𝑨 𝑵𝒆𝒘 𝑩𝒆𝒈𝒊𝒏𝒏𝒊𝒏𝒈 - 𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐, 𝑨𝒔𝒕𝒐𝒓𝒊𝒂 𓅓

Capítulo 12

Novamente vestida com meu vestido castanho, sigo entre diversos corredores e escadas com Malfoy à minha frente me comandando. De vez em quando ele se virava e dava uma piscada acompanhada de um sorriso sincero para mim. Belo. Ele ficava maravilhosamente belo sorrindo com aquela vermelhidão em suas bochechas. Descemos o último lance de escadas, dessa vez uma bem estreita e cheia de poeira que dava acesso a um porão pelo o que aparentava. A porta era bem antiga de ferro bem grosso. Draco abre ela facilmente e entramos no cômodo. Era sim um porão, mas...estava repleto de estantes com poções e mais poções. Alguns experimentos aqui e ali. Alguns recipientes com líquidos negros e alguns coloridos, brilhavam até. No meio encontrava-se uma mesa de madeira com diversas folhas escritas e desenhadas em cima. Parecia um laboratório. Viro meu rosto para Malfoy e percebo ele me olhando buscando aprovação em meu rosto

- Isso tudo é seu?

Ele assente com a cabeça e eu começo a andar pelo cômodo, olhando de frasco em frasco, de folha em folha e de aparelho em aparelho. Ele saca sua varinha e faz algumas luzes dançarem pela sala, algumas formas se criando, como um coelho, uma águia...Ele é um curandeiro! Draco Malfoy é um curandeiro. Como se ele conseguisse ler minha mente ele responde

- Os trouxas chamam de médico. Mas sim Greengrass, sou um curandeiro

Isso eu não esperava dele...

- Isso é incrível! Eu não sei o que dizer...é simplesmente diferente de tudo o que eu já vi - falo enquanto pego
um frasquinho com um líquido de um azul profundo

- Você só fica em casa, claro que nunca viu - ele lança uma risadinha

- Bobo. Mas sério, há quanto tempo?

Ele se aproxima de mim por trás

- Desde meu último ano em Hogwarts. Eu comecei com poucas coisas, pouco conhecimento, e então fui crescendo.

Eu conseguia sentir. Aqui era o mundo dele. Cada linha certa ou não nas folhas espalhadas, era parte dele. Cada frasco. Ele encontrou sua paixão. Seu lar. Sem perceber meu olhos enchem de lágrimas e algumas caem

- Você está chorando?

Fungo meu nariz e viro meu rosto

- Tô não, é o pó daqui que tá me deixando com alergia. Deveria limpar mais - Sua gargalhada sai como um tiro

- Não sabia que era tão sentimental assim. Deveria ter chorado no seu pedido de casamento, não acha ?

- Acho não, eu já esperava por ele sabe...

- Ah é mesmo?

- Uhum. Sabe, desde sempre eu soube que uma hora ou outra você viria correndo atrás. Achei que foi bem cedo na verdade - tento imitar sua voz sarcástica ao falar

- Acho que a senhorita está passando muito tempo comigo - ele se aproxima me abraçando por trás

- Então você é um narcisista?

- Como é que é?

- Pense comigo, eu estou parecida contigo, e você gosta de mim. Estão meio que você é apaixonado por si. Seu narcisista

- Está colocando palavras em minha boca, Toria

- Estou certa!

- Não está. Deveria aprender uma lição por isso... - suas mãos descem da minha cintura até meu quadril e seus lábios vão em direção ao meu pescoço. Quando me viro para olhar ele acabo esbarrando em alguns papéis que caem no chão.

- Nunca deixou de ser uma sonserina desastrada em Greengrass?

- Não se esqueça, eu sou você - me agacho e recolho os papéis caídos. Minha atenção é atraída para um deles.
Tinha alguns números embaralhados, mas o que me chamou atenção foi o desenho. Símbolo na verdade. Alguns pontos aqui e ali.