Capítulo 34 - Drafts

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Eu sei, não precisam me xingar, sei que demorei! Mas entendam que eu quis abraçar o mundo com as pernas fiquei sem tempo e entre att qualquer coisa logo ou demorar para algo massa, fico com a segunda opção.

Estamos de volta e espero ser bem mais breve. Aproveitem para conferir também Classified e Dream Of You, essa segunda você encontra no perfil da cameelajauragay.

E é isso, aproveitem, bbs!


Lauren POV

O som da guitarra me transportava para um universo único e apenas meu, onde eu construía acordo por acorde, dando alma a algo que algum artista em breve daria vida.

Meu trabalho era solitário mas extremamente prazeroso. 

Encerrei aquela repetição, anotando os últimos acordes que daria o finam perfeito aquele solo que estava construindo havia alguns dias. Uma inspiração que me despertou no meio da madrugada. Apenas mais uma delas  desde que terminei com Camila.

Todo término é doloroso, não importa a circunstância em que se acaba. Alguém vai sofrer. Uns mais, outros menos, mas o sofrimento estará ali. No meu caso, sabia que ela estava sofrendo mais do que eu, eu conseguia sentir. Seja pela forma como tenho visto os tablóides registrarem ela ligeiramente mais magra e abatida, ou pelas mensagens que não respondi, pelas ligações que não atendi, pelos emails que não li.

Mas essa era a minha forma de tentar sofrer menos. Me blindando dela. Eu quis muito que a gente tivesse dado certo, quis que ela tivesse conversado mais comigo, se comunicado mais, contado mais comigo, mas não... E viver nesse jogo de esconde-esconde não era para mim.

Eu sei que antes de iniciar isso tudo, combinamos algumas coisas, acertamos termos... Mas sentia que para ela, os termos haviam mudado. 

Já faziam 2 meses da nossa conversa definitiva no meu apartamento em NY. Depois daquele dia, deu um tempo para mim voltado para Londres. Queria passar um tempo em família e quem sabe me inspirar mais antes de retomar minhas criações.

Com o passar dos dias, e os constantes despertares do meio da madrugada com inspirações e mais inspirações, passei a me atentar mais em como canalizar todo esse sentimento para o meu trabalho. Era comum ter à mesa de cabeceira um papel e uma caneta, assim como no meu quarto sempre havia um violão. Por vezes acordava para anotar minhas inspirações ou tocar algo que meu interior me dizia.

Pela manhã, pegava esse material e levava para o estúdio do meu pai, onde eu me trancava em uma das salas de som e trabalhava por horas naquelas ideias. Em 2 meses, posso ter composto e produzido cerca de 3 ou 4 músicas, que estavam praticamente prontas para serem oferecidas a quem quer que desejasse pagar alguns milhares de libras e royalts por elas.

(...)


- Posso entrar? - Minha mãe disse já entrando no pequeno estúdio com uma bandeja em mãos colocando em uma mesa de centro.

- Não precisava, mãe... - Comentei com um sorriso discreto, retirando os fones do ouvido e parando de tocar a guitarra, enquanto minha mãe se sentava à minha frente.

- Saiu cedo. De novo. E sem tomar café. - Falou pausadamente - De novo.

- Desculpe, eu estou empolgada com algumas ideias, preciso produzir...

- Está se escondendo no trabalho. É diferente, meu amor. -  Engoli em seco e abaixei a cabeça - Já fez isso uma vez. E vai fazer sempre que se sentir fora do seu centro.

- Mãe, por favor...

- Está tudo bem meu amor em se permitir. Você não quer conversar, damos seu espaço, mas está se isolando do mundo. Sei que está sofrendo. Sei que gostava dela e sei também que ela gosta muito de mim.

Sounds - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora