『 Skin•ny love 』; katsudeku

➥ a aliança.

(...)

    A semana se passou rapidamente, Kirishima ainda não estava confiante e nem mesmo de acordo com aquela ideia, que assumiu ser estúpida.

"Eu não estou sendo super-protetor, eu estou agindo de acordo com o senso comum. Em que tipo de mundo você acha que vivemos?"

   Esse era o tipo de coisa que o ruivo dizia nos dias que se passavam, enquanto ajudava seu amigo a organizar os próprios pensamentos.

   Juntos eles fizeram uma lista com tudo que podia prejudicar a vida profissional de Izuku, mas no final concluíram que seria muito difícil escapar completamente da intervenção midiática naquele casamento, uma hora ou outra todos saberiam quem é Izuku Midoriya, então o objetivo era mantê-lo longe da exposição o máximo possível.

   Depois de formalizar tudo que parecia necessário, no dia marcado Tokoyami passou para buscá-lo.

— Como vai? — Izuku perguntou acomodando-se no veículo. Ele havia tido inúmeras conversas com o moreno pelo telefone nos últimos dias, já que ele era a pessoa disponível para falar no telefone em vez de Bakugou.

— Eu estou bem, e você? — Cumprimentou simpático. — Como tem passado? — Ele parecia uma outra pessoa dessa vez, principalmente porque podiam conversar olhando nos olhos.

— Sinceramente eu me sinto um pouco ansioso. — Riu nervosamente, ajeitando os cabelos. — Nunca pensei que fosse me casar assim, sabe?

— Então você já se decidiu? — Passou a dirigir lentamente pelas ruas da cidade. — Vai aceitar a proposta?

— Não acho que tenho muitas escolhas, né? — Sorriu meio cabisbaixo. — Eu jamais aceitaria me casar com alguém que mal conheço em circunstâncias normais.

— Acho que consigo entender seu ponto de vista. — Tentou ser compreensivo.

— Geralmente as pessoas se casam por amor, mas não estou sendo pessimista. — Olhou pela janela para apreciar o dia nublado. — Estamos fazendo negócios, acredito que depois disso tudo eu ainda terei chances de encontrar alguém especial. — Entreolharam-se brevemente num silêncio meio constrangedor. — O quê? Eu sou tão novinho, poxa.

— Mas eu nem disse nada. — Riu abertamente. — Eu concordo com você, mas não comente sobre isso com Bakugou, garanto que ele não ficará muito contente.

— É sério? — Estava verdadeiramente surpreso, não esperava que Katsuki fosse ficar magoado com algo tão óbvio como a falta de sentimentos de um pelo outro.

— Não que ele vá ficar magoado, não entenda errado. — Fumikage estava falando sério agora. —
Não é tão difícil de compreendê-lo, acredite. Ele não exigirá de você muito além do que ele crê que é realmente capaz de cumprir.

— Falando assim não me ajuda a ficar menos ansioso... — Resmungou num tom de voz mais baixo, começando a dar indícios de inquietude.

Não demorou muito até que chegassem no prédio e a conversa foi se perdendo com o tempo, Izuku preferiu mudar de assunto antes que ficasse ainda mais nervoso com a situação. Tentava se convencer de que não havia motivos para ficar pensando tanto naquilo, e que no final conseguiriam encontrar um meio termo consideravelmente bom para ambos os lados.

Fumikage o acompanhou pelo térreo até um dos elevadores, o ambiente era quase opressor para Izuku, que não sabia muito bem nem para onde olhar.

— É a última porta do último andar, tenho certeza que vai encontrar. — Instruiu com gentileza e apertou os botões que ficavam no painel.