O Último sobrevivente

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- SAI DAQUI SUA LATA IMUNDA – gritou Bruno acertando o cabo do seu machado desviando o cachorro da minha direção e jogando ele para perto da lareira, ele me deu sua mão para me ajudar a levantar – vamos cara o que esta acontecendo, você nunca foi distraído desse jeito no treino, anda levanta precisamos sair daqui.

Eu ainda estava muito afetado por tanta coisa que apareceu no meu sonho, aquele palácio, a lança em direção ao meu peito, o que era aquilo? Droga eu não podia pensar naquilo agora, aceitei a mão do Bruno e levantei, a chuva lá fora já tinha parado, eu ele e Jéssica corremos para fora e lá estavam os outros 5 cachorros, quando chegamos na porta o olho de todos estavam brilhando vermelho e seus latidos pareciam ser muito mais alto.

- Temos que avançar, não temos opção – disse Jéssica ficando em posição de ataque com sua faca – quando eu disser a gente avança na direita, Bruno você é maior protege as costas, eu e o Lucas vamos atacar dois, tomem cuidado com os dentes.

Eu tinha pegado o outro machado velho, não tinha nada melhor mas já era algo para defender, estávamos preparando quando Jéssica contou:

- Um, dois, Três, AGORA!

Eu e ela partimos para cima dos dois cachorros à direita, eles eram um pouco menores que o outro que arrombou a porta mas isso faziam deles mais ágeis, no momento que avançamos eles rapidamente desviaram para o lado e vieram pra cima como uma finta, um pulou em mim e veio direto com os dentes na minha direção, consegui colocar o cabo para me defender e joguei ele para o outro lado, já Jéssica não teve a mesma sorte, o cachorro que pulou nela conseguiu morder seu braço, Bruno que estava logo atrás veio correndo em direção dela:

- JÉSSICAAA

Com o impulso da corrida ele brandiu seu machado aproveitando que o cachorro ainda estava preso no braço dela e com a lâmina do machado acertou o pescoço cortando sua cabeça fora, desesperado foi em direção dela para tirar a cabeça decepada do robô, o braço dela estava sangrando bastante, os dentes dos cachorros eram como facas muito afiadas, ele imediatamente tirou sua camisa e enrolou em volta do braço, eu tentei ficar na frente dos dois protegendo enquanto ele fazia os primeiros socorros mas eu não tinha chance, os outros 4 já estavam cercando a gente e o que estava casa o estava saindo, ficou bem no meio dos outros, será que era ali que eu iria morrer? Meu destino era assim tão curto? Foi quando atrás de nós escuto uma voz de um homem dizendo:

- Aqueles que ousam me enfrentar, sejam subjugados pelo meu elemento, que minha lâmina seja sua ultima visão, e que pereçam em eterno sofrimento.

Nesse momento uma luz em forma de linha brilhou bem no meio de cada cachorro, dessa linha começou a sair uma fumaça branca e fria, parecia ser uma espécie de fumaça de gelo seco, e então os cachorros foram separados bem no meio, caindo uma parte para cada lado. Quando olhei para trás, tinha um homem mais velho com uma aparência de uns 60 anos, barba branca e cabelo grisalho curto e liso, sua roupa era como se fosse uma batina, branca com detalhes em azul, em sua volta podia se ver uma aura azul bem clarinha e em sua mão uma espada com a lamina brilhando e saindo a mesma fumaça que estava saindo dos cachorros.

Eu estava completamente sem palavras, não conseguia dizer nada, minhas pernas travaram, quando olhei para o Bruno ele parecia estar da mesma forma, nos seus braços estava Jéssica desmaiada com o braço já todo enfaixado. Quando voltei a olhar para o homem o brilho de sua aura e de sua espada já tinha sumido, ele a colocou na bainha que ficava em sua cintura do lado esquerdo e olhou diretamente para nós, não conseguia bem ver seus olhos pois estava muito escuro.

- Olá garotos, creio que esse não seja um bom momento para me apresentar já que a amiga de vocês ai – ele apontou para Jéssica – não está nada bem, ela precisa de um tratamento, minha casa fica aqui perto, caso queiram confiar em mim é só me seguirem.

A Maldição do EscolhidoOnde histórias criam vida. Descubra agora