Billie
Seis anos atrás
Jantamos, mas é constrangedor.
Lisa e meu pai e finneas tentam bis incluir na conversa, mas nem eu nem ela estamos a fim de falar.
Ficamos encarando os pratos.
Empurramos a comida com os garfos, não queremos comer.
Meu pai pergunta a Lisa se ela quer ir sentar nos fundos da casa.
Lisa responde que sim.
Lisa pede para Olívia me ajudar a tirar a mesa.
Levamos os pratos até a cozinha.
Ficamos em silêncio.
Olivia se encosta no balcão enquanto encho o lava louças, ela me observa fazer o máximo para ignora-la.
Não percebe que ela está por todo canto, está em tudo, todas as mínimas coisas acabaram de se tornar Olivia.
E estão me consumindo.
Meus pensamentos não são mais pensamentos.
Meus pensamentos são Olivia.
Não posso me apaixonar por você Olivia.
Olho para a pia. Quero olhar para Olívia.
Inspiro o ar. Quero inspirar o mesmo ar que Olivia.
Fecho os olhos, só vejo Olivia.
Lavo as mãos. Quero tocar em Olivia.
Seco as mãos na toalha antes de me virar para ela.
Suas mãos estão segurando o balcão atrás do seu corpo, as minhas estão cruzadas.
- Eles são os piores pais do mundo.- sussurra.
O meu coração falha.
- Abomináveis- concordo.
Ela ri.
Eu não devia apaixonar pela sua risada.
Ela suspira, também me apaixono por isso.
- Há quanto tempo eles estão juntos?- pergunto.
Ela da de ombros.
- Há cerca de um ano, era namoro a distância até nos mudarmos para cá, para ficar mais perto dele.
Sinto o coração da minha mãe se partindo.
Nós dois o odiamos.
- Um ano? Tem certeza?
Ela assente.
Não sabe sobre a minha mãe.
Dá para perceber.
- Olivia?
Digo o nome dela em voz alta, algo que quero fazer desde o segundo que a conheci.
Ela continua olhando diretamente para mim, engole o seco, depois exala o ar.
- sim?
Me aproximo dela.
Seu corpo reage, ela endireita um pouco a postura, mas não muito.
Sua respiração fica mais ofegante, mas não muito.
Suas bochechas coram, mas não muito.
Tudo na medida certa.
Minha mão se encaixa na sua cintura, meus olhos investigam os seus, eles não dizem não, então continuo.
Quando meus lábios tocam os seus, é tanta coisa. É bom e ruim, e certo e errado.
Ela inspira me deixando um pouco sem ar, exalto bem perto a dando mais o meu ar, nossas línguas se encostam, e nossa culpa se entrelaça, e meus dedos deslizam pelo seu cabelo.
Meu novo sabor preferido é Olivia.
Minha nova coisa preferia é Olivia.
Quero Olivia de aniversário, de Natal.
Quero Olivia de presente de formatura.
Olivia, Olivia, Olivia.
Vou me apaixonar por você mesmo assim.
A porta da cozinha se abre e eu solto Olivia.
Ela me solta, mas apenas fisicamente, por que ainda sinto de todas as outras maneiras.
Desvio o olhar, mas tudo ainda é Olivia.
Finneas entra na cozinha, logo lisa entra na cozinha.
Ela parece feliz, tem o direito de ser feliz, não foi ela quem morreu.
Lisa diz a Olivia que é hora delas irem, me despeço das duas, mas minhas palavras são apenas para Olívia.
Ela sabe disso.
Termino de lavar a louça.
Digo ao meu pai que liza é legal.
Ainda não digo a ele que o odeio, talvez jamais vou contar a ele.
Pego meu celular e mando mensagem para Olívia.
Eu: o que faremos amanhã?
Olivia: mentimos para eles?
Eu: pode me encontrar as sete?
Olivia:sim.
Eu:boa noite.
Olivia: boa noite Bills.
Bills, Bills, Bills.
Meu apelido agora favorito, quero vê-lo saindo de sua boca, escutar casa letra.
B-I-L-L-S.
Soar pelos meus ouvidos como uma melodia da minha música preferida.
Quero que torne minha música preferida.
Desligo o telefone, fecho os olhos.
Estou me apaixonando Olivia.
Esse capítulo foi bem clichê eu sei kkk
