folhas secas ou eram verdes?

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"Todos estamos desesperados por um pouco de esperança."

Hannibal.

As Fadas eram destinadas antes mesmo de seus nascimentos. Quando uma fae encontrava sua alma gêmea eram felizes no eterno, no éte. Nenhuma das duas fadas morreriam, somente se houvesse alguma interferência sibilina exterior, caso o contrário, elas viveriam uma vida suave de amor celebrando natureza. No nascimento de toda fae, flores desabrocham em sua pele, uma promessa de encontro. Quando Harry nasceu, seus pais perceberam sua pecualidade, ao invés de lindas flores por seu corpo, ele nasceu com folhas verdes, como se o sol fosse totalmente devoto à elas, eram lindas; embora, nenhuma outra fada tinha nascido com folhas também. Totalmente atípico. Dumbledore, a fada anciã, os confortou, era cedo para aflições.

Uma vez que ainda abaixo deste sol, nasceram duas faes com almas mais velhas que o tempo, que eram destinadas. Uma delas era assim, como eles, uma fae da primaveira, e a outra uma fae do inverno. Algo excepcionalmente anômalo, mas não impossível. Por muito tempo eles acreditaram que talvez a sua alma predestinada fosse de outra estação. Eles tentaram manter uma chama de esperança.



Estava quente neste lado da floresta, os ruídos da floresta pareciam se infiltrar em meus ossos. O vento lá fora varrendo a floresta. Alguns segundos atrás eu tinha acabado de completar minha vigésima primavera, e ainda não havia ninguém em todos os reinos com folhas pelo corpo.
Lembro que quando eu era somente uma pequena fae, ainda comparado com uma semente, minha mãe com seus vários liríos suaves pela pele, sussurrava para mim antes de dormir que eu era especial, um dia eu encontraria um amor: mais puro que as lindas gérberas vermelhas que são todas às manhãs beijadas pelo sol e que todas às noite dançam com a lua. Eram palavras vazias, eu sabia, no entanto eu me segurava nelas.

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O desespero começou correr pelas veias de meus pais quando eu começo a vomitar margaridas, eu sabia que isso aconteceria, eles também, mas a diferença que eles deixaram a esperança nas bordas. Eu vomitava somente margaridas. Arranhavam minha garganta; tão delicadas e mortais. Eu ainda me lembro da primera vez, foi singular e brutal. Eu estava em meu quarto quando a pulsação aumentou, e tudo ao redor foi perdendo o foco, parecia que eu estava na beira de um precipício prestes a cair, pequenas pontadas apareciam em meu estômago, até ele se revirar por completo acompanhado com um gosto de metálico em minha boca. As flores lentamente subiam cortando por onde passavam, era como se eu fosse de papel, e lágrimas grossas corriam por seu rosto. Quando foi a última vez que ele tinha chorado assim? ele só conseguia lembrar de se sentir tão desesperado e sozinho quando era uma criança. Eu sabia que era tarde. As flores com a sangue naquela noite tinham sido a assinatura de minha maldição.

A chuva parecia tocar um som sufocante, ou talvez fossem meus pensamentos que se agarravam junto da melódia e arranhava minha cabeça de dentro para fora. Poderia pegar uma estaca de prata e gastar toda minha pele, para sentir qualquer coisa que não seja meus pensamentos. Deixar ela passar lentamente pelas folhas, que em minha pele me faziam uma aberração. Eu me sentia dentro de um segredo.

Dois dias para meu aniversário, e eu já tinha me decidido. Todos agiam normalmente, ou tentavam, eu me sentia grato, mas isso era muito irritante. Podia ver em seus olhos a preocupação, Mione e Rony quase não falaram sobre sua união na próxima primavera, e eles só falavam disso há dias. Meus pais tinham aquele olhar melancólico como se o problema fossem eles, e não era. Cedric sempre tentava me distrair com algum vinho roubado da vila próxima.

Gosto de fingir que não me importo, mas eu ainda sonho com as primeiras margarinas manchadas de sangue, nunca me importei com isso de primeiro, primeiras vezes, primeiro lugar, ou qualquer merda assim, até agora. Sempre me pego pensando nas minhas primeiras vezes: primeiro sorriso, primeiras palavras, primeira vez que observei o céu, primeira vez que senti o vázio, primeira vez que notei o quão vermelhos eram o cabelo de minha mãe, primeira vez que tomei lectar, primeira vez que me tornei consciênte de mim e do mundo, tudo isso dançando tão rapido em minha cabeça que eu poderia vomitar. Margaridas comemendo todo meu centro, transformando todo que fui e sou em singulares flores em um jardim sangrento. Estou sempre pertubado e sinto que vou cair até morrer em fim no silêncio.

 green | tomarry Onde histórias criam vida. Descubra agora