CHAPTER FOUR.

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Depois que o showzinho acabou, o tal Marcel levou o corpo da mulher que estava deposta ao chão, deixando alguma provável familiar para trás aos prantos, corri de volta para o grupo dos turistas ofegando e logo depois que Sabine chegou me despedi nervosa indo para casa e liguei para a única pessoa que me restava, Jeremiah. Ele saberia o que era isso.

— Daiana? finalmente ligou né — Disse animado

— Jer, tem que me ajudar — Disse entrando em desespero quando o mesmo me atendeu

— O que aconteceu? — Dean disse ficando sério

— Estou em New Orleans, vi uma mulher morta na rua e a guia turística estava falando com um outro homem sobre vampiros e bruxas e eu não sei o que fazer, ou o que tá acontecendo? eu não sei. tô desesperada, quer dizer isso é possível, já te ouvi falar de coisas do tipo mais achei que era brincadeira, você sempre me falava que essas coisas existem mas achava que estava tirando uma com minha cara e agora isso e eu não sei o que fazer — digo enquanto entro em casa rápido, trancando tudo e tirando os sapatos subindo as escadas depressa para o quarto

— New Orleans? Você é louca? — Ele suspira — acha que dá conta de ficar longe de qualquer coisa que possa ser perigosa sozinha? Só enquanto chegamos?

— Acho que sim, posso tentar comprar uma arma, ouvi falar de vampiros originais, que voltaram para a cidade, sabe como posso lidar com eles ou o que são? — digo tremendo, temia que tivesse que voltar a st. Luis

— Não, só sei que são os primeiros do mundo, não tem como matar eles sem ter uma estaca de carvalho branco, mas se precisar ajuda sabe pra quem chamar, e fique longe dos originais, não sabemos até que nível podem ser perigosos — disse e eu suspirei, segundos depois escutando um barulho lá em baixo

— O Vincent está com saudades de você, faz tempo que não se vêem — Disse malicioso enquanto eu ainda prestava atenção no barulho lá em baixo — Dai, se lembra que existem coisas além do que você sabe, toma cuidado por favor. Daiana? Daqui dois dias chego aí, vai ficar tudo bem. Tá me escutando?

— Jeremiah, acho que tem alguém na minha casa, escutei um barulho de passos mas eu tô sozinha  — Sussurro e ele começa a falar o que eu não presto atenção por estar procurando alguma coisa pra usar de arma no quarto.

Assim que eu acho uma barra de ferro para mexer a brasa da lareira a porta do meu quarto é arrombada por quatro mulheres estranhas, aponto a barra para elas na defensiva com medo do que podiam querer.

— Fiquem longe de mim, levem o que quiser mas não me machuquem por favor — Imploro e a mulher que está a frente das outras sorri

— Peguem ela — ela disse despreocupada

— Saiam da minha casa — Digo com medo mais apontando a arma para uma delas que me olhava sorrindo, quase em um ar de ironia

— Dormi bene filinobis adte — Elas falavam juntas e meus olhos começaram a pesar, então não pensei duas vezes antes de disparar na direção delas, acertando uma depois outra na cabeça as vendo cair, não sabia se tinha acertado mais alguma porque estava zonza demais para isso.

— CALEM A BOCA — Gritei e larguei o atiçador e vi duas delas virem até mim

Senti meus olhos pesarem e a última coisa que escutei foi Jeremiah gritando meu nome pelo telefone.

Não sei quanto tempo dormi, mas quando abri os olhos uma frecha de luz forte entrava por uma janela alta diretamente nos meus olhos, minha cabeça pesou e eu acordei deitada em uma maca, com uma mulher estranha e velha fazendo alguma macumba em mim, levantei de supetão a empurrando e dando um murro nela deixando ela desacordada para fugir mas outras apareceram na porta me impedindo

— Não pode ir embora ainda garota, tem que parar de acertar todas que vê pela frente — A menina da faixa no cabelo que me impediu de sair diz

— O que querem de mim? — Pergunto na defensiva pronta para tentar fugir de novo

— Não exatamente de você, mas sim do bebê que carrega — Ela diz e eu a olho com sarcasmo

— Isso só pode ser uma piada de mal gosto — ri um pouco desesperada, mas parei quando elas continuaram a me olhar sérias e me aproximei as vendo na defensiva — isso é Impossível, MENTIROSAS — Grito com raiva e corro em direção delas as empurrando e socando outras duas que vieram tentar me segurar, derrubo mais uma e saio correndo entre as lápides.

Eu estava suja e com medo, aquilo parecia um labirinto de lápides até que subi em uma para ver a saída, estava próxima, mas também haviam dois homens acompanhados de mulheres, bruxas imagino, me procurando.

Desci do túmulo em um pulo e corri até a saída do cemitério, atravessei as portas e corri entre as ruas e becos não me importando com as pessoas que me olhavam estranho. Consegui chegar até em casa e tranquei as portas subindo rápido e pegando o meu telefone que estava ao chão do mesmo jeito que deixei.

Haviam muitas chamadas perdidas, tanto de Jeremiah, Vincent quanto de Cecília. Retornei para Vince desesperada a todo momento olhado pela janela.

— Daiana? meu Deus tá tudo bem? — Ouvi a voz calma mas preocupada dele no outro lado enquanto carregava outra arma que havia achado

— Vince, onde você tá? — Pergunto respirando fundo tentando me acalmar e retomar a respiração por causa da correria

— Estamos passando em Slidell, chegando aí, ficamos preocupados — Ele disse suspirando aliviado talvez?

— Vince, me escuta bem. Preciso que cheguem o mais rápido que puder, tem bruxas malucas atrás de mim e elas acreditam que eu tô carregando algum tipo de bebê milagroso, mas isso é Impossível Vince, por favor venham logo — Imploro para ele que fica em silêncio um minuto

— Dai? Me manda a localização da sua casa, agora — disse e desligou a celular

Mandei para ele e desci até a cozinha para trancar a porta das fundos, estava com medo e tremendo, imaginava que ia mudar de vida aqui e que não ia ter problemas, talvez eu seja um ímã para eles.


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