Daphne Merlin Grindelwald é filha de Gellert Grindelwald, um dos bruxos mais poderosos e influentes de sua era, e neta de Merlin, o lendário mago de fama imortal. Após anos ao lado de seu pai, Daphne recebe uma sugestão inesperada de seu avô: ingres...
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Acordo sentindo meu corpo inteiro latejar. A sensação de dor é tão forte que, por um momento, penso em voltar a dormir e tentar ignorar o que está prestes a acontecer. Mas isso seria inútil. Levanto da cama com cuidado, olhando para a janela, que está com as cortinas levemente abertas, deixando a luz suave da manhã invadir o quarto. Respiro fundo, tentando não pirar na ideia de que, a partir de hoje, vou morar em Hogwarts. A realidade me engole lentamente, e a excitação é abafada por um leve medo, uma mistura de incerteza com a necessidade de me provar.
Ontem, meu avô mandou as empregadas arrumarem minhas malas, as ajudei escolhendo as roupas que irei levar. O processo foi longo, demorado, e terminamos de madrugada. Cada peça de roupa foi cuidadosamente escolhida, afinal, na minha cabeça, cada detalhe conta, e ninguém vai me fazer parecer menos do que perfeita. As malas estão prontas, mas meu cérebro ainda não conseguiu processar o quanto isso é real. Hogwarts... parece um lugar distante e ao mesmo tempo tão próximo.
Levanto-me da cama com calma, sentindo a leveza do roupão contra minha pele, e sigo em direção ao meu banheiro. A água quente do chuveiro é quase terapêutica. Escovo meus dentes, tentando ignorar o turbilhão de pensamentos na minha mente. Após o banho rápido, me envolvo novamente no roupão e volto para o quarto. O tempo está correndo, e eu não posso me permitir ser pega desprevenida.
Grindelwald- Bom dia, filha. O homem responde desanimado.
A voz de meu pai ecoa pelo meu quarto de maneira suave, mas não menos impactante. Sinto um arrepio, mas logo me acalmo. Ele está ali, sentado na poltrona perto da janela, com duas xícaras de café em mãos. Seu olhar está distante, perdido em algum pensamento que não consigo alcançar. O silêncio entre nós é desconfortável, mas não há pressa de quebrá-lo. Já sei que ele tem seus próprios fantasmas para lidar.
Grindelwald-Fiz seu favorito.
O homem levanta o braço, me entregando uma xícara cheia de café puro, forte o suficiente para me acordar de qualquer resquício de sonolência. Pego a xícara, sem olhar diretamente para ele, e volto minha atenção para a roupa que irei usar. Cada movimento é meticuloso, como se eu estivesse tentando controlar o ambiente ao meu redor. A roupa, como sempre, precisa ser impecável.
Daphne-Tá, começa, pai.
O silêncio novamente toma conta do quarto, mas agora a tensão é palpável. Meu pai passa o resto do dia pensativo, com seu semblante triste, igual a um cachorro de rua que perdeu seu dono. Ele não diz uma palavra, mas eu consigo sentir sua frustração se acumulando como um copo prestes a transbordar. O pobre homem está doido para começar a reclamar... Eu conheço esse olhar. Se não fizer algo logo, ele vai explodir, e a última coisa que eu preciso é ver meu pai perder a cabeça nesse momento crucial. Então, eu o deixo falar. Preciso que ele libere essa raiva, mesmo que isso signifique uma explosão de emoções que pode afetar Hogwarts inteiro.
A verdade é que ele não sabe lidar com isso, e eu me tornei uma espécie de mediadora do caos.
Grindelwald- Aquele velho passou dos limites, mandar minha única filha para uma escola com mestiços, MESTIÇOS de SANGUE RUIM, Daphne! O homem exclama meu nome, sua indignação evidente em cada palavra.