Capítulo 16

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Emma


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Hoje é aniversário de Marie e será em uma balada bastante popular aqui em São Francisco. Eu não estou muito no clima de festa, mas ela insistiu tanto, que aqui estou eu em frente ao espelho avaliando minha roupa. Mas confesso que queria colocar meu pijama e chorar até pegar no sono. Desde que Théo se foi essa tem sido a minha rotina.

Estou usando um vestido preto com mangas longas bufante, ele estava guardado a tanto tempo que nem me lembrava mais dele. Luto com o vestido tentado o manter no comprimento do joelho, mais parece que ele tem vida própria, quanto mais o puxo para baixo mais ele sobe.

Escuto a campainha tocar e vou atender sabendo que é Marie. Abro a porta e a mesma entra me olhando de cima a baixo. Ela dá um sorriso e tento me animar por ela.

- Uau, que gostosa em. - fala me fazendo me dar uma voltinha.

- Digo o mesmo de você.- falo e a mesma sorrir. Mari está com um vestido vermelho com as costas completamente nua que valoriza bastante o seu corpo escultural.

- Vamos curtir meu bem. - fala empolgada balançando seu corpo e eu finjo animação.

Nós saímos e eu deixo a porta encostada, pois mamãe saiu com Isis e não levou a chave . Chegamos ao local e tinha pessoas por todos os lados, estava com medo de ser esmagada a qualquer momento. Vamos em direção ao bar e Marie pede duas margaritas, o garçom nos entrega as nossas bebidas. Estávamos conversando até Marie avistar Hugo, seu namorado e o mesmo a chamou para dançar, ela me olhou pedindo permissão e eu assenti.

Eu já estou na terceira taça, e já me sinto mais leve, quando avisto Lucca, eu grito pelo seu nome e o vejo procurar quem o chamava, me levanto meio tonta e balanço os braços atrás de chamar sua atenção. Ele me vê e vem em minha direção.

- Oi! Emma. - me cumprimenta com um beijo no rosto. - Não esperava te encontrar aqui. - fala surpreso.

- Porque? - lhe questiono.

- Não sei. Achei que não faria o seu estilo. - fala rindo me encarando de uma forma intensa.

 - E qual seria o meu estilo? - pergunto tocando em seu nariz. Acho que bebi de mais. - Você me acha muito careta para estar na balada? - solto em um tom acusador.

  - Quê? Não, eu não falei isso. - noto seu nervosismo.

  - Relaxa, eu estou brincando. - ele me pega rindo da sua cara.

 - Está rindo de mim? - finge estar ofendido.

 - E se eu estiver? - lhe desafio. E ele dá um sorriso malicioso.

Nós ficamos conversando e quando me dou conta já estávamos no oitavo copo dançando e cantando no meio da pista.  Estava sentido meu corpo bem leve e por um momento toda aquela dor avassaladora sumiu. Já tinha perdido Marie de vista, e não tinha condições nem de ficar em pé.  Pela primeira vez eu me permiti a ficar feliz e esquecer todo o caos que minha vida tinha se tornado. Eu não queria me lembrar da dor nem do sofrimento, eu só queria aproveitar o momento.

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Acordo com uma dor de cabeça insuportável, e vejo que não estou em casa, e não estou sozinha...e..e não estou vestida.. ESPERA AÍ ...CADÊ A MINHA ROUPA? .. Eu não acredito, não, não pode ser, só pode ser uma pegadinha do meu subconsciente. Eu não posso ter dormido com um cara que eu mal conheço... né? Sou muito grata por ele ter me ajudado quando mais precisei mais isso parece insano.

Sinto Lucca se mexer ainda adormecido e o mesmo agarra minha cintura, fico paralisada, e tento imaginar em que momento isso aconteceu, e nada vem a minha mente. Então com cuidado pego sua mão a afastando do meu corpo, no mesmo momento ele desperta e me encara confuso. Ótimo ele também não se lembra o que aconteceu.

Me levanto rapidamente da cama, enrolada no lençol e corro em direção ao banheiro em busca de esconder a minha vergonha, sendo acompanhada pelo olhar de Lucca. Olho o meu reflexo no espelho e estou com o cabelo assanhado e alguns resquícios da pouca maquiagem que usei ontem a noite. Bato infinitas vezes na minha cabeça na tentativa de por o meu cérebro para funcionar.

Estou tentando pensar no que fazer, quando ouço batidas na porta. Ai meu Deus, o que eu faço agora? Eu só queria me teletransportar para bem longe daqui.

- Emma ? - me chama, mas estou com tanta vergonha que contínuo em silêncio. Na esperança que ele vá embora. - Emma, eu sei que você está confusa com o que aconteceu... E..Eu também estou e.. - ele para de falar quando abro a porta .

- Pode me dar a minha roupa? por favor? - peço ainda sem coragem de olhar em seu rosto.

Ele rapidamente vai em busca das minhas roupas e entrega as peças em minhas mãos. Eu fecho a porta sem esperar o que ele tem a dizer. Visto minhas roupas dou uma olhada rápida no espelho e crio coragem para abrir a porta novamente.

Saio do banheiro e o encontro no mesmo local, já vestido com uma calça moletom. Tento passar por ele, mas sou impedida ao sentir sua mão em meu braço.

- Espera, você vai mesmo sair sem falar nada? - me encara incrédulo.

- E o quê você espera que eu diga? - dessa vez olho profundamente em seus olhos.

- Eu não sei, qualquer coisa. - leva suas mãos a cabeça.

- Isso. - aponto para nós. - Foi um grande erro. - rapidamente pego os meus sapatos, a minha bolsa e saio daquela casa.

Como eu pude ser tão descuidada em beber tanto, eu não sou assim, normalmente eu bebo dois ou três copos no máximo, pois odeio a ressaca que vem depois. Chego em casa, tudo está em silêncio, mamãe ainda deve estar dormindo. Olho em meu celular e vejo que ainda é 7:30 h da manhã. Vou até o quarto de Isis e a encontro dormindo como um anjo. Vou para o meu quarto indo direto ao banheiro para tomar um banho. Me despir e  deixo a água morna cair sobre o meu corpo, me pego pensando em tudo que aconteceu e alguns fleches de memória da noite anterior vem a minha cabeça.

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