𝐌𝐄 𝐀𝐌𝐄 ─﹙𝗳𝗶𝗻𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮﹚

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TW: menção a violência sexual, psicológica e física. Caso tenha sensibilidade com algum desses assuntos, é recomendável que não
leia.

obs: Dylan é como um bebê, falar
errado, e ter sua inocência intacta é normal, qualquer dúvida é só
perguntar.

🎨 | dylan starkey
flashback

Alguns anos atrás.

A mamãe e o papai estavam brigando de novo. O papai disse que queria me levar com ele, mas a mamãe não deixou. Eu quero ir com ele, por que o papai gosta de mim. A mamãe não, ela machuca o Dylan.

– Saía desse armário, seu garoto insolente! Você já tem 16 anos!

– Para com isso, Charlotte! Deixe o meu filho em paz!

Eu tentava tapar meus ouvidos mas os gritos eram muito altos e isso me deixava cada vez mais nervoso e com medo. Abri a porta do armário dos casacos e vi a sala vazia e os gritos agora vinham do andar de cima.

Corri para fora de casa a fim de me afastar daquele barulho que fazia meu coraçãozinho doer. Do lado de fora, estava chovendo bem forte. Meu corpo ficou cada vez mais molhado enquanto eu corria. As luzes da rua já estavam apagadas e além da minha casa, a única com a luz acesa era a casa ao lado.

De longe pude ver a porta se abrir. A mulher com longos cabelos castanhos usava roupão e pantufas fofinhas. Em sua mão, uma taça de vidro com líquido vermelho dentro. Parecia sangue.

Ela não parecia ter me notado, mas assim que seus olhos chegaram em mim, ela sorriu.

— O que está fazendo na chuva, querido? — perguntou com a voz arrastada e um sorriso estranho.

Balancei a cabeça em negação. Eu não queria voltar para a casa e ela parecia ser um boa pessoa. Dylan gostou dela. E Dylan está com medo e não quer ficar sozinho.

- Entre, lindinho. Você vai acabar ficando doente. - chamou com a mão.

Dylan não negou, estava frio demais.

Sua casa era quente e aconchegante mas isso não impedia meu queixo de bater ou do meu corpo sentir coisas estranhas a cada segundo.

- Toma. – me estendeu uma toalha azul com desenho de peixinhos. – Deixa eu ajudar você.

Pegou a toalha das minhas mão, começando a esfregar levemente na minha cabeça. Ela removeu minha camiseta do Taz e passou a toalha pelos meus ombros.

— Você é muito fofo. – falou ela me olhando atentamente.

– Obligada. – sorri.

Ninguém nunca havia dito isso.

— Quer brincar? – pergunta sorridente.

— Você quer blincar com o Dylan? — perguntei e ela franziu a testa, confirmando com a cabeça.— O que quer fazer? – bati palmas sentando no sofá com pernas de índio.

Seu olhar caiu sobre meu colo e ela passou a língua pelos lábios.

— Vamos brincar de "Eu te toco e você diz o que sente."

— Nunca fiz isso.

Sua mão chegou ao meu pipi rápido demais. Ela apertou e eu quis chorar.

— O que 'cê tá fazendo? Papai falou que ninguém pode mexer ai.

— Eu só tô fazendo carinho, você não gosta de carinho?

— Sim, eu gosto. Mas para por favor.

— Nem se eu pegar assim?— Desceu minha calça e a minha cueca pegando meu pipi com a mão. Senti as lágrimas descerem pelo meu rosto.

– Não chore, meu anjinho. – falou com o rosto próximo ao meu pipi. Isso é nojento. Eu não quero isso, eu não gosto disso.

- Me deixa ir, por favor. – pedi.

Quando sua língua passou por mim, eu a empurrei no chão e ela caiu de bunda.

Arrumei minha roupa e saí correndo daquela casa. Não me lembro até onde corri ou quando voltei para casa. Eu só corri e corri até não aguentar mais.

Não conseguia parar de chorar

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