-Eyeless 𝙹𝚊𝚌𝚔- Me diga o motivo para eu te querer tanto?

cap 1

Assim que acordei com a luz no meu rosto, resolvi tomar um banho quente e arrumar a casa.. Meu pai saia todo dia cedo para se embebedar em um bar logo perto.

–bom dia Tulipa–disse eu para meu querido papagaio e ele apenas ficou me olhando com seus olhos pretos e fofos.

Peguei uma xícara de café e sentei na área da minha casa onde logo de frente havia um jardim e várias árvores lindas  com algumas folhas amareladas, já que o outono já estava perto.

*dei um longo suspiro enquanto admirava os pássaros*–As vezes.. Sinto como se minha vida fosse uma rotina, acordo cedo, vou para a escola, volto já tarde da noite, encontro meu pai no meio do caminho, as vezes ele me bate por já está chapado.. Esquece isso S/n e vamos nos arrumar para ir para a escola..

Me arrumei e logo fui para o ponto onde o ônibus chegava, em cerca de alguns minutos já estava na escola com aquele barulho de gritos e risadas escandalosas, fechei meus olhos com raiva de tudo aquilo e dei um soco na mesa, todos me olharam com olhares de tédio e logo a professora veio ver oque estava acontecendo
–S/n? Está bem? Oque aconteceu?–enquanto ela dizia eu sentia que todos estavam me olhando mas mesmo assim continuei olhando pro chão.
–desculpe, nada aconteceu só tinha um inseto aqui–olhei para os olhos dela e logo desviei o olhar.
–se quiser, pode ir para a psicóloga da escola.. Ou não, mas aqui está o cartão dela–ela me deu um simples cartão azul, escrito:"você pode contar comigo, vou te acalmar"–olha..eu não preciso disso, ok?–entreguei o cartão pra ela, mas ela o colocou em minha mão, e voltou para sua mesa.

Coloquei o cartão em meu bolso e continuei olhando para fora da janela já que não tinha nada dentro daquela sala que me chamava atenção.
olhei para o portão da escola, e havia um homem alto com uma camisa de gola média, e uma máscara azul... Ele parecia alto, mas eu nn reconheci ele.

–Professora?? Posso ir ao banheiro?–S/n
–sim sim, pode ir.. Mas não demore.

Desci as escadas da escola o mais rápido, fui para o pátio do lado de fora onde tinha uma fonte d'água redonda de pedra, eu estava na frente da fonte olhando para os lados e me perguntando onde estava o tal homem, continuei olhando pros lados e quando olhei para a frente, pude ver atrás da fonte d'água consegui ver aquela máscara, estava me olhando mas me olhando por quanto tempo?.. Eu continuei a observar ele, e dei um passo para o lado, para conseguir ver melhor quem estava ali atrás me olhando, assim que dei o passo "aquilo" desapareceu por completo e não deixou rastros,na mesma hora que eu me perguntava para onde ele foi, o sinal da escola bateu e eu fui para dentro de novo, mas quando estava já entrando eu olhei para trás.. E vi lá na entrada, ele.. O mesmo homem me observando, eu o olhei enquanto dava passos curtos e lentos pra dentro da escola, e logo corri para a sala, já que todos já estavam indo para suas casas, esbarrei em alguns adolescentes populares enquanto olhava para o homem, e quando olhei para os adolescentes eram 5 garotos um mais lindo que o outro
—Me desculpe, eu acabei me distraindo.–disse eu enquanto olhava para os olhos verdes do garoto de cabelos negros.
—não tem problema algum, me chamo Dylan e você? –disse ele enquanto os outros me olhavam.
–S/n–eu não queria muito assunto, idai que eles pareciam Deuses gregos?
–ok flor, nos vemos por ai–ele sorrio com um olhar sério e logo saiu com os demais.

—"flor",idiotas.–disse eu enquanto subia as escadas para pegar meu material.

Logo depois fui para a minha casa ao anoitecer, chegando lá.. Encontrei meu pai sentado na minha cama com a foto da mamãe em suas mãos,ele se encontrava chorando muito.

–pai? Está tudo bem? –disse eu se aproximando dele.
–foi você.. –ele disse em um tom muito baixo que não deu pra entender.
–pai, oque disse? Já está tarde.. Vá para seu quarto e tire uma boa noite de sono. –assim que coloquei minha mão em seu ombro ele me olhou rapidamente com uma expressão de raiva e ódio em seu olhar, ele agarrou meu pulso tão forte que eu pude escutar o barulho do meu pulso se deslocando.
–PAI, PARA TÁ MACHUCANDO.–eu tentei puxar meu braço para ele soltar, mas cada vez que eu puxava ele apertava mais e mais.

–foi você, você tirou ela de mim.–eu já não sabia quem estava ali, quem estava controlando meu pai.. Aquele olhar..

Ele levantou da cama ainda segurando meu pulso e me jogou para o outro lado do quarto, eu cai com a cara no chão, e ele trancou a porta.

(Meu Deus... Oque ele está fazendo?? )