arrependimentos

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A escola naquele dia foi normal, menos por um assunto, Felipe disse que recebeu um livro de seus pais, um livro que ele nunca tinha visto e que segundo ele tinha rituais mágicos. Naquele dia nós tínhamos aula de Ed.fisica, o professor resolveu fazer uma avaliação física com os alunos, eu estava com um metro e oitenta, pesando sessenta e oito quilos, levando em conta que eu tenho quinze anos não é ruim, já o Felipe estava com um e oitenta e três, pesando setenta e oito quilos.
  Depois da escola fui para a casa dele e, ficamos jogando videogame até eu ouvir a porta da frente abrir. Felipe se levantou imediatamente e foi em direção ao homem que entrava e o abraçou, era um homem velho na casa dos setenta, meu amigo o chamou de avô. Ele se aproximou de mim e se apresentou, disse que seu nome era Pedro e em seguida apertou minha mão enquanto abria um belo sorriso no rosto, depois ficamos conversando durante um tempo até eu me lembrar que eu tinha que ir para casa — ele era extremamente carismático, eu devia ter suspeitado naquele momento.
  Chegando em casa, minha mãe me deu uma bronca por ter chegado tarde mas eu já estava acostumado, ela sempre achava que eu fazia alguma coisa errada, seja comer muita besteira ou dormir tarde, não sei se isso tinha relação com ela ser enfermeira mas ela sempre estava preocupada comigo. Meu pai era mais calmo, a gente não conversava muito, ele era muito ocupado, trabalhar como professor não é fácil, ele tinha vários trabalhos e provas para corrigir — o cabelo cacheado da minha mãe era muito bonito e os óculos do meu pai combinava com o jeito sério dele, pena que eu só notei agora.

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