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🦋 | Lisa adams

— Tia? – pergunto abrindo a porta da casa

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Tia? – pergunto abrindo a porta da casa.

Entro deixando minha bolsa no chão, ao lado da porta e retiro meus tênis deixando-os sobre o carpete vermelho e um pouco puído da entrada. O cheiro dos temperos mexicanos correndo pelo ar faz meus olhos lacrimejarem de saudades.

Ouço risadas vindo da cozinha e imagino que minha tia esteja acompanhada esta noite. Assim que atravesso as cortinas de pompom para ir a cozinha, meus pés congelam no chão frio de madeira.

Minha visão rapidamente se embaça rapidamente com a cena. Por isso o cheirinho de comida mexicana, fazia sentido agora. Ela estava aqui. Bem aqui. Perto de mim e ainda não me viu. Minha linda abuelita sorri tomando uma taça de vinho junto de minha tia.

— ¿Abuelita? — chamei sua atenção, e logo seu sorriso alegre se fechou e uma expressão surpresa e emocionada passou pelo seu rosto.

— Mi pequeña niña. – disse com olhos pequenos, suas íris verdes em mim.— ¿Como estas mi hija?— perguntou a mais velha me apertando em seus braços. 

Seu cheirinho de canela enche minhas narinas e eu sinto vontade de chorar, mas contenho-me. De relance, vejo minha tia nos encarar estranhamente e aperto os lábios já sabendo.

– Fique para o jantar hoje, Lisa. – a voz da minha tia soou áspera.

— Eu... hum, sim, claro. – gaguejei e sorri desconfortável no final.

—Senta na mesa, criança. –minha avó falou com autoridade e logo o fiz.

Sua unha pintada de laranja batia na mesa, fazendo as pulseiras em seu braço saltitarem e baterem umas nas outras. Em seu rosto um sorrisinho de canto brotava, enquanto ela me analisava lentamente.

— Onde você estava, mi hija? – falou em inglês, seu sotaque aparecendo entre as palavras.

— Faculdade. – soou mais como uma pergunta. Minha avó gargalhou.

— Antes que tente mentir, sua tia já me contou tudo sobre o rapaz que você anda saindo.— apontou a unha pintada em minha direção, recuei olhando para minha tia. – Agora, Senhorita Adams, você vai me contar tim tim por tim tim dessa história toda, meu ouviu bem? — assenti. – Perfeito, comece, criança ingrata.

– Vovó! – protestei e ela balançou a mão e suas pulseiras, parecendo desinteressada. – Drew é meu namorado. – fiz bico. – Ele é gentil, educado e faz faculdade comigo. O pai dele é o reitor e a mãe dele é nossa vizinha, mas eu não gosto muito dela. Nos conhecemos quando ele machucou a mão e eu o ajudei, depois nos encontramos na faculdade e ele me ajudou bastante. Só isso.

𝐌𝐄 𝐀𝐌𝐄  ─﹙𝗳𝗶𝗻𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮﹚Onde histórias criam vida. Descubra agora