O Sol e a Lua - Lumity

Estou confusa

Narradora Pov:

  Agora as duas garotas caminham na estrada que leva até a Casa Coruja. Amity está olhando para o chão, enquanto Luz observa o céu escuro:

  - Ami olhe! Uma constelação.

  Amity faz contato visual com Luz, o que deixa a garota confusa.

  - Olhe!

  - Mas eu já estou olhando – diz Amity com uma voz doce.

  - Você tá' olhando para os meus olhos.

  - Os seus olhos carregam um universo inteiro!

  Luz sente seu rosto ficar quente e seu estomago revirar, eram as famosas borboletas. Foi ali que ela percebeu que talvez estivesse apaixonada, apenas talvez.

  Em um silêncio confortável as garotas continuam a caminhar. Após um tempinho elas avistam a Casa Coruja, Amity se despede de Luz com um simples toque no ombro da mesma e continua seu caminho em direção a sua mansão.

Luz Pov:

  FUDEU!
  Eu acho que gosto da Amity, tipo goooosto entende?

  - Criança! Por que demorou tanto? - Eda pergunta.

  - Eu estava na biblioteca com a Amity.

  - Você vive do lado dessa gótica antissocial né? Se liga ein!

  Eda me olha de baixo para cima e solta uma gargalhada (um som de porco para ser mais exata) e eu rio junto.

  Não sou muito de conversar com a Eda sobre meus sentimentos, prefiro falar sobre isso com ê Raine, que está na porta do meu quarto me aguardando:

  - Minha linda! - Elu diz me abraçando - Chegou tarde né? Como foi seu dia?

  Eu entro no quarto e fecho a porta, então respondo:

  - Hoje foi bom! Aprendi muita coisa na aula de abominações e depois fui na biblioteca com a Amity, por isso cheguei tarde.

  - Ah entendo , quando eu conheci Eda, ela vivia me perturbando enquanto eu estava lendo – Elu ri e se senta na minha cama.

  - Raine eu preciso te falar uma coisinha...

  - Lá vem bomba!

  - Não é nada ruim! É que eu estou confusa sabe.

  - Estou ouvindo...

  - Eu... eu acho que to' apaixonada.

  - QUE? Meu bebê cresceu.

  - É sério Raine!

  - Ok Ok, é pela gótica né?

  - Está tão obvio?

  - Para falar a verdade, sim. E eu tenho certeza absoluta que ela sente o mesmo.

  - Que? Não! Ela só me vê como amiga.

  - Você é tonta ou se faz? - Elu pergunta rindo da minha cara.

  - Eu tenho medo Raine...

  - Ah não fica assim! Vai descansar que amanhã você pensa no que fazer tá?

  - Ta bom, obrigada Raine

  - Qualquer coisa to aqui! – elu diz saindo do meu quarto.

  Eu preciso pensar em um jeito de chamar ela para sair sem passar vergonha. Esse final de semana eu vou para o mundo humano visitar minha mãe, pode ser uma boa ideia chamar a Amity né? Acho que sim. Vou escrever uma cartinha para ela, me desejem sorte!