II. Your eyes green like american money

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Conhecer Miya Osamu foi uma mudança bem-vinda nos planos noturnos de Suna Rintarou.

Não somente bem-vinda. Uma mudança prazerosa; uma mudança que ele não sabia que precisava até colocar seus dedos na pele morena do outro homem.

A primeira noite dos dois foi algo que desbloqueou em Suna um sentimento denominado de anseio, desejo, vontade ou qualquer outro sinônimo que possa ser utilizado neste contexto. Sua primeira noite com Osamu abriu um fogo que ele não sabia que possuía.

E para ser honesto, Suna queria mais. Seu primeiro interesse em Osamu foi apenas sexual, procurando as sensações que o outro homem podia causar em seu corpo, e no que Suna podia causar a ele também. Suna sempre viveu uma vida de diversão, e Miya Osamu era toda a diversão que o mundo poderia oferecer.

Os dois não ficaram juntos depois de sua primeira noite. Osamu e Suna tiveram uma ótima noite, e uma ótima manhã; Suna não sabia o quão bom o sexo matinal e preguiçoso poderia ser. Era excitante, algo que ele não havia provado completamente.

Depois disso, Osamu se foi. Suna nunca foi o primeiro a fazer nenhum movimento após seus encontros sexuais, e pelo que Suna pode deduzir, Osamu também não. As únicas lembranças que ficaram após Osamu fechar a porta atrás de si, eram as marcas que Osamu causou em seu corpo na noite passada (e algumas mais recentes após suas atividades matinais) e o cheiro de fluidos corporais.

E é claro, algumas notas perdidas do dinheiro de Suna. Não era exatamente uma lembrança, mas foi algo característico de Osamu. Suna não poderia se esquecer qual era o objetivo principal do homem quando ele aceitou o seguir até o hotel.

Isso fez Suna sorrir. Ser roubado por um homem bonito nunca pareceu tão divertido na visão de Suna.



Não foi uma surpresa que o próximo encontro de Suna com Osamu fosse em uma outra festa de alta sociedade. Fazia algum tempo que Suna não participava de uma; seu interesse por festas havia morrido por algum tempo, deixando-o focado em outras atividades. Ele não sabia realmente o motivo de ter concordado em participar desta, mas ao avistar o homem de cabelos escuros do outro lado do salão, como na primeira vez que se viram, o fez sorrir internamente e agradecer pelo desejo estranho de comparecer a onde ele está agora.

Osamu sorri quando o vê novamente, levantando sua taça transparente em sua direção. Mesmo com a distância, Suna pode sentir que Osamu tem o mesmo desejo que ele.

Ter um ao outro em seus braços novamente.

Suna puxa algumas notas de dinheiro e as deixa em um fácil acesso em seu paletó. Ele tem certeza que Osamu não perdeu seu interesse pelas notas esverdeadas que todas as pessoas no salão possuem. Não há outra razão para que Osamu estivesse em um lugar como esse.

Mas Suna não se importa, ele deixa sua própria taça em uma mesa e caminha em direção a Osamu.



Seu encontro com Osamu não dura apenas uma noite e uma manhã preguiçosa. Diferente da última vez, Suna decide fazer o primeiro movimento e manter a situação que ambos se encontram como algo mais frequente; fascinado demais pelo outro homem para não abrir mão de sua regra de não fazer um primeiro movimento.

Sentir Osamu é o que ele quer fazer de agora em diante. Sentir a eletricidade deliciosa que Osamu causa a ele é algo que Suna com certeza quer manter frequente.

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