Capítulo 24

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Emma

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Hoje acordei disposta, por um milagre sem enjoos, o que me deixa feliz. Eu levanto da cama, passo em frente ao espelho e noto uma protuberância em minha barriga, me pego acariciando a mesma.

É uma sensação estranha e gostosa ao mesmo tempo saber que existe uma vida dentro de você, como se fosse mágico.

Desperto dos meus pensamentos quando vejo o rostinho da minha pequena na entrada da porta do meu quarto. A chamo e a mesma vem correndo em minha direção.

- Bom dia, meu amor! - beijo o seu rosto.

- Bom dia, mamãe! - agarra forte em volta do meu pescoço. - mamãe? porquê você estava mexendo na barriguinha, tá dodói? - me perguntou com uma carinha preocupada.

Eu quase morro de amor quando ela fica preocupada comigo, Isis é uma criança extraordinária, eu não consigo definir o tamanho da sua inteligência. E lembro o quanto ela é parecida com Theo, tanto nas suas ações, como nas emoções.

- Não amor, a mamãe não está dodói. -a vejo dando um sorriso de alívio. - Mas... tem uma coisinha que eu quero te contar.

Decido falar para ela sobre a minha gravidez, acho que ela vai gostar da ideia de ter um irmão ou irmã. A encaro e vejo a mesma me encarar esperando o que eu tenho a lhe dizer.

- Então... e o que você acha de ter um irmãozinho? - ela fica me olhando e vai abrindo um sorriso devagar.

- SIIIM! - a mesma começa a pular pelo quarto e eu acho graça de sua atitude. - E onde ele tá? ele vai poder dormir no meu quarto comigo? - UOU, eu não esperava essa reação tão imediatamente , eu achei que ela iria ficar surpresa ou algo assim.

- Calma aí né mocinha, ele ainda está na minha barriga. - acaricio o local, e Isis me olha confusa.

- Na sua barriga? Mamãe, você comeu meu irmãozinho? - eu não me aguento e começo a rir descontroladamente da sua inocência.

- Senta aqui meu anjo - bato na cama, onde estou sentada. - Olha, quando um bebê nasce ele é desse tamanho. - faço uma indicação com os dedos. - E para ele crescer, ele tem que viver dentro da barriga da mamãe, entendeu ? - ela me olha fascinada.

- Uau, que legal! - diz somente.

Estou prestes a me levantar para dar um banho na Isis, e escuto a campainha tocar. Vou até a porta juntamente com Isis, abro a mesma e me deparo com Lucca parado na minha frente. Ele está em seu habitual uniforme que me tira a concentração.

- Ah, oi Lucca. - o comprimento, e o mesmo parece perdido em pensamentos e vejo o que ele está olhando, e noto que eu estou somente com uma blusa fina e calcinha. Me escondo atrás da porta, e Lucca parece ter recobrado a consciência.

-Eh... oi, bom dia! - passa a mão pelo seus cabelos - Eu estava passando por aqui, e vim saber se você está bem? - Parece meio sem jeito.

- Eu agradeço a sua preocupação, e sim, eu estou ótima - falo sorrindo para o mesmo. E o noto descansar os ombros relaxado. - Mas... você quer o meu número.. é.. para mantermos contato, sobre o bebê, é claro.

-Ah sim, seria ótimo. - Ele me dá seu telefone, e eu ponho meu número no mesmo e lhe entrego o aparelho. - Então é isso , tchau, e me desculpa lhe incomodar vindo até aqui e... - o interrompo

- Imagina, tá tudo bem, tchau - Ele assente e sai. Eu fecho a porta e me escoro na mesma, fecho os olhos.

- Que confusão - sussurro para mim mesmo.

Mais não posso negar que é fofo ver a preocupação que ele já tem, mesmo a notícia sendo recente. E eu fico me perguntando como ele será como um pai. Trato logo de sair desse pensamento pois tenho muitas coisas para resolver hoje.

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Estou na casa de meus pais, mamãe insistiu para que eu viesse mais vezes com Isis e confesso que estou muito nervosa. Tenho medo de como ela e papai irão reagir a noticia que eu estou gravida. Tenho medo de decepcionar eles.

- Oi meu amor. - abraça Isis a colocando no colo. Admiro sua atitude. Isis esta com quase 4 anos. Ela est crescendo tão rápido que me surpreende. - Oi filha. - me dá um beijo rápido no rosto e volta sua atenção para Isis novamente.

A gente entra e vejo papai no quintal assando carne, vou até ele e o abraço roubando um pedaço de carne, o mesmo me dá um tapinha na mão, acho graça da situação.

- Cadê a pequena? - volta sua atenção para a carne.

- Mamãe deve estar mimando ela com alguma besteira. - ele ri

- Deixa ela aproveitar a neta. - diz calmamente. E por muitas vezes eu invejei a sua calma, em toda a minha vida eu nunca vi papai perder a cabeça. A esquentadinha da relação era a mamãe. Acho que é por isso que os dois são tão compatíveis.

Estamos todos sentados na mesa ao ar livre, pois vou precisar de bastante ar para soltar a bomba que estou prestes a soltar.

- Então... - coço a a garganta. - Eu tenho uma coisa para contar a vocês. - olho para ambos e estão me olhando esperando eu falar.

- Pode falar meu bem. - diz mamãe suavemente.

- Eu... eu estou .. GRÁVIDA. - solto de uma vez.

Os dois estão me encarando sem nenhuma reação.

- È.. uau, isso me pegou desprevenida. - mamãe é a primeira a falar.

- E quem é o pai? - agora volto minha atenção para papai.

- Bom.. vocês não conhecem, ele é um amigo da Marie .- noto o desconforto de papai.

Era o que eu estava temendo ver a decepção nos olhos deles. Meus pais são muito conservadores, então um caso de uma noite é praticamente um crime. Eu acho que foi um dos motivos de eu ter me casado tão cedo.

- Eu sei que vocês não.. - sou interrompida por mamãe que me abraça fortemente e finalmente solto o choro que estava preso.

- Xiii - ela afaga meus cabelos.- Vai ficar tudo bem amor, você já é uma ótima mãe e vai se sair muito bem, tenho certeza. - ela segura meu rosto e me encara.

- Obrigada. - digo somente e ela me abraça novamente, sinto outros braços me envolverem e sei que é papai juntamente de Isis que abraça as minha pernas.

È como se eu tivesse tirado um peso dos meu ombros, e finalmente posso respirar novamente. Saber que eu posso contar com os meus pais é muito importante para mim.

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