Liebe - Jogadores 4

twenty three

NOTAS FINAIS:

Explicação rápida: viajei durante o fds, estou morando sozinha e vou começar a faculdade amanhã. Então tá bem puxado e tive tempo agora, vou tentar não atrasar domingo, mas se eu sumir já sabem né? Vai ser difícil esse mês pra mim de todas as formas, mas seguimos na luta kkkk

Agora aproveitem esse capítulo ❤️

KLEA

Não foi fácil fazer com que Ron calasse a boca, mas Toni foi firme e, minha nossa, frio como uma noite de inverno em dezembro. Amo quando ele fica sério assim, sua postura é tão elegante que deve desestabilizar qualquer um. Eu até mesmo esqueci por um momento que o fato de ele estar ali é insano.

— Seu quarto não muda nunca, não é? — o loiro comentou com um sorriso assim que adentramos o cômodo no andar de cima. Queríamos privacidade e distância daquele jardim. Meu quarto ainda tinha um tom rosado e dourado, algo sofisticado e feminino com quadros POP, um quarto perfeito para uma herdeira britânica que era apaixonada em Justin Timberlake.

— É o único cômodo da casa que minha mãe não pode mexer, ela me odeia por isso — brinco e ele ri, eu me sento na cama. Toni faz o mesmo, de frente para mim. Ele me encara, como se pensasse no que dizer, então eu tomo a frente: — Acho que é agora que você me explica o que está fazendo aqui.

— Eu... Você me ignorou — eu aceno, sem muita vontade. Já sabia disso, oras. — O dia todo, e ontem também.

— Eu sei...

— Eu odiei isso, Klea. Odiei como nunca pensei que pudesse odiar algo — eu engulo a seco, desviando o olhar para minhas mãos em meu colo. — E doeu...

— Não mais do que a dor que eu sinto — murmuro, cortando-o. Toni me olha confuso e isso me faz soltar uma risada sem humor. — Deus, você realmente não sabia.

— Sabia o quê, liebe? — perguntou ainda mais confuso. E foi a gota d'água.

— Para de me chamar assim, por favor — passo as mãos pelo cabelo, pouco me importando em desmanchar o penteado. — Eu amo você, idiota. Amo você — eu digo olhando em seus olhos, seus lindos e perfeitos olhos. Como ele pode ser tão lindo? — Amo você desde o primeiro momento em que percebi que o jeito que você sorria me dava malditas borboletas no estômago e, porra, eu deveria saber que isso era um alerta — me levanto da cama, incapaz de permanecer tão perto dele. Não se eu ainda quisesse ter coragem para falar tudo, porque... Porque eu não aguento mais.

— Klea...

— Um alerta do que viria. Deus, como eu fui burra! Me apaixonar por um homem que era casado — rio pelo nariz, sem qualquer humor. — Em algum momento, eu pensei que podia fazer você me amar. Amalie nasceu e eu soube que não deveria mais continuar com esse amor estúpido pois você tinha uma família linda, mas então vem Kylie e caramba, Toni, aquilo doeu e eu me segurei tanto para não desmoronar em sua frente — sinto minha garganta fechar, mas eu me seguro.