sangue

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Quando eu despertei eu estava em uma cabana, preso a uma mesa, sem roupas e sozinho. Eu tentei me soltar mas as cordas estavam bem amarradas, tentei gritar mas não adiantou, até que eu ouvi uma porta abrir.
  Duas pessoas com um pano marrom cobrindo o corpo e usando máscaras com formato de um rosto humano apareceram, os dois tiraram as máscaras — eu não acreditei no que estava vendo —, um deles era meu amigo Felipe e o outro era o seu avô. Eu perguntei para o Felipe o que estava acontecendo e ele ainda tinha aquele olhar triste de antes, então seu avô começou a falar, ele disse que hoje era um dia especial porque era o dia que o Felipe nasceu, 20 de março.
  A porta abriu novamente e, outra pessoa com roupa marrom e máscara apareceu e ela estava trazendo lâminas e colocou em outra mesa a minha direita e então foi embora. Felipe pegou uma lâmina e começou a cortar os meus dedos — era uma dor horrível, eu quase desmaiei —, ele começou pela mão direita e depois foi para a esquerda, em seguida começou a cortar minha barriga — eu estava chorando e mesmo assim ele não parava.
  Eu já estou quase morrendo e então o avô do Felipe diz para terminar logo o ritual. Felipe pega outra lâmina, ela é diferente, maior, com desenhos no cabo e, ele se aproxima e corta minha garganta e a última coisa que eu vejo é a lâmina brilhar e alguma coisa muda no Felipe.

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