Cap 8

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Emma

Assim que chegamos, meu pai pede para Noah  pendurar as luzes de Natal. Levo nossas coisas para dentro de casa e deixo
e Billie ficar com o meu quarto e eu fico com meu irmão pois é o único com duas camas,e vou para a cozinha ajudar minha mãe a terminar de preparar o jantar.

O dia de Ação de Graças na nossa casa sempre foi para poucas pessoas. Meus pais não gostavam de escolher entre as duas  famílias, e meu pai quase nunca estava em casa, pois a época mais movimentada do ano para um piloto são as festas de fim de ano. Minha mãe decidiu que o dia de Ação de Graças seria apenas para a família mais próxima, então todo ano somos apenas eu, Noah, minha mãe e meu pai quando ele está em casa. No ano passado fomos apenas mamãe e eu, já que tanto papai quanto Noah estavam trabalhando.

Nesse ano somos todos nós.
E Billie.

É estranho ela estar aqui assim. Mamãe pareceu feliz ao conhecê-la, então acho que não se importou tanto. Meu pai adora todo mundo, e está mais do que feliz por ter alguém para ajudar a pendurar as luzes de Natal, então acho que a presença de outra pessoa não o incomodou nem um pouco.

Minha mãe passa a panela de ovos cozidos para mim. Começo a quebrá-los para preparar os ovos temperados, e ela se inclina por cima da bancada da cozinha e apoia o queixo nas mãos.

- Aquela Billie é muito bonita- comenta, erguendo a sobrancelha.

Vou explicar uma coisa a respeito da minha mãe. Ela é uma ótima mãe. Uma mãe realmente excelente. Mas nunca me senti à vontade para conversar com ela sobre garotas. Começou quando eu tinha 12 anos e menstruei pela primeira vez. Ela ficou tão animada que ligou para três amigas para contar antes mesmo de me explicar o que diabos estava acontecendo comigo. Aprendi bem cedo que segredos deixam de segredos ao chegarem nos ouvidos dela.

- Ela não é feia - digo, mentindo completamente.

Estou mentindo totalmente, pois ela é muito linda. Seu cabelos pretos, junto aos olhos azuis hipnotizantes,seios grandes, e a bunda... não tenho nada a comentar,maxilar definido, o cheiro fantasticamente delicioso que sempre tem, como se tivesse acabado de sair do banho e ainda nem tivesse se secado com a toalha...

Meu Deus.

Quem diabos sou eu nesse momento?

- Ela namora?
Dou de ombros.

- Não a conheço bem, mãe.  - Levo a panela até a pia e deixo a água escorrer pelos ovos para afrouxar as cascas. - O que papai está achando da aposentadoria?
pergunto, tentando mudar de assunto.

Minha mãe sorri. É um sorriso perspicaz, e eu o odeio imensamente.

Acho que nunca preciso contar nada para ela, pois é minha mãe. Ela já sabe.

Fico corada, me viro e termino de quebrar os malditos ovos.

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