Continuação do cap 1

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Ele pegou seu cinto de couro com a fivela enferrujada e quebrada, meu pai não era mais o meu herói.. Ele se tornou o vilão que fez meu coração sangrar com meras e pequenas palavras.

Ele começou a quebrar tudo que havia no meu quarto(penteadeira, computador, uma cadeira e etc..)
Ele me levantou a força do chão e me jogou na frente da janela do meu quarto que ficava do lado da minha cama, assim que ele me jogou não demorou para pegar umas cadeira branca e jogar contra mim.. Ele estava bêbado acho q esse foi o único motivo dele errar já que acertou a janela atrás de mim.

Ele se ajoelhou na frente da foto da mamãe sem dizer nada, mas suas expressões entregavam desespero, ódio e bem no fundo ódio. Ele abraçou a foto da mamãe enquanto caia no choro novamente mas aquela tal "tristeza" sumiu em alguns estantes e tudo que sobrou no olhar foi desgosto.

–Sabe, antigamente meu pai dizia que tínhamos que arrancar as ervas daninhas pela raiz, digamos que elas enfraqueciam as novas raízes, então.. Vou seguir os conselhos do seu querido "avô", será que devo dizer assim? Já que não sou nada seu–disse meu pai enquanto se levantava segurando com mais força seu cinto de couro.

–Oque quer dizer com isso? Você não é meu p-antes que eu pudesse terminar minha fala ele me interrompeu.

–não diga essa palavra, mas para responder sua pergunta.. Não, não sou nada seu-ele começou a dar pequenos e fracos socos em sua testa com expressão de dor–PARA DE DIZER ISSO SUA VAGABUN-antes que ele terminasse começou a me bater com o cinto, a fivela estava quebrada então cada batida cortava ainda mais.

Eu não tinha forças para dizer nada, eu só chorava igual uma criança perdida e sozinha em um mundo gigante, mas eu não era mais uma criança.. Eu tinha que tomar uma decisão.

Meu pai parou de me bater e começou a me amarrar na cadeira, eu começei a me debater mas nada adiantava.. Ele saiu do quarto e disse:eu já volto.

3min se passou e meu pai voltou, mas dessa vez com a Tulipa em seu ombro..

–SOLTA ELA, SOLTA A TULIPA-eu não queria que minha pequena Tulipa sofresse por algo que não fez.

–mãe, mãe bom dia! –Tulipa

⚠️(Conteúdo sensível a seguir) ⚠️

Eu desabei em lágrimas gritando de raiva enquanto.. Ele... Matava a Tulipa da forma mais horrível e cruel que alguém poderia morrer, ele a cortou e começou a arrancar sua pele com as penas cheias de sangue caindo no chão, quando Tulipa ainda estava viva mas próxima da morte, ele arrancou a cabeça dela com os dentes enquanto dava gargalhadas.

–SEU MONSTRO-eu já estava quase sem voz, minhas lágrimas se transformaram em ódio, eu apenas queria matar aquele desgraçado com minhas próprias mãos.

-oque? Não gostou? Eu só tava dando um exemplo do que vou fazer com você, assim como fiz com sua mãe, coitada. -disse ele rindo

–F-fez com minha MÃE? VOCÊ MATOU MINHA MÃE??!!! -eu o olhava com ódio e gritava de dor, dor física e tanto mental.

-sim-ele ficou sério enquanto limpava o sangue da Tulipa que ainda estava em
suas mãos.

–COMO PODE SER TÃO FRIO?–não era porque eu estava triste que iria ser burra, lembro quando ele estava me batendo e a fivela do cinto vôo para debaixo da cama, estava na minha mão agora, eu estava cortando as cordas enquanto expressava minha dor em palavras.

Eu já havia cortado as cordas e ele nem percebeu, mas claro.. Continuei escondendo minhas mãos. E tudo que ele fazia era rir, ele ria sem parar.

Ele se virou de costas e eu aproveitei isso para fugir, a janela era minha única opção.

⚠️Pai on⚠️

Eu estava rindo do rosto dela, era tão engraçado ver aqueles olhos (cor) cheios de lágrimas de dor, eu amava aquela expressão de sofrimento, por um estante que me viro posso escutar vidro caindo atrás de mim e quando me viro, cadê a garota? Ela havia pulado da janela que eu tinha quebrado com a cadeira logo mais cedo.

Encostei as mãos na janela e acabei cortando os dedos pelo os cacos que ainda haviam ali, olho distante e vejo ela correndo sem parar e já estava longe, eu não iria correr atrás dela.. Já estava tarde, ela com certeza iria se perder e morrer de fome, apenas mais um corpo pra polícia, mas claro, ainda sim tenho que treinar minhas expressões na hora do enterro para ninguém pensar que sou um criminoso:(.

Logo depois deitei na minha cama, e cai em um sono profundo.

⚠️S/N on⚠️

Eu corri sem parar pela floresta densa e escura, me ajoelhei e começei a chorar e me despedaçar por dentro.

Olho para cima em meio aos galhos vejo o homem da máscara azul
–está aí por quanto tempo? -eu não estava com medo, meu rosto estava encharcado de lágrimas.
–suficiente-disse ele enquanto pulava da árvore, não sei como, a árvore era alta e ele nem se machucou.
–volte pra casa criança-disse ele enquanto ficava mais perto.

–não tenho casa-disse eu já me levantando e Seguindo a floresta.

–pobre S/n.-disse ele seguindo seu caminho oposto do meu.

–COMO SABE MEU NOME? –eu me virei sem entender nada.

–você me disse, não lembra?–ele se virou se apoiando em uma árvore.

-não, agora tchau. -eu segui ainda meu caminho, indignada, resolvi parar aos pés de uma árvore e acabei dormindo.

𝙾𝚋𝚛𝚒𝚐𝚊𝚍𝚘 𝚙𝚘𝚛 𝚌𝚑𝚎𝚐𝚊𝚛 𝚊𝚝é 𝚊𝚚𝚞𝚒, 𝚖𝚎 𝚊𝚓𝚞𝚍𝚘𝚞 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚘!<3

-Eyeless 𝙹𝚊𝚌𝚔- Me diga o motivo para eu te querer tanto? Onde histórias criam vida. Descubra agora