The Prince Of Waves

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"Vou liderar, e eu terei quem me ensine, a construir um futuro em nosso lar.
Porque meu caminho me leva ao meu lugar, e posso ser feliz no meu lugar."
(Moana)

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PARK JIMIN POV


Ser Príncipe parecia fácil, e realmente era, se você fizesse parte de um conto de fadas e estivesse à procura de uma princesa que se meteu em alguma situação estúpida e inusitada.

Odiava todas as responsabilidades que meu título nobre me trazia. Negociações, expedições, leis e deveres, era tudo um verdadeiro saco, principalmente se você é gay em meio a tudo isso, e irônicamente começam a te achar incapaz.

Adoraria poder dar algumas escapadas para a praia junto com Seokjin, meu braço direito e amigo de infância.

O mar era algo que eu simplesmente amava, aprendi a nadar aos sete anos e se pudesse virar um peixe só para estar sempre em contato com a água, eu estaria muito satisfeito.

Recentemente comecei a surfar, foi uma invenção trazida por estrangeiros, a ideia em geral é que é bem mais fácil e rápido chegar à margem do mar em cima de uma tábua do que em um barco, admito que inovei essa ideia e agora uso ela para passar por grandes ondas, já tomei alguns caldos d'água, mas quem liga não mesmo!?

O ponto é: por mais que amasse tudo isso, uma guerra parece cada vez mais próxima de estourar, a qualquer momento, e terei que deixar qualquer diversão de lado por um tempo não calculado e nem estimado.

Meu povo, todas aquelas pessoas, confiaram suas vidas a mim e meus pais e irei honrá-los, mesmo que seja necessário dar minha própria vida por essa causa.

Fui ensinado desde muito pequeno a sempre lutar pelos direitos dos meus. Aos dez comecei a lutar com espadas e aos doze desenvolvi armas que atiram e atingem a longa distância, em um curto período de tempo, gosto de chama-las de fuzil.

Aparentemente herdei o dom da cura da minha mãe e sua família, todos vindos do reino da França, consigo ser extremamente talentosos com ervas medicinais, sei táticas para diminuir a dor, estancar sangue, colocar ossos no lugar e imobilizo membros quebrados em tempo recorde, massagens cardíacas e choques terapêuticos também são coisas que aprendi.

Aos quatorze comecei a pontear, hoje sou o segundo mais procurado no castelo para cuidar de ferimentos nos soldados, perdendo apenas para o curandeiro real.

Sempre estou rodeado de garotas que se interessam, aparentemente, em minhas riquezas e poder, ou talvez apenas tenham uma atração supérflua pelo meu corpo, e devo admitir que é muitíssimo divertido ver seus rostos envergonhados quando respondo que seria mais fácil eu aceitar uma relação com seus pais ou irmãos do que com elas em si.

Não que eu me orgulhe da situação em si, mas me reconheci como gay aos quinze anos após transar com um dos soldados depois do treinamento. Culpei a vodka real, mesmo que não tenha bebido nada.

Só cheguei a aceitar minha sexualidade quando tive a ideia estúpida de tentar ficar com uma princesa e senti algo parecido com nojo e indiferença, que piorou depois descobri que ela tinha beijado um sapo momentos antes esperando ele virar príncipe, vomitei todo o meu almoço naquele dia.

Fui tirado dos seus pensamentos por um pequeno aperto no meu ombro, virei o rosto à procura de quem me despertara, encontrando minha mãe.

— Anda pensando demais querido, não coloque tanto peso em si, sabe que seu pai é quem verdadeiramente vai resolver tudo, não pegue mais responsabilidades do que o necessário, você é o Príncipe herdeiro, mas ainda não é o Rei. — Exclamou enquanto tirava um fiapo inexistente do meu terno feito especialmente para reuniões como a que eu teria em breve. 

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