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NOTAS INICIAIS:

Explicação: quem não me segue provavelmente não viu o aviso que postei sábado de que não teria capítulo no domingo.

Mas enfim, voltando, quem sair normal desse capítulo me avisa

KLEA

— Nem fodendo! — Miguel exclama.

— Fala baixo — o censuro.

— Digo, porra, não acredito — ele sussurra. — E tudo isso naquele dia?!

— É...

— Ai, Deus, a gente precisa beber e comemorar — eu rio.

— É dia de trabalho ainda, Miguel.

— Não importa, a gente vai mesmo assim. Isso foi quase uma final de copa do mundo, a gente precisa ir — seu bico me faz concordar e ele comemora com um hive-five. — Eu sabia que o alemão estava estranho, o beijo demorou, mas Deus é fiel — eu gargalho quando ele aponta para o céu.

— Pare de gracinhas e vai trabalhar, por favor — eu indiquei sua mesa. O loiro bufa e concorda, saindo, não antes de dizer: — Ele tem a pegada melhor?

— Vaza, Miguel!

Meu amigo saiu rindo, cantarolando algo da Doja Cat - ele anda viciado nessa cantora - e balançando seu corpo. Eu tinha um amigo doido, definitivamente. Voltei a focar no novo projeto da empresa para o próximo mês, o ano estava passando rápido e logo Cassian fará aniversário. Meu menino está crescendo, ainda consigo lembrar do seu cheirinho de recém nascido, dos seus dedinhos gordinhos e do seu sorriso banguela. Deus, faz tanto tempo... 

Eu sempre quis outro bebê, um irmão ou irmã para Cass. Não tive o privilegio de ter irmãos, meus pais preferiram ter apenas um único herdeiro, meus tios já tinham o bastante para a linhagem Lipa continuar por um bom tempo. E meu filho é uma criança tão amorosa, ele e os filhos de Toni sempre se deram tão bem, mesmo que os dois meninos quase não brinquem com a pequena Amy. Talvez eu tenha um bebê independente, já que estou bem mal com homens a minha volta.

Não consegui falar com José ontem, sua caçula passou mal com a injeção e ele preferiu ficar em casa com a mãe dele que, olha só, chegou de surpresa. Hoje ele tem jogo de estreia, portanto não nos veremos até amanhã, e isso apenas se a mãe dele for embora. Ah sim, sou uma baita sortuda. 

Não que seja de um todo ruim, pois assim ganho tempo para preparar meu discurso. Não quero magoa-lo, mas sei que já faço isso ao não retribuir o que ele sente. Passei anos vivendo nessa merda de escanteio, sei bem a dor e não desejo para ninguém.

Mas, ao mesmo tempo que quero terminar, outra parte minha não de pensar: e se Toni estiver apenas confuso? E se ele não me quiser do jeito que eu o quero? E se tiver sido apenas um momento para ele? Porque, bem, pra mim não foi. Para mim foi como água no deserto; não sei se eu aguentaria saber que para ele foi como refresco no verão.

Liebe - Jogadores 4Onde histórias criam vida. Descubra agora