessoa tem um cheiro diferente, tem uma essência diferente

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" - Veja bem, cada pessoa tem um cheiro diferente, tem uma essência diferente. Se você trancar um alcoólatra em uma sala cheia de cerveja choca, ele vai ficar feliz em bebê-la. Mas poderia resistir, se fosse um alcoólatra em recuperação. Agora digamos que você tenha colocado naquela sala uma taça de conhaque de cem anos, o conhaque mais raro e mais refinado.... E enchido a sala com seu aroma quente... Como acha que ele se comportaria?"

Sol da Meia-Noite, Stephenie Meyer, pág. 397.

- Não... - Tusso. - Não sou um anjo. - Digo com dificuldade. As garras da criatura estão furando a minha pele com tamanha força que ela usa para apertar meu pescoço.

- Então, por que estava voando com essas asas asquerosamente brancas como seda? - Ela diz entre-dentes, com mais força e raiva. Antes que eu a responda, minha visão perde toda a cor e tudo se torna escuridão por completo.

- Alecto, você matou o anjo? - Escuto uma voz feminina distante e abafada. 

- Não, ele ainda respira. Acredito que ele tenha apenas desmaiado, irmã. - Outra mulher responde com certo tom de deboche na voz.

- Tanto faz, Lúcifer ficará feliz em saber que temos um anjo aqui. - Outra voz responde rindo.

- Eu não sou anjo. - Digo tossindo enquanto abro meus olhos e me forço a levantar, mas estou muito fraco. A sala escura parece girar e caio no chão por conta da tontura. Minha queda é em frente às três mulheres. 

Uma é a mesma que havia me atacado em frente ao castelo, as outras duas apresentam as mesmas características que a morena, porém, uma tem longos e loiros cabelos que vão até os seus pé, além de estarem desgrenhados, com olhos azuis e lábios fartos. A terceira com o cabelo ruivo, e também todo desarrumado, mas que vão até sua cintura, com a pele mais branca do que as outras e os olhos verdes e profundos, bem marcados por uma olheira que a deixa ainda mais cadavérica. Todas apresentam uma fúria dentro do olhar. Elas estão rindo com a minha afirmação, que agora até eu desconfio do que eu realmente seja. Anjo, demônio, condenado, desencarnado?

- O que é então? - Diz a loira se aproximando.

- Um desencarnado. - Elas voltam a rir, dessa vez mais escandalosamente. Suspiro derrotado e passo a mão no rosto em uma tentativa falha de acordar em meu sofá.

- Você é o primeiro anjo que me faz rir ao invés de passar raiva. Talvez te poupemos. - A mesma responde com os braços cruzados e um sorriso cínico.

- E Lúcifer? - A de cabelos negros pergunta.

- Sim, irmã. Pense só, se entregarmos ao Senhor um anjo morto ele ficará mais do que feliz. Talvez até faça uma festa em nossa homenagem. - A ruiva responde rodopiando pela sala em pura alegria. Uma sala com paredes feitas de tijolos irregulares, com algumas mordaças espalhadas e, mais ao fundo, alguns equipamentos que eu acredito serem de torturas. Do alto, uma pequena janela com ferro ilumina um pouco a sala avermelhada, não sei se a cor seja natural ou de sangue, porque o lugar também apresentar um odor que eu não reconheço - talvez uma mistura entre sangue e fezes -, deixando o ambiente mais sombrio com a presença daquelas três criaturas horríveis.

O RenegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora